45. Uma noite

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AYLA VAN HELSING

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AYLA VAN HELSING

aviso:
esse capítulo contém cenas +18

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MEUS PÉS SE FIRMARAM CONTRA a terra molhada assim que saltei do segundo andar, estava determinada a tomar as rédeas daquela situação de uma vez por todas. Antes que alguém escutasse ou notasse a minha saída avancei floresta a dentro, evitando perguntas e principalmente evitando que minha mente pensasse muito a respeito daquilo e acabasse me levando a desistir. Poderia estar agindo por um impulso, mas tinha plena consciência do que queria e dessa vez de acordo com meu coração, essa era a garantia que independente do resultado havia feito a escolha correta.

O vento batia contra meu rosto,  bagunçado meus cabelos a medida que minha velocidade era aumentada pelas milhares de doses de epinefrina que se espalhavam na minha corrente sanguínea. Observava as folhas caindo lentamente junto de algumas flores se fechando para o entardecer, cada sombra, cada raio de lua que emergia entre o topo das árvores parecia me guiar na direção certa, diretamente para ele.

Edward não era uma opção, ele era a única escolha, nunca houve outro alguém que pudesse ocupar o seu lugar, em nenhum dos vastos universos e variações de possibilidades seria diferente, sempre seria para ele que eu correria, levasse o tempo que fosse.

Tudo teria sido completamente diferente se eu apenas tivesse me aberto aos sinais antes, as indiretas de Alice, os olhares, os abraços repentinos, a mudança drástica que sentia em sua presença, as declarações e a necessidade quase constante de estarmos tocando um ao outro.

As memórias disparavam a cada milésimo de segundo na minha mente, cada uma das nossas danças, as risadas de doer a barriga, as conversas banais durante a madrugada, as composições, os milhares de desenhos em meu caderno, nossas fugas para observar as estrelas, as noites em que seu peito me serviu como travesseiro enquanto seus carinhos ninaram meu sono. Em cada um desses momentos eu estivesse o amando, me apaixonando em silêncio, como um velho e tolo poeta.

Finalmente, após minutos que mais pareceram horas, avistei a nascente, tudo estava exatamente igual da última vez em que estive aqui, não sei bem o que esperava encontrar, mas com certeza não era aquilo. Será que Rosalie mentiu pra mim? 

— Droga, Rosie. — resmunguei chutando uma pedrinha quincou sobre a água. Assustado com o barulho um esquilo pequeno correu,  passando pelos arbustos mais altos e densos que cobriam o restante do caminho por onde a água escorria.

Só então notei as pequenas luzes aparecerem entre as folhas. Caminhei alguns passos mais a frente, abrindo caminho por onde o pequeno animal havia passado. Assim que avistei o que se escondia entre as folhas fui tomada pela incredulidade, aquilo não era nem de longe algo que passou pela minha cabeça.

VAN HELSING || TwilightOnde histórias criam vida. Descubra agora