Entrou no quarto com paredes pintadas numa cor creme bem clarinha, a cama de solteiro de ferro como em presídios, a pequena cômoda onde abrigava a roupa da paciente e que em cima estava um quadro de família dos três; Lee Chanjin, Lee Hamin e Lee Hari, a mesa de madeira onde possivelmente ela almoçava e que Hyunjin se sentava para as consultas. Em falar na garota estava como sempre ignorando o médico e sua presença, ela cantarolava baixinho enquanto desenhava num caderno, obviamente ela só possuía o lápis com algum responsável por perto.
Esse primeiro mês foi difícil, após o primeiro dia ela não disse nada e nem ao menos o cumprimentava. Chegou vezes que se quer olhava para Hwang, como um tratamento de silêncio para o expulsar, esse comportamento hostil fazia o médico entender bem os pais dela afirmarem do seu jeito agressivo, apesar de tão comum o termo de usar silêncio como uma punição é facilmente usado com psicopatas, sociopatas e manipuladores.
ㅡ Boa tarde Hari. ㅡ falou abrindo um sorriso gentil enquanto sentava-se na cadeira de sempre, reparando no canto dos lábios da menina com uma coloração vermelha e seu cabelo curto estava amarrado.
ㅡ Boa tarde, Doutor Hwang. ㅡ a voz dela parecia mansa e calma, os labios dele se curvaram sorrindo sastifeito.
ㅡ Como foi seu dia? ㅡ tentou prolongar a conversa e ouviu o lapis riscar o caderno com força. Ignorado. ㅡ Hari?
Novamente nada além do seu silêncio, ele prensou os lábios sentindo-se extremamente frustado, quando achou que iria progredir ele regressa a estaca zero. A menina continuava desenhando, mas algo que Hwang nota é os pés dela se curvavam entre o lençol, a boca dela mordia constante o labio inferior suspirando, por um milésimo segundo Hyunjin achou que estava ficando louco mas a Lee parecia estar mesmo tendo algum tipo de orgasmo, de início ele pensou que o motivo desse prazer repentino fosse os desenhos mas não eram, Hwang levantou da cadeira incerto mas indo em direção a cama onde a paciente estava.
ㅡ Sai daqui. ㅡ a voz dela saiu afobada, como se estivesse corrido uma maratona.
Seu comportamento mudou drasticamente e ela ergue-se tão depressa que quando ele notou ja estava sendo jogado contra a porta, suas costas doeram com o impacto inesperado e Hari após lhe dar uma ordem clara de sair entrou no banheiro. Os seguranças com o baque abriram a porta se dando conta do que havia acontecido, Hyunjin foi dispensado e teve que ir embora pois ela era sua última paciente.
A volta para casa foi cheia de dúvidas sobre ela, aquela situação foi totalmente estranha e nunca vivida. Ele nem ao menos sabia o que pensar, assim que chegou em casa pesquisou em seus livros de psicológia algumas coisas e descobriu que haviam pessoas que tinham um ápice do nada, no entanto a maioria eram homens com ejaculações precoces, Hari além de ter isso mudou de alguém calma para uma pessoa raivosa quando começou a ter esse orgasmo, também devido Hyunjin não obedecer e não ser ouvida.
Ela não precisou falar nessa consulta, apenas seus gestos afirmaram para Hyunjin as suas suspeitas que ela é alguém autoritária, bipolar e manipuladora. Sorriu sastifeito, tinha feito progresso, pelo menos sabe um pouco do quadro clinico da misteriosa Hari.
[...]
Nem acreditava que estava ali depois de anos, suspirou fundo algumas vezes contendo o coração acelerado. Não que ainda amasse Jennie, porém seu coração se recordava do namoro adolescente e que terminaram pela traição dela porém que Hyunjin perdoou para continuarem colegas apenas, o namoro tinham lembranças boas e nunca imaginou que estaria vendo-a novamente depois de tanto tempo.
Mas precisava de alguém melhor que livros tão empoeirados, o porque orgasmos repentinos aconteciam, sua ex tinha alguns ao que recordava ela estudava sobre e também poderia ajudar a saber por que Hari tinha um comportamento daqueles. Tocou a campanhia tentando não surtar quando a porta se abriu e dela apareceu a coreana, estava mudada e muito linda, no entanto não como a Hari.
O que estava pensando? Era isso que se questionou ao comparar sua antiga namorada com uma paciente, Jennie deu passagem ao garoto o levando para a sala de estar realmente curiosa pela causa de seu ex entrar em contato após anos. Hyunjin sentou no sofa acanhado do ambiente chique, realmente a familia de Jennie nunca o aceitaria e ainda bem que não estava namorando ela mais.
ㅡ Quando me ligou, eu fiquei bem curiosa. Achei que fosse tentar reatar, mas.. queria ajuda com uma paciente. Como sempre ama seu trabalho, não é Hyunjin? ㅡ poderia ser impressão dele mas a voz dela dava indícios de decepção.
ㅡ Ah sim, eu estou tentando fazer uma paciente se abrir comigo mas ela é bem difícil. ㅡ prensou os lábios nervoso. ㅡ Hari seu nome, ela tem o que você tinha no passado.
ㅡ Eu tinha? ㅡ o rosto ficando corado ao questionar a fez entender e coçar a garganta. ㅡ Ah é.. Não me lembre desses acontecimentos, meu corpo fazia isso sem minha permissão.
Era incrível que mesmo se passado anos Jennie mudou apenas o corpo, suas falas meio desinteressadas ou sua forma de rir eram as mesmas de quanto iam para o colégio. Hyunjin sabia o que era ser visto apenas como o " namorado da Jennie" sempre foi lerdo porém interessado em pessoas, queria entender os motivos de ter sido alvo de críticas e o que levava alguem a se achar superior, como Jennie se achava.
Tudo bem, pode ser que era só sua forma de falar. Nunca foi o melhor em gostar de mulheres seu histórico sempre foi podre, até teve um tempo em que ficou preocupado de ser gay mas não era o caso, de todo modo tentaria não deixar o passado lhe afetar.
ㅡ Então é normal ter um prazer sem estar excitada? ㅡ a fala saiu extremamente baixa, se não estivesse um silêncio Kim não ouviria.
ㅡ Sim, isso acontece em muitas mulheres apesar de não falado. As vezes até mesmo mulheres que são estupradas tem um orgasmo involuntário, mas claro não é porque queremos. Nosso corpo simplesmente explode por alguma situação anterior ou sem motivos mesmo. ㅡ Jennie continuava a falar com um ar de nojo, era um dos motivos terem terminado. ㅡ O que aconteceu exatamente?
ㅡ Bem..ㅡ sua mente viajou, tão profundo nos minimos detalhes.
Na forma em que aquela boca era mordida, os dedos no lençol, os suspiros, Hyunjin se via naquela cena novamente querendo ser ele o motivo dos prazeres. Caiu em si quando Kim o chamou, Hwang piscou várias vezes tentando assimilar o que seu cerebro pensou e a situação que estava sua calça agora.
Como tinha acontecido isso? Com vergonha acabou dando uma desculpa qualquer e saindo as pressas da casa de Jennie. Entrando dentro de seu carro, ele tocou sua calça só para ter certeza e sim.. estava duro, como quando lia os romances literários que haviam partes quentes e se imaginava vivendo tais atos pecaminosos.
ㅡ O que está acontecendo comigo? ㅡ encostou a cabeça no volante, frustado.
Fazia apenas um mês em que estava naquele hospital, mas pareciam-se anos e pior não parava de pensar na sua paciente mais problemática. Esperava fielmente que sua mente estivesse confusa, tendo vivido tantas emoções que fez lhe fantasiar, sendo isso um erro.
Bem era isto que esperava, mas não era o seu caso..
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____________________Aviso: não sei porque mais o meu wattpad bugou e pra mim aparece na ordem errada, esse é o Segundo capítulo.
Notas da autora: estou tentando voltar a ativa aos poucos, postei uma fanfic do Félix e em breve postarei uma fanfic de todos juntos.
Espero que tenham gostado, até mais♡
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𝐒𝐰𝐞𝐞𝐭 𝐒𝐭𝐫𝐚𝐰𝐛𝐞𝐫𝐫𝐲 - Hwang Hyunjin ( Em Hiatus)
ФанфикHwang Hyunjin nunca achou que sua vida mudaria tão drasticamente ao mudar de país e trabalhar num novo hospital psiquiátrico. Porém mudou e não foi pelo ambiente em si, mas uma paciente em específico; Lee Hari era louca, mas por "algum" motivo Hwang...