Capítulo 12: Você é minha

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A semana passou com o zunido do que eu tinha que fazer. Eu sabia, depois das instruções detalhadas, o que era necessário para quebrar a poção da pequena vadia. Obviamente contei Lysandra, Melog e Glimmer, e tive que segurar os três para que não avançassem antes da hora. Ainda tinha uma semana de luxo no Inferno, e pretendia utiliza-la e aproveita-la ao máximo. Começei a treinar meus poderes, minha luta, e a minha forma; Aprendi sobre demônios e o inferno; Pesquisei sobre a poção e os efeitos que causa.

A semana passou mais rápido do que
queria adimitir. No meu último dia no submundo, a Rainha e o Rei decidiram dar um presente à mim, como presente de parceria, eles disseram. Uma adaga de ouro.

Agradeci, não como os donos do Inferno, mais como seus pais...pela lei. Com a entrega do presente, eu e meus três amigos se foram, de volta para a superfície. No dia seguinte eu estaria indo para um outro tipo de Inferno: a escola. E provavelmente Geovana estaria lá com...Catra. Meu coração apertou, mas mesmo assim, ergui o queixo ao me despedir de meus amigos. Entrei em casa, mas sua mãe não estava.

"Provavelmente no shopping..." pensei comigo mesma. Subi para o meu quarto. Já eram umas 16h, estava exausta. Tomei um banho e fui estudar feitiços e magia.

Escutei minha mãe chegar, virei para o relógio e vê que já são 19h. Me levanto e desço as escadas, para dizer 'oi'. Minha mãe me ve e abraça.

Sarah: E como foi com os seus amigos?- ela pergunta. A lembrança de que menti para ela ainda marca seu coração, mas forçei um sorriso ao dizer:

Adora: Foi bom! Tivemos muita diversão apesar de ter o projeto também.

Ela também abriu um sorriso largo ao passar as sacolas pesadas de comida para o balcão da cozinha. Indica para que eu coloque algumas das compras na geladeira e obedeço. Enquanto estava guardando, ela começa a fazer um jantar para nos duas. Nasa chique e requintado como no submundo. Era algo muito mais particular e amoroso.

Ajudei minha mãe a lavar a louça, se despediu e foi dormir. Ou pelo menos tentou. Eu era uma demônia, imortal, dormir era apenas um desejo, não uma necessidade. A maioria dos demonios não dormia, e aproveitava a noite par apavorar pessoas alheias. A outra minoria dormia por preguiça, pelo pecado em si. Mas eu não fazia ideia do que fazer. Fiquei acordada pensando no que fazer sobre o caso de Catra..

Me sentei na cama, olhando para o teto e respirando fundo. O tempo passa rápido assim como o que aconteceu nas últimas semanas. O comodo parece estar ficando cada vez menor. Sai para a varanda para tomar um ar.

Vou para a floresta negra, escalo numa árvore, e fico observando o céu.

Antes de o Sol nascer, eu já estava de pé, colocando o meu plano em pratica. Era um plano simples, mas muito, muito complicado. Tudo que precisava fazer é deixar com que Cara se apaixonasse por mim denovo e fazer com que ela me beijasse. Fácil, pois somos parceiras e temos uma linda história juntas. Difícil, pois a poção de Geovana é realmente forte, e só tinha até o casamento. Era isso que eu pensava enquanto tomava um banho quente, ainda sob as estrelas.

Sai do banho e com minha magia secou meu cabelo. Eu fiquei com meu cabelo solto sorri em aprovação ao meu reflexo.

Mas ainda assim tinha a sensação de que faltava alguma coisa. Eu procurava na caixa de joias até encontrar alguns enfeites de cabelo, todos eles foram presente de Catra. Encaro, com peso no coração, cada um deles, e depois encara seu reflexo. Então finalmente escolhi usar o um conjunto modesto e requintado de luas e estrelas; ouro, prata e diamantes.

Quando encaixei o enfeite me senti mais completa e real. Ele era uma parte de você. Não o enfeite, mas a dona original dele. Catra. Suspirei fundo enquanto os primeiros raios de dia começam a brotar no horizonte. Ainda era muito cedo, mas queria calma para se arrumar. Eu então suspirou e começei minha maquiagem para a escola.

Amiga lá de baixo (Catradora) Onde histórias criam vida. Descubra agora