01. A verdade

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AYLA VAN HELSING

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AYLA VAN HELSING

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ALGUMAS HORAS ANTES...

— Bom dia, aniversariante. — escutei minha mãe praticamente cantarolar ao entrar no quarto e abrir todas as cortinas.

— A não. — resmunguei cobrindo meu rosto com o edredom.

— Que desânimo é esse? Hoje você faz dezoito anos. — minha mãe puxou o edredom do meu corpo me desarmando.

— Mãe! — protestei.

— Eu não fiquei grávida durante nove meses pra quando você nascer não querer comemorar aniversário. — ela usou o argumento universal me fazendo rir do seu drama.

— Tá bom — me sentei na cama esfregando meus olhos. — Satisfeita? — a encarei fazendo uma careta de desaprovação.

— Sim, agora levante logo dessa cama. — ordenou jogando o edredom na minha cara.

— ISSO VAI TER VOLTA. — gritei para que ela ouvisse no corredor.

— EU SOU A MÃE AQUI, NÃO VOCÊ. — ela gritou de volta, me joguei de novo na cama.

Meu aniversário nunca foi uma das melhores datas no meu calendário, é sempre a mesma coisa, parabéns de pessoas que não falam com você o ano inteiro e falsas felicitações de gente que nem se importa. Não é atoa que prefiro ignorar essa data e fingir ser mais uma qualquer, mas nesse ano especificamente seria bem difícil ignorar.

Esse era um dos anos mais decisivos da minha vida e isso com certeza me deixou um pouco nervosa no início, mas já estávamos em novembro e grande parte das coisas importante que deveria ser feito já haviam sido concluídas, como por exemplo minhas inscrições para faculdades; manter notas exemplares na escola; tirar a carteira de motorista; aprender um idioma diferente; ter a primeira ressaca; aprender algum esporte e desenvolver algum tipo de talento, no meu caso o de desenhar. Fiz tudo que um adolescente normal faria, eu acho, e estava pronta para minha nova fase e meu aniversário era a última coisa que faltava para completar esse ciclo.

Levantei da cama e observei o dia ensoralado e fresco pela janela, pude observar Roger, o porteiro, varrendo a calçada do prédio e acenando. para as pessoas que passavam desejando bom dia. Sai da janela pegando alguns livros espalhados pelo chão, joguei os que precisaria dentro da bolsa e segui até o banheiro para oficialmente começar o meu dia.

— Admito, por um banquete desses até que iria gostar de fazer aniversário todo dia. — afirmei ao entrar na cozinha e observar a mesa posta.

VAN HELSING || TwilightOnde histórias criam vida. Descubra agora