Capítulo 13 - Você está gravida?

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Assim que entrou na balsa, Amanda apanhou o celular, dis­posta a ligar para Gustav. A voz metálica do outro lado da linha anunciou que o telefone estava fora de área. Frustrada, guar­dou o aparelho, desejando do fundo do coração que Jill não tivesse voltado para Nova York. Precisava de alguém para conversar. De uma hora para outra, sua vida calma e controlada transformara-se em um verdadeiro caos. E se a náusea que sentira no restaurante significasse o que imaginava, seus problemas estariam apenas começando.

Uma onda de pânico contraiu seu estômago, superando a irri­tação pelo encontro com Georg. Estava furiosa com seu chefe por agir em segredo e tê-lo enviado para negociar com Tom. Gustav demonstrara a mais completa falta de respeito por seu profissionalismo. E sentia-se duplamente traída quando pensava que dera a Georg a única munição que possuía: seu trabalho.

Acima disso, ficava horrorizada de pensar na proposta do ex-noivo em usar meios ilícitos para forçar Bill a fornecer seus projetos quando as companhias houvessem se fundido. Não sabia se funcionaria, mas provocaria o rompimento entre os irmãos gêmeos. Se a junção acontecesse, o relacionamento ficaria com­prometido.

Não havia dúvida de que Gustav estava trabalhando com os outros acionistas para que aprovassem o projeto. O que mais a afligia eram as armas a serem usadas.

De súbito, uma ideia começou a ganhar corpo, e a apavorou. Talvez seu chefe soubesse do trabalho que Bill vinha desenvol­vendo em segredo. Se fosse mais uma de suas invenções geniais, a NYCSA Group só teria a ganhar com a fusão. Mas como ele teria obtido a informação?

Aflita, saiu do carro e se debruçou na murada. Quatro semana antes, seu futuro inteiro dependia de seu trabalho. Porém, sua vida sofrera uma mudança radical, fazendo-a redimen­sionar seus objetivos. Desde que conhecera Bill Kaulitz, a única coisa que importava era estar ao lado dele. Se Bill não a quisesse em sua vida...A simples possibilidade revirou seu estômago. Colocou a mão sobre o ventre, sentindo uma leve contração. Talvez fosse apenas o movimento da balsa, mas havia algo diferente ali.

Amanda voltou para o carro e retirou da bolsa o teste de gravidez que comprara em São Francisco antes de embarcar. Assim que chegasse em casa, esclareceria aquela dúvida de uma vez por todas.

***

— Amanda!

A voz de Bill a fez sair do banheiro. Ele estava de costas e se voltou quando ouviu a porta se abrir.

— Estou aqui.

— Onde está seu celular? Estou tentando falar com você há mais de uma hora!

— Não sei. Acho que na minha bolsa. — caminhou até lá para procurá-lo, sentindo que ele a seguia com o olhar. — Bill, pre­cisamos conversar...

— Eu sei. Tom acabou de me ligar. Nossos acionistas requisi­taram uma reunião extraordinária para discutir a proposta de fusão.

Amanda prendeu a respiração. Seu pesadelo começava a se tor­nar realidade.

— Entendo.

— Entende? Você já sabia?

— Já esperava que isso acontecesse.

— Quer dizer que tinha conhecimento de que seu chefe vinha conversando com os outros acionistas da Automatic? — falou aflito.

— Sim, eu...

— Ah, creio que agora entendi... Foi incumbida de me manter ocupado enquanto seu chefe entrava em ação! — falou sem esconder a irritação na voz.

Amanda não acreditou no que tinha escutado.

— O quê?

— Você me prometeu que não usaria a sedução para me ma­nipular!

Uma Equação Perfeita  | Bill KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora