𝐍𝐎́𝐒 | 𝙀𝙡𝙢𝙖𝙭

19| Seu pai.

𝐉𝐀𝐍𝐄 𝐈𝐕𝐄𝐒

Assim que despertei olhei para o lado esperando ver Max na cama, mas ela não estava, procurei meu telefone achando-o em cima da mesinha onde eu havia colocado noite passada. Eram 7:30 da manhã, me surpreendeu já que depois de ontem eu esperava não haver mais energia para acordar cedo.

—Você acordou. —Max adentrou o quarto, ela usava uma roupa diferente da que usava ontem, tinha no corpo uma calça jeans preta e uma blusa cinza, seus cabelos estavam molhados e ela cheirava muito bem.

—É. —fiz um esforço para me sentar na cama. —Você acordou mais cedo que eu.

—Tenho que trabalhar. —como eu podia esquecer disso? —Imaginei que quisesse tomar um banho, separei uma toalha para você no banheiro.

Assenti e me levantei devagar, porém levantei.

—Obrigada Max. —eu forcei um sorriso e cruzei os braços em volta do corpo.

—Não é nada. —sorriu de volta. —Eu trouxe sua bolsa que você tinha deixado na sala pro quarto, e o seu short tá dentro dela. —apontou para o pé da cama onde avistei minha bolsa.

—Tudo bem. —assenti indo até a bolsa pegando-a em mãos assim como meu short.

—Estarei na cozinha quando terminar, estou terminando de preparar o café. —ela avisou e saiu.

Eu respirei fundo rezando para que a situação não ficasse constrangedora depois do que aconteceu ontem, sei que se depender dela não ficará, e eu também farei o possível para isso.

Adentrei seu banheiro avistando a toalha rosa claro que ela havia deixado para mim, tirei minha escova da bolsa pra escovar os dentes e deixei a bolsa em cima do bacia do banheiro. Me desfiz do resto de minhas roupas e entrei no chuveiro.

[...]

Depois de vestir a mesma roupa com que cheguei aqui ontem, caminhei até a sala largando minha bolsa no sofá. Como prometido Max estava na cozinha.

—Fiz achocolatado invés de café. —ela avisou. —Tecnicamente sou uma adulta agora, mas meu espírito adolescente ainda está aqui.

Eu ri e fui até a mesma sentando-me também na pequena mesa. Ela havia preparado dois sanduíches com bacon e ovos para ambas, não pude conter o sorriso.

—Lembrou que sou obcecada pelo seu sanduíche? —fitei a ruiva.

—Como poderia esquecer? —ela colocou achocolatado em dois copos e me entregou um deles.  —Vamos comer agora.

Assim que terminamos eu ajudei a ruiva a limpar a mesa e lavei os pratos enquanto ela pegava suas coisas para irmos embora. Quando terminei enxuguei as mãos no pano de prato e fui para sala onde ela me aguardava.

—Jane... —a ruiva segurou meu braço com uma das mãos enquanto segurava um dos capacetes. —Você quer falar sobre ontem? —questionou

Eu não sei, eu queria falar sobre ontem?

—Eu não sei o que falar. —confesso.

Ela respira fundo e põe os capacetes em cima da mesinha me puxando para sentar ao seu lado no sofá.

—Você sabe que faz tempo que estou à fim de você, não é? —segurou minha mão. —Tenho certeza que percebeu isso da mesma forma que percebi que você também está à fim de mim.