Flora Schmidt, filha do treinador do Benfica Roger Schmidt, Flora é uma jovem alemã de 18 anos, mora em Portugal desde que o seu pai começou a treinar a equipa principal mas nunca tinha presenciado nenhum jogo ou treino, pode se dizer que a equipa n...
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————— Flora —————
Criei coragem depois de alguma breves segundos parada á porta, coloquei a chave na fechadura e rodei a mesma, empurrei a porta e entrei em casa tentando não fazer barulho. Enviei mensagem á Madalena para lhe dizer que havia chegado a casa e depois fiz as minhas higienes e fui diretamente para o quarto, estava tão cansada que nem vesti o meu pijama, coloquei as moletas encostadas na parede e joguei me para a cama ainda com a roupa que havia usado o dia todo. Acho que este foi literalmente, o pior dia da minha vida..felizmente tive alguém que esteve sempre lá para mim nesses momentos.
...
Acordei com o sol a iluminar o meu quarto, peguei no telemóvel e eram quase 9 da manhã, como tinha adormecido cedo era normal ter acordado tão cedo assim, peguei no telemóvel e entrei na câmera para ver o meu estado, tinha a cara inchada de tanto chorar e o meu cabelo parecia uma juba. Com muitos custos levantei me e fui tomar um banho, a parte boa deste dia era o meu pé não doer tanto como ontem. Vesti uns calções e uma t-shirt e coloquei o boné que o João me tinha dado na noite passada, vou admitir, é o meu novo boné favorito.
A minha vontade era ficar em casa o dia todo, mas se havia coisa que me animava era ir ver os treinos da equipa, e estar com eles e com a Madalena, por isso sai do quarto para tomar o meu pequeno almoço antes de ir.
—Bom dia.—diz o meu pai que está ao balcão da cozinha.
—Bom dia.—digo enquanto abro o armário para tirar a minha taça para comer cereais.
—Boné novo?—pergunta me ao reparar no boné que uso.
—Sim,comprei quando fui ao shooping com a Madalena e com a Kika.—minto.
—Vens comigo para ver o treino hoje?—pergunta.
—Sim vou, a Madalena já lá deve estar.—digo sem tocar no assunto da mensagem que recebi do jordi na noite passada.
—Ok, então não demores muito tempo.—ele diz e sai da cozinha.
Acho que o melhor a fazer é não tocar no assunto, vou fingir que não sei de nada e esperar que eles decidam contar-me, apenas queria perceber como o Jordi soube, e como ele acha que eu sabia, claro que se soubesse eu lhe tinha contado, ele é meu irmão, é o primeiro a saber quando algo cá em casa não está bem.
Terminei o pequeno almoço e subi para escovar os dentes e secar o cabelo.
Estava agora no carro com o meu pai e a única coisa que se ouvia era o rádio em que tocavam notícias. Mas o meu pai decidiu interromper o silêncio para falar.
—Como está o pé hoje??—pergunta concentrado na estrada.
—Bem melhor, acho que amanhã já consigo andar sem as moletas.—digo e ele sorri ao saber que estou melhor.
