🕯️🍄 Uma Promessa Eterna 🍄🕯️

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Flora

Eu achava que ser mãe seria algo mais trabalhoso, mas a minha filha tinha vindo numa versão premium plus ultra que me isentava de fazer um monte de atividades que as outras mães humanas sofriam para manter tudo na linha o tempo todo.

A minha filha dormia três horas por dia, comia a cada trinta e três, seu corpo raramente soltava resíduos, ela não chorava, não carecia de braço, mas obviamente eu fazia questão, e ela passava a noite inteira com o Irv “estudando” enquanto o meu marido e eu tirávamos o sono da beleza e eu não estava recuperada o suficiente para a gente namora.

Quer dizer, eu já estava, mas na minha cabeça ainda meio humana, eu estava pelo menos tentando esperar um mês e meio para garantir que não tinha nada de errado nas minhas partes íntimas. A Rani praticamente resolveu nascer sozinha e quando eu peguei a menina nos braços eu fiquei tão chocada que nem chamei o Oliver.

Por falar nele...

— O que foi? — Veio me dar um beijinho na bochecha.

— Queria que Rani as vezes fingisse querer mamar. É nesse momento que eu me sinto responsável por ela, como se a minha filha dependesse um pouco de mim. — Suspirei pesadamente, olhando a irmãzinha do meu Oliver se alimentando.

Pela primeira vez estávamos tendo contato com os nossos pais e irmãos depois de tanto meses. A minha mãe nem veio falar comigo, estava tão enfeitiçada pela beleza da minha filha que tinha esquecido de mim, e eu conseguia dizer a mesma coisa da minha irmã mais nova curiosa e do meu pai babão.

— Eu já sou ao contrário, queria que a minha comesse menos, principalmente à noite, tô cansada demais e com pouco látex.

— Látex? — Eu enrruguei a testa. Látex geralmente era uma seiva tóxica.

— Sim, A gente fez um teste para saber que tipo de comida eu estava produzindo. De todos os meus filhos eu produzi néctar ou sumo, mas a Petúnia me fez produzir látex não tóxica, na realidade é ótimo para para a elasticidade da pele.

— Uau! — Fiquei impressionada, eu achava que era só eu que tinha um “leite” diferente. O que a Rani não mamava eu tirava e colocava em lotes para o Irven botar para congelar no seu banner secreto na antártica. — O meu tipo de líquido materno é como se fosse uma geleia quase transparente. É grosso e tem um sabor levemente adocicado pelo que provei do que tirei.

— Quais as propriedades? Para alimentar um nefilim e a deixar isenta de fome por tanto tempo deve ser muito poderoso.

— Hum... eu não sei se consigo fazer um resumo. Mas tem poder regenerativo no meio. Por isso que nós estávamos congelando tudo o que sobra.

— Vocês acham que Petúnia poderia tomar dele? Quero que ela cresça forte e não sei se vou ter leite até para o próximo mês. Crianças como as nossas têm que se alimentar até os dois primeiros anos e nada mais. Não quero que minha filha sofra de desnutrição ou tenha algum problema de saúde por minha causa.

O Oliver se remexeu incomodado e foi até onde ela estava sentada na poltrona com a irmã dele no colo.

— Ei... Mãe, não é sua culpa. Vou até lá no reino perguntar ao Irv, espera um pouco. — Ele só balançou o braço e que um portal girando no chão apareceu e ele pulou dentro.

— Er... Era só uma ideia, não precisam se incomodar tanto e tão rapidamente. Sua bebê pode aumentar a frequência com que come no futuro e... — Ela se calou quando Oliver apareceu atravéz da parede com a minha bombinha portátil adaptada.

— Ele disse que não tem problema, mas é bom fracionar a quantidade, misturar em outra coisa para a Petúnia não comer algo tão pesado e denso, e dá uma vez ao dia. Então um copinho deve durar por mais ou menos uma semana.

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