O anúncio que acabara de ouvir ainda ecoava na cabeça de Amanda. A travessia de balsa fora suspensa até segunda ordem devido a um acidente na rota principal.Balsas não sofrem acidentes! Ela pensou. Eram muito grandes e atravessavam o mesmo trecho repetidas vezes. Como pôde ter acontecido?
Sem saber o que fazer, recostou-se no assento do carro e tamborilou os dedos no volante. A única saída seria esperar. Olhou ao redor, desanimada. O pequeno comércio do terminal resumia-se a uma loja de conveniências e uma lanchonete, se é que se poderia chamar assim o corredor estreito onde eram servidos apenas dois tipos de refeição. Sem opção, caminhou para lá e sentou-se na cadeira de plástico, percebendo de imediato que não poderia ficar confortável por muitas horas enquanto esperava pelo conserto da balsa.
Quando chegou, naquela manhã, havia mais dois carros alinhados para entrar na balsa. Porém, não vislumbrava o menor sinal deles. Ela era a única passageira desesperada para deixar a ilha.
— Será melhor que volte para a casa da pessoa que estava visitando, moça. Não há previsão para o reparo.
Ela voltou a cabeça ao ouvir a voz masculina. O jovem que lhe dirigira a palavra usava macacão alaranjado com o logotipo do serviço de transporte bordado no bolso.
— Como sabe que eu estava visitando alguém?
— Esta ilha é minúscula. Trabalhando na balsa, ficamos conhecendo todos os moradores, e também os turistas.
— Oh...
— Quem veio visitar?
Amanda considerou a possibilidade de não responder, mas decidiu que não era nenhum segredo.
— Bill Kaulitz.
— Ele não costuma receber visitas com frequência, muito menos para pernoitar.
— Tratou-se de um encontro de negócios — disse ela, na defensiva.
— Dizem que é um gênio, tão jovem....E muito excêntrico também.
— É uma boa descrição de Bill Kaulitz. Você não o conhece? — o rapaz meneou a cabeça em negativa.
— O sr. Kaulitz é muito reservado. Vi apenas um senhor que vive com ele.
— David é o mordomo.
— E também é especialista em segurança, segundo os boatos locais.
Amanda observou melhor o moço a sua frente. Aparentava quase sua idade, pouco mais de dezoito anos, mas os olhos brilhavam com a avidez de um curioso inveterado.
— Para alguém que não o conhece, você sabe muito a respeito de Bill Kaulitz.
— Aposto que nem tanto quanto você. — o rapaz sorriu, malicioso. — Ele não costuma trazer contatos de negócios para a ilha.
Irritada com a atitude ousada, Amanda voltou-se para o rapaz, disposta a demonstrar sua indignação. Porém, ao abrir a boca para responder, uma mão forte pousou em seu ombro.
— Não se irrite com o garoto, Amanda.
Assustado com a presença imponente, o jovem recuou um passo e ergueu as mãos em um gesto de defesa.
— Não tive intenção de ofendê-la, senhor. Estávamos apenas conversando.
— Está bem. — Com um gesto, Bill indicou que ele se afastasse.
Amanda se lembrou de respirar.
— Bill! O que faz aqui?
— Fiquei sabendo que a balsa está quebrada.
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Uma Equação Perfeita | Bill Kaulitz
FanfictionAmanda Clark mal podia acreditar em sua sorte! Se a negociação com a principal concorrente da empresa que representava fosse bem sucedida, sua ascensão profissional seria meteórica. Aos vinte e dois anos era a mais jovem executiva da empresa. Conhec...