FOMOS COMEMORAR EM UM BAR BEM
CHIQUEA noite estava agitada com risos, música animada e alegria contagiosa. Eu tinha decidido sair para curtir a vitória com os jogadores e outros torcedores. O ambiente estava repleto de energia positiva, e eu estava determinada a deixar para trás as emoções dolorosas do passado.
Enquanto eu conversava e ria com alguns jogadores, meu olhar foi inevitavelmente atraído para uma cena do outro lado do espaço. Lá estava ele, Arrascaeta, cercado por um grupo de pessoas, incluindo a mesma mulher com quem o tinha visto mais cedo. Eles estavam todos rindo e pareciam estar se divertindo.
Meu coração deu um pequeno aperto ao vê-lo tão envolvido com ela, mas eu me recusei a deixar que isso estragasse minha noite. Afinal, eu também merecia aproveitar a comemoração.
Os jogadores com quem eu estava conversando perceberam para onde meu olhar tinha se voltado e compartilharam olhares significativos entre si. Um deles, meu amigo próximo, O GABRIEL veio até mim e colocou gentilmente a mão no meu ombro.
— Ei, você está bem? — ele perguntou com preocupação genuína.
Forcei um sorriso e assenti. — Sim, estou bem. Vamos continuar aproveitando a noite.
Ele sorriu e me puxou para um grupo maior, onde a música estava alta e a diversão estava garantida. Enquanto eu me deixava envolver pelo espírito festivo, percebi que não estava sozinha. Amigos verdadeiros estavam ao meu lado, apoiando-me e ajudando-me a superar a traição que eu tinha vivido.
Com o passar das horas, percebi que estava dançando, rindo e curtindo a noite
Enquanto a noite avançava, eu decidi fazer uma pausa e me afastar um pouco da multidão para ir ao banheiro. Respirando fundo, caminhei pelos corredores repletos de gente, tentando ignorar as memórias dolorosas que a presença de Arrascaeta ainda trazia.Porém, ao dobrar um canto, dei de cara com ele, que também parecia estar indo na mesma direção. Nossos olhos se encontraram por um breve momento, e uma tensão silenciosa preencheu o espaço entre nós. Não havia como evitar a situação, e parecia que o universo estava conspirando para que finalmente conversássemos.
— Ei... — ele começou, sua voz carregando um tom de incerteza.
— Oi — respondi, forçando um sorriso educado, mas mantendo uma certa distância entre nós.
Ele parecia procurar as palavras certas por um momento, antes de finalmente suspirar e falar. — Eu sinto muito por tudo o que aconteceu. Eu fui um idiota, e eu... Eu não devia ter mentido pra você.
Eu sabia que havia uma batalha interna acontecendo dentro de mim. Parte de mim queria desabafar todas as mágoas que ele havia causado, dizer a ele como me senti traída e enganada. Mas outra parte queria ser madura e evitar mais drama.
— Eu sei que você está magoada — ele continuou. — E eu entendo. Eu só queria que você soubesse que eu lamento muito.
Eu dei um pequeno suspiro, olhando para o chão por um momento antes de encontrar seu olhar novamente. — Eu aprecio suas palavras,
- mas isso não muda o que aconteceu. Eu pensei que você fosse diferente.Ele parecia genuinamente arrependido, seu rosto exibindo uma expressão sincera de remorso. — Eu sei que quebrei sua confiança. E eu entendo se você não quiser mais falar comigo.
Respirei fundo, sentindo a mistura de emoções dentro de mim. — Eu não sei se algum dia poderemos voltar a ser amigos, ou o que a gente era, mas vou precisar de um tempo para processar tudo isso.