Capítulo 4

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Curiosidade

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Curiosidade. Tudo tinha um preço quando há algo roubando sua atenção, e por mais que soubesse dos riscos, Jaekyung não parou de pensar naquela queda de Kim Dan. Passou os dedos entre as mechas escuras, saindo do banheiro após o banho quente, ajeitando a toalha na cintura. “Ele não vai poder patinar” pensou. Não entendia de patinação artística, mas ao que parecia, usavam muito os braços para o equilíbrio. Ousou pensar se deveria mandar uma mensagem perguntando se ele estava com dor.

Duvidava que Junhyung estivesse lá, cuidando dele.

Não demorou a ir para o quarto, terminando de secar o corpo e abrir o armário, passando os dedos entre os cabides, optando por uma camisa preta e a calça de mesma cor, olhando o próprio reflexo no espelho. Tinha algumas aulas naquela manhã e não seria bom se atrasar, ainda assim, as coisas não pareciam ter mudado tanto, mesmo com o impulso de bater em Seongwoo. Saiu do quarto, descendo as escadas ao ver um dos membros do time de basquete na cozinha, o aroma do café sendo feito e alguns atletas do lado de fora em um aquecimento prolongado antes de uma sessão de caminhada. Acenou, mas os ânimos estavam exaltados, tanto que um do atletas próximo da calçada os olhou e em seguida andou até o moreno, os ombros tensos e a hesitação ao falar.

— Hm, Joo? É que... Olha, não temos nada a ver com o faz ou deixa de fazer. Gostamos de você, sério mesmo. Mas seria bom que Kim Dan não fosse visto por aqui, se estão tendo alguma coisa pode manter fora da fraternidade? — Pediu, e era estranho para Jaekyung como uma fraternidade de esportes poderia ser compreensiva na questão de sexualidade, mas ainda assim não paravam de dizer que Dan criava uma atmosfera desconfortável. Olhou-o seriamente, sem saber o que pensar, era evidente que nem todos pensavam dessa maneira. As coisas eram diferentes quando se era filho de um dos maiores atletas que foi formado na Yonsei. Sabia que por suas costas talvez fizessem comentários. Estavam afastados do grupo, e o atleta do basquete se atentou a diminuir o tom de voz — Olha, estou pedindo isso por um bom motivo.

— Acho que eu posso fazer o que bem entendo, não acha? E se não gostam dele, por que diabos o deixaram entrar na festa?

— Deixamos a festa aberta para todo o campus.

“É uma maneira falsa de mostrar que não descriminamos ninguém” pensou.

— Ele é um patinador artístico, o que pode fazer de tão ruim? Sem falar que eu teria batido em qualquer um que tivesse quase matado alguém do time de hóquei. — Ajeitou a mochila, ao ombro, o sol estava um tanto forte. Franziu o cenho, sempre que tinha visto Dan, o dia estava ou com a luz tão forte ou completamente nublado, sem meio termo.

— Pode fazer o que quiser, mas é que da última vez em que ele esteve aqui no ano passado tivemos danos na casa e foi um caos difícil de controlar. — Suspirou, coçando a nuca — Olha, estar aqui também não seria bom para ele. — Olhou Jaekyung, murmurando — Não é seguro para ele.

Ninguém contava realmente o que acontecia e isso passou a irritar Jaekyung profundamente, morava em uma fraternidade em que não conhecia a própria história, não recordava do pai contando coisas ruins sobre aquele lugar, e criava tantas hipóteses que não sabia qual seria mais plausível. Teria sido algum trote que deu errado? Na pesquisa sobre as apresentações, Kim Dan costumava ser um destaque da patinação no Yonsei, sempre ganhando as mais altas medalhas e até mesmo foi entrevistado no campus, poderia ter sido aceito na fraternidade? Claro, era a elite esportiva. Mas era um jogo perigoso de pensar no que ele tanto escondia, o que tinha a ver com aquele relógio caro? Dan dissera que não roubou algo que já o pertencia. Era um fato que Joo se manteve focado nos últimos dias.

Just one Night (Jaekyung x Dan )Onde histórias criam vida. Descubra agora