ㅡ Bom dia Changmi. ㅡ sorriu doce como fazia com todos e sentou-se na cadeira de frente para cama. ㅡ Desculpe o atraso, teremos que ter uma consulta mais curta. Tudo bem?
Hyunjin estava estranhando o comportamento dela, estava em posição fetal e balançava a cabeça em negação enquanto repetia; já era. Os pulsos dela tinham marcas, Cristhoper avisou que Jung tentou se matar com uma caneta, ela a quebrou e forçou um corte com o plástico afiado, no entanto Seo ouviu e a salvou a tempo.
ㅡ Doutor você disse que p-posso.. que poderia confiar em você. ㅡ a voz embargada lhe preocupava.
ㅡ Sim eu disse, pode confiar em mim. ㅡ sua frase saiu tão reconfortante, que ela tomou coragem.
ㅡ Eu sei que ouviu que tentei me matar ontem, mas não foi o que aconteceu. ㅡ Hyunjin franziu o cenho confuso e fez sinal para ela continuar. ㅡ Eu tenho medo de morrer nesse hospital, parece que a qualquer momento vão me matar..
ㅡ Quem vai te matar Changmi? ㅡ incentivou e a respiração dela ficava cada vez mais alta, por estar chorando.
ㅡ Hari, Jisung.. Cho. Todos que tem algum colegismo com ela. ㅡ a cabeça do doutor pareceu dar pane com o que ouviu e ela mesmo amedrontada continuou. ㅡ Jeongin ele.. tentou me estuprar ontem. Eu consegui me defender e iria fugir, mas um dos seguranças aliado dela me deu uma chave de braço e eu desmaei.
Aquelas informações eram passadas tão rapidamente que a cabeça do médico estava uma confusão, tinha que interpretar por muitos lados. Primeiro que Han admitiu que deu uma surra na Jung por ter deixado a sua amiga mal com algo do passado de Hari, então Jisung defendeu a Lee com unhas e dentes.
Agora havia essas bombas de fatos, Jeongin estava mesmo ontem com uma cicatriz no braço. Porém a paciente era paranoica, pessoas com essa síndrome tem a tendência de inventarem situações na sua cabeça e isso o preocupava, caso tomasse alguma medida protetiva errada apenas por uma paciente que não está tão sã e diz que Hari irá mata-la.
ㅡ Changmi, tem certeza do que está falando? Não que eu duvide, mas quero ter sua afirmação. ㅡ sua voz calma e singela a fez afirmar várias vezes.
ㅡ Doutor me salve, eles estão planejando me matar hoje. Se ficar viva prometo te contar tudo amanhã..ㅡ a garota se aproximou ficando perto do médico de joelhos e juntando as mãos. ㅡ Porfavor.
ㅡ Jung levante do chão porfavor. ㅡ tocou seu braço e a fez se erguer, tomaram ambos sustos com o guarda batendo na porta. ㅡ Calma, eu farei o que me pediu. Nosso horario acabou.
Hwang ficou sem reação ao ser abraçado, não sabia exatamente como agir e se deveria agir. Olhou para o Choi pedindo ajuda com o olhar, mas ele não disse nada e apenas virou o rosto, aquele cara era estranho. Ao separarem Hyunjin sorriu pequeno a garota que ligeiramente devolveu o gesto, o guarda parecia bem atento do que acontecia e acompanhou Hwang até o quarto de Han.
Entrando se deparou com o menino deitado, haviam alguns machucados em sua bochecha principalmente. Os olhos dele caíram no doutor e suspirou fundo, só queria estar bem longe dali. Hwang andou até a mesa e cadeira que tinha em todos os quarto se sentando ali, pensando em o que exatamente perguntar primeiro.
ㅡ Como está? Não te visitei desde que voltou da solitaria. ㅡ os olhos de jabuticaba se reviraram e ouve um suspiro do acastanhado.
ㅡ Queria estar bem longe desse hospício. ㅡ falou cansado, de forma devagar.
ㅡ Entendo que queria estar livre Han, mas sabe que as pessoas que estão aqui e porque tem riscos vivendo em sociedade. ㅡ Hyunjin o viu rir irônico e lhe olhar sério.
ㅡ Você não entende.. ㅡ a fala era tão exausta, ninguém lhe entendia a não ser a Hari.
ㅡ Então me faça entender Han. ㅡ esperou algo vindo do garoto e ele se cobriu, tampando seu rosto e deixando arfares decepcionados sairem de sua boca.
ㅡ Quer me ajudar doutor? Me manda pra cadeira eletrica. ㅡ não era a primeira vez que Jisung falava em morte e provável que não seria a última. ㅡ A melhor coisa que poderia me acontecer é a morte, mas como não tenho essa opção. Ficar drogado parece bom, mas sei que não vai me deixar se drogar também.
ㅡ A vida é muito mais que se drogar Han. Se sua mãe estivesse aqui..ㅡ a coberta foi brutalmente puxada e o rosto nervoso do bochechudo apareceu.
ㅡ Não, não fale dela! Saí daqui. Eu não preciso da droga de um idiota que se diz psicológo aqui, então me deixa sozinho. ㅡ pelos altos gritos e o possível surto dele, um dos seguranças junto da enfermeira apareceu para dopa-lo.
Jisung não gostava de citar seus pais, ambos eram problemáticos e abusavam psicologicamente do filho. Apesar disso a senhora Han se arrependeu e procurou tratamento médico, conseguiu se recuperar e tentou o mesmo com o filho. Mas Jisung já tinha caido nas drogas e seu quadro psicológico estava péssimo, não havia mais volta e ela não teve escolha, colocou o filho no hospital psiquiátrico de Busan.
Com o " tempo livre" Hyunjin tomou café estudando os casos, não tinha feito muito progresso mas tentava o seu melhor. Os pacientes eram bem fechados e evitavam ao máximo lhe contar as coisas passadas, mesmo que tivesse construído uma relação de confiança com os quatro pacientes, a Lee era a mais dificil só sabia que seus pais tinham morrido queimados e que estava lidando com uma narcisista.
[...]
ㅡ Olá doutor..ㅡ ficou surpreso de ser cumprimentado primeiro e sorriu com isso.
ㅡ Boa tarde Hari. ㅡ arrumou os óculos em seus olhos e sentou na cadeira, estranhando sua animação. ㅡ Aconteceu algum milagre que não fiquei sabendo?
ㅡ Não exatamente, mas para você eu tenho uma boa notícia. ㅡ se antes estava achando suspeito, agora mais ainda. ㅡ Quero te propor o mesmo acordo que a consulta que te disse sobre os meus pais, mas dessa vez te darei dez respostas por trinta minutos.
A boca do homem se tornou seca com o pedido se recordando ao que fez para descobrir, aquela garota era muito mais que sua mente fútil podia imaginar. Hari era sempre imprevisível então não sabia o que esperar vindo dela, onde exatamente aquelas mãos tocariam e o que ela faria consigo. Perbendo o incômodo do médico, ela levantou indo até onde estava e parou atrás da cadeira o deixando imóvel pelo susto de ter as mãos tocando sutilmente seu cabelo.
ㅡ Oh imagino que não quer, homens tão certinhos como você não gostam de garotas como eu. Eles preferem o genérico de garota fofa e burra. ㅡ os dedos fizeram ligeiramente um carinho na nuca, antes de puxar com calma e fazer ele olhar em seus olhos. ㅡ Eu sou alguém incrível demais para você, doutor Hwang. Deveria estar honrado de ainda oferecer, mas sabe vai ser tão frustrante continuar a procurar com os olhos atados o meu problema.
A boca dele abria e fechava querendo falar algo, mas parecia que tinham lhe tirado a fala e tudo que conseguia fazer era umidecer os lábios nervoso. Se perguntava porque era tão bom a mão dela agarrando firme seu cabelo, ou a forma que os olhos da menina olhavam para sua boca, tudo o deixava hipnotizado e confuso, como se não tivesse tido um diploma e seu cérebro ignorasse todos os sinais vermelhos que ela desmonstrava, ele sabia no fundo que era manipulação e aquela falsa voz genuína era prova disso.
ㅡ Nem sei porque te daria uma chance dessas..ㅡ riu soprado soltando o cabelo e sentindo seu pulso ser agarrado quando iria se afastar. ㅡ O que foi?
ㅡ E-eu aceito, só tenho que pegar meu celular no carro. ㅡ ele deveria parar, parar de gostar tanto dos sorrisos perversos que ela soltava.
O que estava acontecendo consigo? Porque era tão difícil resistir a Hari, ela era tão atraente para Hyunjin que chegava a ser piada terem o escolhido para trata-la, do jeito que as coisas andavam era mais facil Hwang ser manipulado do que ajuda-la de fato..
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_______________Notas da autora:
Então era pra atualizar ontem mas teve prova na minha escola e ai não deu, tava com a cabeça muito cheia de problemas. Espero que tenham gostado♡
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𝐒𝐰𝐞𝐞𝐭 𝐒𝐭𝐫𝐚𝐰𝐛𝐞𝐫𝐫𝐲 - Hwang Hyunjin ( Em Hiatus)
FanficHwang Hyunjin nunca achou que sua vida mudaria tão drasticamente ao mudar de país e trabalhar num novo hospital psiquiátrico. Porém mudou e não foi pelo ambiente em si, mas uma paciente em específico; Lee Hari era louca, mas por "algum" motivo Hwang...