" Caixinha surpresa "

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Segunda - 17:30 pm

Arrumou a gravata sentindo-se extremamente nervoso, era o seu primeiro dia trabalhando em um novo hospício. Fazia pouco tempo desde que se mudou do Estados Unidos para Coreia, em especificamente Busan, ontem foi o dia todo arrumando seu apartamento onde moraria e conhecendo o hospital psiquiátrico.

Estava incrivelmente curioso para saber sobre seus pacientes, ele teria no total cinco pacientes frequentes e que as famílias pagavam mais para cuidarem melhor. Hoje teve contato com dois; Han Jisung e Jung Changmi e a próxima era seu último horario Lee Hari nome usado na Coreia ou ____ seu nome estrangeiro.

Cortando seus devaneios a porta rangeu e ele se indireitou na cadeira, vendo a paciente junto do segurança. Os olhos dela avaliaram Hwang dos pés a cabeça, como se estivesse muito interessada no corpo dele, o segurança avisou que qualquer coisa poderia apertar o botão para lhe chamaram e a porta fechou matendo apenas olhares de ambos a parte.

Hari deitou-se na cama esperando algo vindo do Hyunjin, ele apenas a comprimentou e recebeu uma olhadela. O médico pegou a folha com seus dados de cada paciente, suspirando fundo com a fixação da atenção dela em cada movimento dele e em como aquele ar parecia ter ficado quente, a presença marcante da paciente era de fato uma incógnita que ele iria descobrir.

ㅡ Lee Hari, bem acho que podemos começar a conversar. ㅡ silêncio novamente, apenas um olhar bem afiado na direção de Hyunjin.

A sala continuou silenciosa por alguns minutos, tempo esse agonizante para o médico que era observando atentamente, era muita pressão e devia estar acostumado com tal tratamento. Porém ela tinha algo estranho, a sua presença parecia inocente e ameaçadora em níveis igualitários, Hwang sempre conseguiu ler seus pacientes com muita facilidade mas Hari estava sendo um caso mais complicado.

Já a Lee reparou no homem com jaleco branco, os cabelos pretos mais longos caiam em seus olhos, que eram tão lindamente diferente mas bonitos e o óculos ressalva isso, os lábios grossos pareciam bastante apetitosos, o rosto parecia ser esculpido por deuses e não só o rosto. O corpo do Hwang era perfeito, o olhar dela desceu para as coxas e se questionou como seria ele sem roupas, acabou dando um riso incrédulo de si mesma e com a certeza que ele precisava ir embora; agora.

ㅡ Não tenho o que conversar, na verdade nem sei o por que estou nesse lugar. ㅡ cruzou os braços ficando em perna de índio e ele achou aquilo bom, era um progresso.

ㅡ Seus pais falaram que você tem problemas sérios que eles não sabem porque de seus comportamentos agressivos e que precisa se tratar. ㅡ falou calmamente arrumando o óculos de grau, ela riu incarnia olhando para o lado.

ㅡ Agressivos... ㅡ debochou e fixou no olhar do doutor se levantando da cama. ㅡ Creio que quem precisa de tratamento é eles, mas não quero entrar em detalhes com estranhos.

ㅡ Você pode confiar em mim. ㅡ falou firme e ela se apoiou na mesa com ambos os braços, ficando bem próxima do rosto do médico olhando em seus olhos.

ㅡ É o que todos falam não é verdade? Não se pergunta porque todos desistem de me tratar? Saía do hospital enquanto é tempo senhor Hwang. ㅡ disse bem seria com seus olhares fixos sem desconectarem.

ㅡ Isso é uma ameaça? ㅡ não deixou transparecer sua surpresa e receio de tais palavras.

ㅡ Não senhor, mas é como um aviso para lhe alertar. Se continuar aqui ou ira enlouquecer ou ira se tornar obsessivo por mim de forma que não conseguirá mais escapar quando quiser..ㅡ a voz dela tinha se tornado mais baixa quase como um sussuro e ele não deixou de perceber os olhares nada discretos sobre ele. ㅡ É mesmo que quissese ou não ocorrese você seria meu, prioridade total de Lee Hari.

Hwang achou - além de muito louca e narcista - que aquelas palavras eram uma ameaça para se livrar de mais um psicanalista, tinha visto que o histórico dela com médicos eram inúmeros, nenhum deles falaram algo sobre as saídas repentinas e o quadro dela havia apenas um transtorno concreto; bipolaridade. Era comum um transtornos desses em jovens como ela e Hyunjin tinha tratado muitos pacientes bipolares em seus anos de carreira, então para si deveria ter muito mais por trás dessa máscara de uma pessoa "normal" e observadora, ela não estava ali atoa.

[...]

ㅡ Então como está indo os dias no hospital? ㅡ Kim brindou sozinho pois o moreno estava num ambiente desses bebendo café, Hyunjin era mesmo estranho. ㅡ Seus pacientes e tudo mais.

Ambos amigos se encontravam no bar, Hwang não tinha muito apresso por bebidas alcoólicas, ficava bêbado muito rápido ademais enchia na mesma medida. Já Kim Seungmin era diferente, amava um álcool como uma criança ama doce, os dois além de serem parceiros a longa data moravam juntos para dividirem os gastos, morar na Coreia era caro assim como na América. Portanto juntaram o útil ao agradável, Seungmin e Hyunjin vieram juntos para a Coreia e esperaram vir ao país asiático assim que conseguiram emprego e então cá estão os dois amigos, numa noite de sabado gastando um pouco para se distrairem.

ㅡ Tem a Lisa, tailandesa e com problemas dissociação. Vive constantemente confundindo o que é real e o que não é. ㅡ falou enquanto sua cabeça começava a recordar dos citados. ㅡ Ela tem cara de durona mas é muito sensível, depois dela vem o Jeongin que possuí dupla personalidade.

ㅡ Jeongin, aquele que vi contigo no dia em que fui lhe buscar? ㅡ Seungmin ergueu uma sombracelha, curioso.

ㅡ Isso, tem também o Jisung. Ele não gosta de contatos físicos, tem problemas em se socializar e depressão, já até matou pessoas. ㅡ Kim notou a confusão do medico, ele não entendia como aquele garoto tão gentil fez tais atos. ㅡ Há a Changmi, ela é paranoica. As vezes fica dificil se cominucar com ela quando tem crises.

ㅡ Como consegue lidar com todos? Eu sou dentista e odeio ter que trabalhar com pessoas. ㅡ brincou vendo o outro suspirar fundo e negar querendo saber também.

ㅡ Eu só gosto das pessoas, gosto de ajudar os outros e de entender como o cérebro humano funciona. ㅡ explicou sua visão ao Kim, esse que achava o amigo doido.

ㅡ Mas espera, você não disse que tinha cinco pacientes? ㅡ parou para raciocinar um pouco e pela expressão do Hwang, o último não era dos bons.

ㅡ Lembra de dizer de um paciente que me ameaçou? ㅡ Seungmin concordou, se lembrando de fato. ㅡ É ela a última; Lee Hari, a minha paciente mais difícil.

ㅡ Nossa o que ela tem? ㅡ aquela pergunta pegou o Hwang desprevenido, ele não sabia o que Hari tinha.

ㅡ Bipolaridade e ao que tudo indica ela é manipudora. ㅡ engoliu o seco só de pensar na garota. ㅡ Faz uma semana que a visito e depois de segunda ela parou de falar comigo.

ㅡ Como assim? ㅡ o acastanhado bebeu tudo numa golada, não assustando o amigo pois sabia que Kim era cachaceiro.

ㅡ Hari apenas me olha, mas não diz absolutamente nada durante as horas de consulta. Posso perguntar ou falar o que for, ela não responde as vezes esboça uma reação facial mas nada além disso. ㅡ explicou.

Seungmin franziu a testa achando que não era possível alguém ficar em silêncio por três horas seguidas sem dizer nada, mas era sim e Lee Hari era a prova daquilo. Hyunjin esperava conseguir faze-la falar pelo menos algo, mas na cabeça do doutor ela logo falaria pois não iria ficar muito tempo sem dizer nada.

Bem é o que achava, mas Hari era uma caixinha surpresa..

𝐒𝐰𝐞𝐞𝐭 𝐒𝐭𝐫𝐚𝐰𝐛𝐞𝐫𝐫𝐲 - Hwang Hyunjin ( Em Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora