40. Sentimentos

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AYLA VAN HELSING

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AYLA VAN HELSING

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SOBREVIVER A MORTE FOI a façanha mais improvável que já me imaginei conseguindo fazer, tudo parecia tão certo pra mim, um fim que aceitei de bom grado mesmo não sendo algo justo, afinal eu merecia mais, toda minha vida foi escolhida e traçada por outras pessoas, nunca de fato houve uma escolha para que eu fizesse, apenas um caminho a ser seguido. Mas agora, eu assumi o controle da minha vida, me provei muito mais capaz do que imaginei ser e não iria desperdiçar a minha segunda chance, precisava fazer tudo valer a pena e dessa vez tomaria minhas próprias decisões.

Ao abrir os olhos fui dominada pelo êxtase, o ar entrava em meus pulmões como um sopro de adrenalina, todo meu corpo pulsava e podia sentir tudo de uma só vez, o cheiro da terra e da brisa fresca, os sons de um leopardo atacando sua presa mais ao longe, a lebre bebendo água da nascente e os esquilos correndo.

Minhas mãos tocaram meus cabelos tateando em seguida meu rosto, reconhecendo que aquilo era de fato real, ao finalmente cair a ficha, me ocupei em notar o que havia em minha volta, levantei meu olhar encontrando minha família, apáticos e em choque, todos trajavam preto e havia candelabros ao redor, então me dei conta do aquilo se tratava, meu velório.

- Isso é bizarro. - foi a primeira coisa que escapou dos meus lábios ao perceber que estava deitada sobre um caixão de vidro.

Ao entrar em sua audição, o som da minha voz os trouxe de volta de seu transe momentâneo causado pelo choque, meu pai foi o primeiro que correu até mim, suas mãos tocaram meu rosto, a emoção transbordava em seus olhos, via neles a felicidade, o alívio e uma sutil dor ainda presente.

- Você voltou, está viva. - seus lábios beijaram minha testa fortemente, compartilhei um sorriso antes de me agarrar a ele com toda força que tinha.

Não sei explicar, mas poder abraçá-lo outra vez me deu ainda mais êxtase por ter feito a escolha de voltar para casa, sabia que era a escolha certa, mas agora tinha plena certeza. Meu lugar era aqui, ao lado dele e da minha família, como poderia ser diferente? Tivemos tão pouco tempo juntos, não vivemos nem mesmo metade do que merecíamos e agora eu faria o possível para realizar tudo isso, merecíamos isso.

- Pai... - o chamei, recebendo sua atenção. - Me desculpa, eu não queria, mas precisava.

- Eu sei, querida. - seus dedos acariciaram meu rosto limpando algumas lágrimas ousadas que escapavam de meus olhos. - Você lutou uma batalha que era só sua e entendo, tenho orgulho apenas. - suas palavras me fizeram sorrir, era verdade, via através de seus olhos, independente da dor ou do medo em me perder, ele nunca teria me privado de seguir o caminho que desejava.

- Eu te amo, pai. - voltei para os seus braços de imediato e antes mesmo de ouvir sua reposta, sabia que ele me amava e me amaria independente de qualquer coisa que viesse a acontecer.

VAN HELSING || TwilightOnde histórias criam vida. Descubra agora