S2 - 03 | Boa vida Mayfield

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Pessoal eu tinha dado uma pausa pois tava com dificuldade pra me concentrar e focar na escrita, tinha sempre várias ideias, mas quando chegava na hora de começar a escrever eu travava. Mas Lory tá aqui vivíssima.

Quero vocês comentando muito, beijão

ESSAAAA MUSICAAA 🫵🏻🫵🏻🫵🏻

𝐉𝐀𝐍𝐄 𝐈𝐕𝐄𝐒

Um sentimento familiar tomou conta do meu corpo, meus batimentos cardíacos estavam acelerados, eu não conseguia dizer uma palavra, meus olhos estavam congelados em Max Mayfield na minha frente, e minhas mãos estavam encharcadas de suor. Pude jurar que por milésimos de segundos escutei a voz de Will movida por preocupação chamar meu nome, mas tenho certeza que não movi um músculo da boca para respondê-lo.

Todas as lembranças que eu tinha dela, de nós... estavam frescas em minha memória. Meu corpo tremeu, e foi aí que eu senti a garotinha de dezoito anos mais uma vez batendo na porta do meu coração, eu precisava calá-la antes que uma tragédia acontecesse. Precisava silenciar meus batimentos. Sem me dar conta eu já cruzara as portas do restaurante as pressas, foi como se eu tivesse esquecido de respirar, e só agora, ali do lado de fora, conseguisse finalmente colocar os pulmões para funcionar. Meu peito subia e descia, o vento estava gelado e batia contra o meu rosto fazendo com que a lágrima que estava presa no canto do olho escorresse pelas bochechas. Eu respirei. Respirei fundo.

Comecei a estralar os dedos e a andar de um lado para o outro do estacionamento. Fora os remédios que tomo, essa é uma das táticas que me ajudam a controlar a ansiedade. Na Califórnia eu ia em uma psicóloga uma vez por mês, ela ajudava a colocar minha mente no lugar e assim meu trabalho era feito com excelência. Na minha sincera opinião, todos deveriam fazer terapia, com muitos problemas ou poucos, é saudável. Assim muitas pessoas 'dodóis da cabeça não machucariam pessoas, e essas pessoas também não se tornariam 'dodóis da cabeça que machucam outras pessoas.

Ao notar que meus batimentos estavam voltando ao normal enxuguei as lágrimas que escaparam. Tenho certeza de que quase às condenei em voz alta por isso. Puxei o ar com força pelo nariz e o soltei pela boca como se fosse fumaça ao vento.

—Se pisar um pouco mais forte, com esses saltos alcançará seu objetivo. —olho para trás na intenção de saber quem ousa interromper meu momento.

—Mayfield. —engulo em seco e cruzo os braços. —E qual seria meu "objetivo"?

—Furar o chão do estacionamento. —ela riu. —Não é essa a sua intenção? —se aproximou-se ainda mais, ficando apenas um metro de distância.

Por incrível que pareça, a sensação de estar à mil e quarenta e sete milhas longe dela, e a de estar à cem centímetros são semelhantes. A diferença é que lá eu posso ignora-la, posso fingir que ela nunca existiu para mim e para todos à minha volta. Mas e aqui? De volta à Denver, eu posso? Eu consigo? A resposta para essa pergunta é simples e clara. Mas eu prefiro não acreditar.

—Se eu fosse furar esse estacionamento, com certeza não seria usando um Louboutin. —tento soar o mais casual possível. —a ruiva ri e revira os olhos.

—Eu sinto muito pelo seu pai. —assinto como forma de agradecimento.

Conversar com ela era nostálgico e novo ao mesmo tempo, é quase como se nada tivesse mudado depois de sete anos, mesmo sabendo que nada está como antes. Ao menos eu não estou.

𝐍𝐎́𝐒 | 𝙀𝙡𝙢𝙖𝙭Onde histórias criam vida. Descubra agora