"Eu não tenho o menor interesse em você, Joo Jaekyung."
Jaekyung não sabia o que fazer, após acabar de terminar um relacionamento e ser aceito em uma renomada universidade, se envolve com Kim Dan em uma festa de fraternidade. Aqueles olhos castanhos...
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Por longas horas o que se tornou mais presente naquele quarto foi a feição adoravelmente adormecida de Dan, se mexendo na cama ao abrir os olhos lentamente, o suspiro baixo sentindo a carícia aos cabelos. Foi uma longa noite, Jaekyung se manteve ali com o leve sorriso ao vê-lo despertar depois de ter caído no sono. Suspirou, sabendo que a noite tinha sido caótica. Ainda assim, existia certo conforto em ter o menor ali, vestido com suas roupas e os cabelos bagunçados, tudo havia sido um caos desde que o viu chorando tão copiosamente. Observava o menor sem nenhuma menção de se levantar, voltando a se encolher naquela camisa larga, as íris castanhas o fitando enquanto mais uma vez o silêncio de fez presente. Por deus, Jaekyung admirava a paciência que adquiriu, pois o ar sonolento de Dan o fazia querer tomá-lo para si apenas para escutar como aquela voz pronunciaria seu nome em meio de gemidos. Não imaginou que ele ficaria tão tentador vestindo com suas camisas largas e com o ar tímido, quase envergonhado pela noite anterior.
— Que horas são?
— Não importa, volte a dormir. — Levou as costas da palma até a testa e como pensou, ficar debaixo da chuva foi ruim. A febre não era alta, mas não era uma boa ideia deixar que fosse para as aulas naquele estado. — Essa cama fica melhor com você nela. Talvez possa ficar aqui mais um pouco, o café da fraternidade é horrível, mas pelo menos é alguma coisa. — Não era idiota, sabia que o deixar ir seria o mesmo que pensar que ele acabaria sozinho com Junhyung novamente. Ajeitou-se na cama, tento de reunir todo controle que para não fazer nada. Engoliu em seco, o outro parecia tão confortável ali que era um pecado não voltar a deitar ao seu lado. Passou os dedos nas mechas escuras, entendia que ele provavelmente não queria conversar sobre, mas era tarde demais para ignorar o assunto. — Então, o filho da puta do Jang te chantageou com uma foto. — Cruzou os braços, o olhando seriamente e vendo que o menor se encolher nos cobertores, mudou de assunto. — Dessa vez, você não saiu correndo enquanto eu dormia. — Provocou.
— Você dormiu um pouco?
— Acordei cedo, para ter certeza.
— Ficou me olhando dormir? — Dan corou, escondendo o rosto no travesseiro. — Ah... Isso é tão constrangedor!
Não foi um movimento inteligente, Jaekyung se deu ao direito de voltar para a cama, deslizando os lábios ao pescoço exposto, sentindo o arrepio, o corpo do patinador se tencionando.
— Cinco encontros, Jaekyung.
— Quatro.
Dan corou mais uma vez, expondo o rosto delicado.
— ...Ok. — Desviou o olhar, ignorando a satisfação nos lábios do atleta. Jaekyung tomou seu tempo a passear a mão sobre as costas alheias, a carícia ainda sobre a camisa. — Estou sem jeito de sair daqui. Todos estão acordados?
— Então, não saia. Durma um pouco, posso sair e comprar algo decente para comer. — Fitava Dan, admirando cada detalhe do rosto sonolento. Poderia ser tudo, menos cego. Sabia que o menor não comia direito, ainda mais quando sob estresse, mas não poderia seguir o exemplo dos ex-namorados, não seria bom o forçar a algo que não quisesse. Equilíbrio era a palavra correta, tinha de fazer com que comesse, mas sem parecer mandatório. — Está com febre, pode piorar se ir para as aulas. Posso pegar uma cópia, com aqueles... Seus amigos. — Deu ênfase na última parte, sem ignorar que o irritava Dan cercado de tantas pessoas.
