03. Forks

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AYLA VAN HELSING

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AYLA VAN HELSING

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A VOZ DA AEROMOÇA ECOOU novamente avisando que o avião havia pousado, o tutor que cuidaria de mim estava me esperando em Forks, não cheguei a conhecê-lo em Seattle, o advogado apenas me disse seu nome, Alaric Saltzman, e me contou algumas coisas sobre ele.

Eu estava ansiosa para o conhecer, minha mãe nunca apresentou nenhum amigo durante esses anos e nem comentou também, sempre que perguntava ela dizia que tinha perdido contato com todos depois de se mudar. Durante o vôo estive pensando que talvez Alaric conhecesse a verdade sobre a minha família e se fosse esse o caso ele poderia me contar mais sobre eles e até mesmo me ajudar a entender tudo.

Ao descer do avião segui até o saguão do aeroporto, da escada rolante avistei um homem parado segurando um placa com meu nome.

— Você deve ser o Alaric, muito prazer. — sorri gentil estendendo a mão para o homem que a apertou.

— O prazer é meu, não é todo dia que tenho a honra de conhecer uma Van Helsing legítima. — sorriu gentilmente parecendo realmente impressionado, confirmando que minha teoria estava certa. — Deixe-me levar essas malas. — ele pegou as minhas malas nos levando ao lado de fora.

Após Alaric por minha bagagem no porta malas do carro iniciamos a viagem de algumas horas até Forks. O carro andava em alta velocidade e eu observava atentamente a estrada, Forks era rodeada por uma grande floresta, antes de viajar pesquisei sobre a cidade e até li sobre algumas tribos que habitam pelas redondezas como os Quileutes. O clima por aqui era chuvoso durante o ano todo e é raridade o sol aparecer, o que é perfeito para mim que sou uma amante do frio, os moradores também tem a fama de serem muito amistosos e a violência por aqui é quase inexistente tendo uma taxa pequena de criminalidade.

— Como seu tutor tomei a liberdade de comprar uma casa e um carro para você se locomover na cidade. Já me encarreguei também de por toda a fortuna da sua família em uma conta só sua no banco e você pode mexer nela quando quiser. — ele me explicou e tentei absorver a parte da "fortuna".

— Seria muito estranho se eu perguntasse que fortuna é essa? — ri meio desconcertada.

— Como a única herdeira dos Van Helsing, você herdou toda a fortuna bilionária da sua família. — Alaric disse calmamente e me espantei com o que acabei de ouvir.

— Isso é loucura, até algumas horas atrás eu vivia em um prédio de classe média que nem elevador tinha. — passei as mãos pelos fios castanhos do meu cabelo em nervosismo. Como tudo aquilo podia ser possível?

— Abra o porta luvas e pegue o que está dentro dele. — ele mandou e assim fiz, dentro havia dois diários em couro com os nomes de Katherine Van Helsing e Abraham Van Helsing. — Eram os diários do seu bisavô e da sua mãe, ela pediu ao advogado para me entregar e depois dar a você. Quando ler tudo que está nessas páginas irá entender, mas precisa ter a mente aberta. — aconselhou e apenas concordei em silêncio. 

Toquei delicadamente a capa do diário com o nome da minha mãe e por um segundo lembrei das histórias que ela me contava antes de dormir, eram sempre histórias cheias de aventura e heroísmo, agora sei que tudo poderia ter um pingo de verdade, ela era a heroina que eu sonhava em ser desde pequena.

— Você era amigo próximo da minha mãe? — questionei interessada.

— Sim, a conheci alguns anos atrás. Caçamos juntos diversas vezes. — contou atento a estrada.

— E o meu pai, você o conheceu?

— Não o conheci, sua mãe também nunca me disse nada sobre ele. — ele me encarou por poucos segundos. — A única coisa que sei é que ele não sabe sobre você, Katherine não contou a ele sobre a gravidez.

— Acho que isso é bom, não fui rejeitada ao menos. — me encostei no banco um pouco menos tensa, era menos uma coisa para me atormentar. — Queria que ela tivesse me contado isso tudo antes, seria tão mais fácil.

— Sua mãe era muito radical em suas atitudes, não fazia nada por maldade, mas por achar que era certo. — Alaric fez uma pausa me observando. — Você se parece muito com ela e acredito que teria feito o mesmo.

— É, pode ser. — voltei minha atenção a estrada pensando mais sobre aquilo.

Ao que parece minha mãe tinha medo de descobrirem sobre mim, tanto que ela fugiu de casa, trocou o sobrenome e abdicou de tudo. Afinal qual poderia ser a razão para tanto medo? Eu queria poder entender as razões dela, mas tudo parece injustificável, nenhum motivo parece o suficiente para tantas mentiras.

•••

— Posso ficar com o quarto perto da sala com varanda? — perguntei para Alaric enquanto descia a escada.

Já havia dado um volta pela casa para conhecer os cômodos que eram todos enormes, no andar de cima continha cinco quartos sendo todos suítes; um escritório e uma sala que tinha uma sacada com vista para o jardim, no andar de baixo continha uma biblioteca; cozinha; a sala de jantar e de estar. Achei um pouco exagerado o tamanho da casa para somente duas pessoas morarem e não parece ter sido um negócio muito barato, mas ela também era bastante aconchegante e bonita mesmo ainda estando tudo fora do lugar.

— Como você preferir a casa é toda sua, não vou ficar aqui com você. — Alaric disse e o encarei surpresa com a notícia.

— Como assim? Você é meu tutor. — cruzei os braços frente ao corpo.

— Tenho que voltar para Mystic Falls, sua mãe me nomeou seu tutor apenas para garantir, você é de maior e parece ter bastante juizo, então não haverá problema. — ele explicou de maneira simples.

— Mas preciso da sua ajuda, tem tanta coisa que preciso saber, por favor fique. — pedi, ainda não estava pronta para lidar com aquilo sozinha ainda.

— Quando ler o diário da sua mãe irá descobri tudo que precisa saber e você pode me ligar quando precisar de alguma coisa, sempre vou estar disponível para te ajudar. — ele sorriu bagunçando meus cabelos.

— Não a mesmo uma forma de te convencer a fica? — o encarei vendo negar aquela hipótese. — Tudo bem, obrigado por tudo. — agradeci sorrindo levemente.

— Sua mãe já salvou minha vida algumas vezes, fico grato em poder retribuir, mesmo que as circunstâncias não seja das melhores. — ele recolheu suas chaves da bancada. — Espero que tenha sorte na sua busca e não esqueça nunca que sua mãe estará ao seu lado durante toda jornada. — sorri agradecendo por suas palavras e lhe dei um abraço antes de vê-lo sair porta a fora, me deixando só naquela sala enorme e silenciosa.

Os planos de morar sozinha se concretizaram mais rápido do que pensei e não foi bem da forma que imaginei. Respirei fundo tentando pensar por onde começar, minha nova vida está começando e eu tenho que ter algum plano, ou a menos tentar ter um, mas sendo bem sincera não tenho a mínima ideia de por onde devo começar.


VAN HELSING || TwilightOnde histórias criam vida. Descubra agora