THE PRINCESS AND THE QUEEN

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Era uma noite sombria, Visenya ainda imersa na biblioteca, alheia ao tumulto que rugia fora de suas páginas. Do lado de fora, o caos dançava pelas ruas.


— Princesa – Elinda, a dama de companhia, chamou Visenya com urgência.


— Eli? O que aconteceu? – A garota levantou-se, percebendo a tensão nos olhos de Elinda.


— São seus irmãos e primos, princesa, eles entraram em conflito com Aemond – Elinda respondeu, e Visenya apressadamente abandonou o livro que lia.


Com passos rápidos, Visenya seguiu Elinda até a sala do trono de madeira. Ao ver seus irmãos e primos feridos, a expressão de Visenya se transformou, seu olhar se tornou gélido, mas ela ansiava entender o motivo desse embate. A conversa revelou a verdadeira razão da briga: Vhagar. Visenya podia compreender Aemond até certo ponto, mas as consequências daquilo não agradou a garota.


— Chega, CHEGA, SILÊNCIO! – O rei bradou, tentando acalmar a tensão no recinto.


— Ele nos chamou de bastardos – Jace sussurrou para Rhaenyra e Visenya. O olhar de Visenya, uma vez cheio de compreensão e pena por Aemond, se transformou em ódio e raiva. Apesar de ver erros em todos os lados, não toleraria insultos à sua família. Qualquer resquício de afeto por Aemond desapareceu naquele momento.


— Aemond, eu quero a verdade dos fatos, agora – O rei se aproximou, sua voz estava carregada de autoridade.


— O que mais precisa ouvir? Seu filho foi ferido, e o filho dela é o culpado – Alicent defendeu Aemond, sua voz tremendo.


— Foi um acidente lamentável – Rhaenyra tentou justificar.


— Um acidente? O príncipe Lucerys levou uma adaga! Ele queria matar meu filho – Alicent afirmou, enquanto Visenya revirava os olhos, cansada das acusações.


— Se eu estivesse lá e ouvisse tais palavras proferidas por Aemond, eu não teria arrancado apenas o olho dele. Neste momento, vossa majestade estaria velando seu corpo ou chorando por ele ter se tornado comida da minha dragão  – Visenya disse, sua voz transbordando de raiva.


A garota sabia que se tudo ali fosse resolvido justamente, seus irmãos e irmãs deveriam receber um castigo, mas parecia que Viserys não pretendia fazer justiça, o que era totalmente injusto com o próprio filho. Mas naquele momento, ela preferiu que a justiça não fosse feita, embora errado, ela não queria ver seus irmãos sofrendo, mas se a justiça fosse feita, ela receberia de bom grato os castigos por seus irmãos e irmãs.


As palavras de Visenya ecoaram pelo salão, provocando murmúrios. A rainha não ficou em silêncio.


— Você ousa ameaçar meu filho? – A rainha retrucou, sua voz alta e acusatória.


— É melhor ter cuidado com seu tom comigo – Visenya encarou a rainha com um olhar gélido.


— EU SOU A RAINHA, E VOCÊ É APENAS UMA PRINCESA – Alicent gritou, tentando afirmar sua posição.


— RAINHA CONSORTE, VOCÊ NÃO CARREGA O SANGUE REAL. VOCÊ NÃO PASSA DE UMA VAGABUNDA OPORTUNISTA QUE SE APROVEITOU DA DOR DE MEU AVÔ. EU SOU UMA PRINCESA LEGÍTIMA, SOU O SANGUE DO DRAGÃO. ENTÃO, NÃO SE COMPARE A MIM. EU SOU A REALEZA – Visenya respondeu com fúria, enquanto uma risada de um pai orgulhoso ecoou na sala. Alicent abaixou a cabeça, e Rhaenyra segurou Visenya, mantendo-a contra seu peito, enquanto o clima na sala se tornava ainda mais tenso e murmúrios cresciam.


— SILÊNCIO! – O rei finalmente interveio, buscando encerrar a discussão.


— Foram meus filhos que foram atacados e forçados a se defender. Insultos vis foram dirigidos contra eles – Rhaenyra lembrou a todos do que tinha sido dito por Visenya.


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