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Kayla tira o paletó desdobrando as mangas, afrouxa a gravata e deu o paletó pra Luiza cuidar, saiu correndo atrás das crianças para brincar, eles ficaram atazanando desde que pisou na casa.

– "Ela é mesmo uma criança." – falou Luiza e Marco concorda sorrindo.

As crianças correm de lá e cá, Kayla finge que não consegue pegar nenhum deles e uma menina caiu de cara, Kayla para de brincar e ajuda a menina levantar-se pegando de colo consolando.

– "Solta a minha filha!" –

Gritou a mãe da menina, tirando do colo da Kayla e o homem do lado puxou o colarinho e deu um soco deixando cair, a pequena não reagiu e ficou parada levando o murro até que ouvir o grito mandando parar.

– "Para de bater a minha tia Kayla! Homem mau!" –

Certo então, as crianças estão batendo nele ou tentando empurrar, Kayla constata a Alex e Esmée correndo e o fez separar, ele fica em confuso das adolescentes e das crianças protegendo e cheio de raiva até a menina berrando na mãe pedindo descer do colo.

– "Por que diabos está batendo na minha tia?!" – berrou a Esmée.

– "Tia? Está brincando comigo?! Além de ser pedófilo, é o homem vestindo de mulher? Meu deus, esse mundo estão perdidos! Os pais dessa aberração merecem levar a surra!" – falou todo incrédulo.

– "Diga isso de novo, Ben." – Marco falou atrás dele dando ao arrepio.

– "Chefe, essa aberração está passando de mulher e de pedófilo. Ele tocou na minha filha e pegou no colo sem protestar! Olha como a Ellen está assustada." – falou e a menina se mostrou o oposto.

A menina Ellen está com raiva fazendo birra querendo sair do colo, as crianças estão em voltas da Kayla abraçando e chorando porque viu toda machucada no rosto e a pequena dizia estar tudo bem e que não doeu muito.

– "É verdade isso, Kayla? Você tocou no outro sentido?" –

– "Não, senhor. Eu estava apenas consolando porque a Ellen caiu feio por culpa das pedrinhas." –

– "Não minta!" –

– "Bem... eu acredito nessa garota até porque vi tudo e o que você disse sobre ser pais?" – arqueou a sobrancelha e Esmée deu o sorriso porque está sabendo que ele está ferrado.

– "Chefe, com todo o respeito. Os pais deveriam ensinar aquilo para agir como um homem e não a mulher devido ao nome feminino. Isso é muito errado!" –

Luiza chega ouvindo coisa absurda e deu tapa com ódio nele, se aproxima na filha e tira o papel para tirar a mancha de sangue no rosto e segura o pequeno corte de sangue em cima da sobrancelha.

– "É aí que você está completamente errado. Não toleramos para aqueles... me diga qual é." – cerrou os cenhos e ele engole a saliva se lembrando da empresa.

– "Preconceitos." –

– "Isso mesmo, será que aprendeu? Não mesmo. O que você vê é apenas uma garota que se veste roupas confortáveis, não vejo nada de errado se o homem pode vestir saia ou vestido enquanto a mulher pode ter cabelo curto, quaisquer roupas que agrada e quero que peça a desculpas." – mandou.

– "Desculpa, senhora. Foi errado de chamar de aberração." – se curvou.

– "Ah, também peça desculpas dos pais, inclusive a Luiza, afinal somos os pais dessa garota." – contou e ele arregala os olhos.

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