Capítulo um - o site

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Harry Potter sempre foi um homem com uma vida rodeada de emoções e perigos. Desde o dia do seu nascimento até sua fase adulta, quando decidiu que se tornaria um Auror e se casaria com Ginny. Depois do casamento veio seu primogênito, James Severo Potter. O garoto tinha apenas quatro meses, sua pele morena, seus olhos verdes e seu cabelo ruivo eram a combinação perfeita da família Potter e Weasley juntas.

Ele não sabia andar ainda, nem falar. Vivia engatinhando pela casa, sempre pegando qualquer coisa no chão e colocando na boca. Da última vez ele estava mastigando um pomo de ouro quando Harry havia chegado do trabalho. Era cansativo, de fato. James era um bebê energético, vivia engatinhando, chorando, batendo as mãozinhas e gritando com a tv, assistindo os desenhos trouxas que tanto amava.

Harry cuidava do bebê sempre que chegava em casa. Apesar de estar cansado, ele pegava seu filho no colo e acariciava o corpinho pequeno e rechonchudo do seu filho enquanto fazia seu jantar, quase derrubando as panelas no processo. Seu casamento com Ginny ficou desgastado com os anos, não era a mesma coisa desde o segundo ano de casamento.

O Potter às vezes se perdia nos pensamentos enquanto cozinhava a papinha para o filho, pensando se realmente deveria ter casado com sua primeira namorada logo depois que se formou em Hogwarts. Ele era muito novo, confuso, inexperiente e imaturo. Casar logo com a primeira mulher que chamou sua atenção foi um erro que ele relembrava todos os dias, mas quando olhava para o rosto do seu filho esses pensamentos iam embora. Talvez não fosse tão ruim assim, já que agora ele tinha um lindo menininho que alegrava seus dias todos os dias, sempre iluminando o dia solitário do Auror.

Ginny era uma mulher muito ocupada. Dedicou sua vida a ser jogadora de quadribol, vivia saindo de casa nas horas mais inusitadas da noite e do dia, deixando James sozinho. Harry não sabia que seu filho ficava sozinho em casa a maior parte do dia, e quando descobriu, ficou irritado com isso. Ele brigou com Ginny por ela deixar a criança sozinha sem nem ao menos deixar Molly cuidar dela. James era pequeno, só tinha um ano, apesar de não conseguir andar ele era uma criança inquieta, e sempre conseguia descer as grades do berço de madeira. O pensamento de que seu filho pudesse se machucar apavorava o alfa.

Ginny, por outro lado, não se importou. A mulher era uma beta, totalmente independente. Nunca gostou do fato de ter filhos, só teve para agradar Harry, mas não se importava muito com a criança. Não era culpa dela, ela só não gostava de crianças, não tinha jeito pra cuidar de um bebê.

O casamento deles ficou por um fio naquele dia. Os dois brigaram como loucos, gritaram e até mesmo jogaram algumas coisas no chão. O bebê ficou um pouco assustado, e a briga só parou quando ele começou a berrar no quarto, lágrimas descendo pelas bochechas gordinhas.

Mas mesmo assim, depois desse dia, Harry insistiu em ficar com Ginny. Ele não queria se separar da mulher, mesmo sabendo que não amava mais ela da mesma maneira que a amava quando a conheceu. O Potter não tinha mais vontade de procurar algum par romântico, ele já tinha vinte e três anos, um filho, uma casa, uma esposa, um bom trabalho.. ele teria que se sustentar com isso.













— Não, não, não. James, vem cá. — O Auror suspirou cansado, deixando seu sobretudo escorregar dos seus ombros e cair no chão enquanto ele caminhava em direção ao bebê escorregando no chão, engatinhando pelo porcelanato, com a boca suja de babá. Suas mãos gordinhas tentaram agarrar o pomo de ouro que estava deslizando pelo chão. Harry envolveu suas mãos grandes no corpo rechonchudo do bebê e o levantou, aninhando a cabeça dele em seu peito. — Papai disse pra você não sair engatinhando no chão.

O homem suspirou enquanto o filho brincava com seu brinco. Os dedos gordinhos apertando a jóia.

— Meu Merlin… — O homem de pele morena estava com o cabelo desgrenhado, respirando fundo enquanto James puxava algumas mechas do seu cabelo. — Onde que sua mãe colocou sua bolsa? — Entrou dentro do quarto bagunçado, as roupas espalhadas pela cama. Potter revirou as roupas espalhadas entre os lençóis.

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