CHAOS

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[...] 129 D.C

Os meses seguintes foram harmoniosos para Visenya e Cregan, que se encontravam frequentemente. No entanto, ainda não haviam conversado com os pais dela sobre o casamento. Visenya estava à espera do momento certo, consciente de que seu pai reagiria com intensidade. Enquanto isso, a aparente tranquilidade desses meses escondia uma traição, uma traição de sangue.



— Você tem certeza de que este plano vai dar certo? —  perguntou um soldado.




— Tenho. Cregan é um moleque, não merece ser o lorde de Winterfell. Eu sou o mais velho aqui; serei o lorde, nem que tenha que acabar com o sangue do meu irmão. — respondeu um homem mais velho.



— E quanto à princesa, sor Ben? — outro indagou, gerando murmúrios entre os demais.




— Essa mulher não é um problema para nós. Devolveremos ela para onde pertence e de onde nunca deveria ter saído. — o mais velho respondeu com desdém.



— Mas ela é uma boa lutadora. — alguém comentou.




— Ela é uma mulher. — o velho disse com certo desprezo, e os soldados ao seu lado concordaram. — Eu darei terras e ouro a vocês quando me tornar lorde. — acrescentou, e os soldados brindaram, aceitando participar da traição.




[...]



Era noite, Visenya estava deitada, observando o teto, quando começou a ouvir gritos.




— Que merda está acontecendo? — exclamou, levantando-se da cama e colocando um vestido simples por cima de sua roupa de dormir.



— MAJESTADE! — A sua dama de companhia  entrou no quarto, tremendo e coberta de sangue. Visenya sentiu o coração acelerar, o medo de algo ter acontecido com Cregan e Sara a invadiu.



— O que está acontecendo, Mhica? — Visenya pegou sua espada e se aproximou da jovem.



Sara foi a dama de companhia de Visenya durante algum tempo, mas logo perceberam que não daria certo, pois ela era também a irmã de um lorde, e substituiria ele quando nescessário, assim não podendo acompanhar a princesa. Então Mhica se tornou a serva pessoal e dama de companhia da princesa, Visenya gostava muito da jovem de apenas 12 anos, que foi entregue pelo pai a lorde Rickon com apenas 10 anos, Rickon se compadeceu da garota e aceitou, pois ela ficaria bem melhor lá do que com o pai, que era um bêbado que morreu após alguns meses.



— São rebeldes, Sor Ben... Eles estão atacando o palácio. Eles querem que Sor Ben seja o lorde... e o lorde Cregan...



— Fique aqui, Mhica. Não saia por nada. Esconda-se atrás da cama. — Visenya instruiu e saiu correndo.



Ela correu pelos corredores, seu coração acelerado. Visenya não hesitou em enfrentar mais de vinte homens, empunhando sua espada e derrotando qualquer um que a atacasse.



Ao chegar do lado de fora, viu Sara e Cregan lutando e se juntou à batalha. Visenya era ágil, e Ben percebeu que o havia superestimado. Ele percebeu que estava perdendo, pois o número de seus homens diminuía enquanto os de Cregan continuavam firmes. No entanto, ele estava determinado a acabar com Cregan, e sabia que havia duas coisas pelas quais Cregan morreria. Sabia que Cregan e Visenya se encontraram, mas também sabia que ela não era o ponto mais fraco entre as duas coisas que ele mais amava no mundo. Sabia que não conseguiria derrubá-la e decidiu atacar o ponto mais vulnerável.




Foi rápido; Cregan estava perto de Sara, enquanto Visenya estava mais afastada. Ben correu até Sara, que estava de costas, lutando com outro homem. Ele sabia que ela não reagiria a tempo, pois era a menos habilidosa dos três. Ela lutava bem, mas não tanto quanto os outros dois, que gritaram ao perceber.



𝕯𝖆𝖓𝖈𝖊 𝕺𝖋 𝕱𝖎𝖗𝖊 𝖆𝖓𝖉 𝕴𝖈𝖊 Onde histórias criam vida. Descubra agora