"Eu não tenho o menor interesse em você, Joo Jaekyung."
Jaekyung não sabia o que fazer, após acabar de terminar um relacionamento e ser aceito em uma renomada universidade, se envolve com Kim Dan em uma festa de fraternidade. Aqueles olhos castanhos...
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"Vamos continuar de onde começamos horas atrás". Uma única frase foi capaz de deixar Dan inquieto. Há algum tempo quando decidiu que os encontros não seriam mais necessários, ainda não era fácil a tarefa de se preparar para esse momento. A última vez em que esteve na cama de alguém foi apenas com a sensação de que tinha de manter a mente distante até que acabasse. Estar em negação era a única saída quando tivera de lidar com um trauma. E mesmo nas vezes onde quase aconteceu com Junhyung, não foram agradáveis. Não queria que fosse igual, seria no mínimo constrangedor agora que estavam na mesma casa, em uma viagem de uma semana.
Seria mais vergonhoso do que foi com Jang, ainda recordava dele entre suas pernas, mas antes de fazer qualquer coisa, mas não conseguiu. Sentiu-se incapaz. Querendo ou não, Heesung estragou isso, Dan não conseguiu gostar de nada por achar que tudo era daquela maneira. E na época, em um quarto de hotel e aquela sendo a primeira vez em que era tocado desde o Choi, foi assustador. Olhava o teto, suando frio ao sentir aquela voz em algum canto de sua alma dizendo que doeria. Então, quando Junhyung passou a lhe tocar, foi quando todo o corpo não aguentou. Sem querer bateu nele e em seguida correu para o banheiro. O pânico tão grande que acabou vomitando. "Tem algo errado comigo" pensava, e desde aquele dia viu sexo como repulsivo.
Odiava até mesmo a palavra.
Não queria bater instintivamente em Jaekyung, mas ainda era um desafio como se preparar mentalmente. Nunca tivera uma experiência boa e parte de si já estremecia, com medo. Apertou a mão alheia sendo guiado para o andar superior. Era loucura pensar que ele queria agora, ainda mais com o pai e o irmão na casa. "Bem, a casa é grande" pensou, seria muito difícil que alguém acabasse escutando. Fitou a escuridão do quarto por conta das cortinas grossas, engolindo em seco. Repreendeu a si mesmo por estar se lembrando do que não deveria. O som das cortinas se fechando, qualquer som pequeno ou rotineiro dentro de um quarto era um pesadelo. Detestava isso, saber que ainda estava preso há aquelas noites onde Heesung assobiava uma música qualquer e fechava as cortinas, estalando os dedos como se lidasse com um animal adestrado. "Não é Heesung, não é Heesung" lembrou-se. Fechou os olhos com os ósculos intensos, sentindo a maciez da cama. O beijo de Jaekyung o impedia de pensar, as mãos firmes passeando pelas laterais do corpo. O arrepio toda vez que os lábios tocavam o pescoço como uma tela em branco, pedindo para ser marcada. Dan sentiu que queria isso, que as marcas através de seus lábios não seriam dolorosas. Ele não lhe bateria, não gritaria mandando parar de chorar, certo? Olhou-o, atento com a luz da luminária sendo acesa, e sentiu-se envergonhado. Se estivessem no escuro, se sentiria menos exposto, mas Jaekyung tinha outros planos.
Ele queria olhar cada expressão, cada parte de si. Sua camisa foi tirada de si primeiro, e era diferente dessa vez. Dan sentia exposto, não de forma tão degradante como no passado. Os lábios foram tomados mais uma vez, com intensidade a ponto que o moreno parecia o devorar aos poucos, servindo-se dos suspiros do menor enquanto as mãos deslizavam pelas laterais do corpo esguio, tão delicado. Os dedos de Jaekyung sentia todo arrepio que causava. A língua passando pela pele macia, desenhando um caminho preguiçoso ao descer.
