capítulo quatro - confissão

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— Eu vou levando as compras e você leva o James. — Tirou a chave da ignição e abriu a porta. O alarme do carro começou a tocar suavemente até Harry sair e fechar a porta novamente, apertando um botão na chave. O porta-malas abriu sozinho.

Draco tirou o cinto de segurança, olhou para o próprio reflexo do retrovisor. Esfregou os dedos na pele macia da bochecha, checando se havia alguma ruga. Esticou a pele suavemente, até que James soltou um grunhido e balançou os bracinhos, olhando para a imagem da babá pelo retrovisor. O bebê sorriu quando percebeu que Draco olhava para ele de volta.

— Será que seu pai me acha bonito? — Perguntou, os olhos cinzas olhando para o ruivo na cadeirinha. James apenas enfiou o dedo na boca e ficou olhando fixamente para ele. — Acho que isso foi um sim. — Abriu a porta do carro. O corpo do ômega tremeu com o vento frio. Deu a volta no carro, abriu a porta. — Vou fazer papinha pra você. Deve estar morrendo de fome. — Tirou o cinto do bebê. James largou o elegante e ergueu os braços, esperando Draco pegar ele no colo. O sonserino pegou James no colo, o bebê ainda estava com o dedo enfiado na boca, olhando para o rosto da babá.

Draco arrumou a alça da bolsa no ombro, fechou a porta do carro e caminhou de volta para casa. Colocou a bolsa em cima do sofá enquanto James tentava sair do colo da babá, apontando as mãozinhas para o chão.

Harry estava com as sacolas em cima da mesa. Parecia um pouco distraído no celular, digitando furiosamente com uma expressão neutra. Draco colocou o bebê na cadeirinha. James bateu o punho na bandeja de plástico da cadeira, levemente irritado por estar parado sem o seu elefante.

— Potter, pode pegar o elefante no carro? — Retirou as bebidas de dentro das sacolas brancas, organizando em fileira na pia. Draco abriu a torneira e começou a lavar os refrigerantes e sucos. Harry parou de digitar no celular e acenou com a cabeça, olhando para o filho que já estava com lágrimas nos olhos e com o rosto vermelho. Parecia que ele iria começar a gritar a qualquer momento.

— Oh, meu deus. Não chore, James. — Largou o celular em cima da mesa e pegou o bebê no colo. James começou a chorar baixinho, as sobrancelhas franzidas enquanto as lágrimas deslizavam pelas bochechas macias, ainda com o dedo na boca. Bateu a mãozinha direito no ombro do pai e franziu as sobrancelhas, fungando. — O senhor elefante está no carro. Eu já vou pegar ele para você. — Depositou um beijo carinhoso na testa do bebê. James grunhiu irritado e começou a chorar. Harry fez uma careta, não sabia reagir quando seu filho chorava.

Na primeira vez que James chorou, quando tinha menos de dois dias, o moreno ficou tão nervoso que começou a chorar junto.

— Potter! Pelo amor dos deuses. — O ômega exclamou, fecha do a geladeira após organizar os itens congelados no congelador e as bebidas na prateleira inferior da geladeira. Draco secou as mãos molhadas no pano pendurado perto do fogão e caminhou até o moreno e seu filho, segurando a risada quando viu a careta assustada do moreno. Harry estava parado, balançando o filho suavemente tentando fazer ele parar de chorar. Mas o pequeno já estava quase gritando em plenos pulmões, com os olhos cerrados e balançando os braços, irritado por estar sendo segurado e por não estar com o seu elefante de pelúcia. — Me da essa criança. — Pegou o bebê dos braços fortes do alfa. Harry piscou, atordoado. Saiu em disparada até a porta, indo até o carro. O moreno abriu a porta do banco de trás e começou a procurar o elefante de pelúcia. — Seu pai é um bobão. — Balançou o bebê suavemente nos braços, pressionando o nariz na têmpora do bebê, inalando o cheiro doce do perfume. James começou a parar de fungar e gritar, ficou olhando para a babá com os olhinhos marejados.

Potter voltou em menos de um minuto, com o elefante em mãos. Os olhos verdes do ruivo iluminaram assim que viu a pelúcia.

— Achei! — O bebê ergueu os braços em direção a pelúcia, inclinando seu corpo para frente, quase caindo dos braços de Draco. — Calma, o senhor elefante não vai sair correndo. — Entregou a pelúcia para o bebê. James agarrou o elefante com força, as bochechas do pequeno ainda estavam manchadas de lágrimas, mas agora ele estava feliz, agarrado ao seu brinquedo favorito.

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