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Uma semana havia passado desde a inauguração da loja de plantas, e os resultados eram mais do que promissores. O estabelecimento estava se tornando um sucesso notável na vizinhança. Enquanto algumas pessoas apenas passavam para dar uma breve olhada nas exuberantes plantas, outros clientes já haviam se tornado presenças frequentes, entre eles: Maggie, Muriel, Newton e, é claro, Crowley.
Dentre todos os frequentadores, Crowley se destacava como um dos clientes mais desafiadores. Seu comportamento era consideravelmente áspero, e ele parecia constantemente à beira da ira, às vezes até expressando sua frustração por meio de gritos dirigidos às pobres plantas da loja. Isso fazia Aziraphale se assustar em certas ocasiões, mas havia um consolo, Crowley sempre compensava sua atitude pagando mais do que o necessário por qualquer produto.
O loiro mantinha excelentes relacionamentos com a maioria dos clientes, ao ponto de Muriel ocasionalmente aparecer na loja não apenas para comprar plantas, mas também para compartilhar fofocas e desfrutar de uma xícara de chá recém-preparado. No entanto, quando se tratava de Crowley, a dinâmica era completamente diferente. Aziraphale parecia incapaz de trocar mais do que algumas frases com o ruivo, e sentia um certo temor em relação a ele. Crowley, era uma incógnita que gritava muito, fazia barulhos estranhos e parecia desprovido de qualquer gentileza.
Naquele dia em particular, Aziraphale abriu a loja como de costume, ligou o toca-discos com uma melodia suave e se apoiou no balcão, observando a movimentada rua à espera de clientes. Felizmente, não precisou esperar muito, pois em apenas cinco minutos, Muriel adentrou a loja. Aziraphale, sempre atencioso, não deixou de oferecer uma xícara de chá à pessoa à sua frente, e assim começaram uma animada conversa que envolveu risadas, fofocas e algumas histórias de vida. Quando a conversa estava prestes a atingir os 40 minutos, Muriel se despediu com um sorriso radiante; finalmente havia conseguido realizar seu sonho de se tornar policial.
Com a partida de Muriel, o loiro se voltou para suas plantas, determinado a garantir que elas estivessem exuberantes e atrativas para os futuros clientes. Cuidadosamente, podou folhas indesejadas, verificou a saúde do solo de cada planta, regou aquelas que necessitavam e, finalmente, quando estava prestes a se acomodar e desfrutar de um breve momento de tranquilidade, seu cliente menos apreciado, Crowley, fez sua entrada abrupta na loja.
— Bom dia, Bem-vindo a loj— foi interrompido por uma voz arrogante que conhecia bastante.
— Essas porras dessas plantas não crescem direito!— Gritou com as plantas e logo depois suspirou, colocando os dois vasos em cima do balcão— Me ajuda, por favor.— Sua voz era um pouco mais calma.
Aziraphale, embora dotado de uma paciência quase infinita, não conseguia suportar a arrogância do cliente. Já havia tentado ser gentil outras vezes, mas sem sucesso, então a única opção restante era o confrontar.
— Ei, Não grita com as plantinhas!— Brigou com o homem a sua frente, pegando um dos vasos para analisar o que havia de errado com a planta.
— Mas elas não crescem direito!— Bateu no balcão de madeira, fazendo Aziraphale estremecer de susto.
— Não importa, não grita!— Gritou de volta, tomando cuidado com os vasos de planta.
Quem passasse por ali com certeza não entraria, eram dois adultos gritando muito alto por causa de uma planta, não era lá uma das coisas mais maduras a se fazer, mas Aziraphale não tinha muita opção.
O ruivo não respondeu, somente bufou e se apoiou no balcão esperando o dono da loja terminar de analisar Bobby e Motimer, suas duas suculentas.
— Elas estão com falta de nutriente, você precisa de fertilizantes, se não elas não vão crescer direito.— Explicou calmamente, deixando os vasos perto do ruivo.
Crowley estava mais calmo, então observou as plantas e depois o loiro a sua frente, que estava com um pequeno sorriso acolhedor no rosto.
— Você tem os fertilizantes aqui?— Perguntou ainda apoiado no balcão.
— Sim, tenho. Vou pegar algumas opções para as suas suculentas, tudo bem?— perguntou, saindo de trás do balcão batendo os dedos na superfície.
— Perfeito.— concordou Crowley.
Aziraphale andou entre as prateleiras da loja, indo até a sessão de fertilizantes, escolheu alguns que achava que seriam úteis e após de alguns minutos voltou, colocando os produtos no balcão calmamente um por um e pigarreou para o ruivo prestar atenção nele.
— Bem, esse daqui— pegou um dos produtos postos em cima da mesa e começou a explicar— Este aqui é um fertilizante líquido de liberação lenta. É ideal para suculentas, porque fornece os nutrientes pouco a pouco ao longo do tempo, evitando o risco de sobrealimentação. Para utilizar você dilui uma pequena quantidade na água de rega e aplica uma vez por mês.— Explicou da forma mais simples.
Crowley observou o rótulo com interesse, sem interromper.
— Esse outro aqui— Continuou o loiro pegando um segundo fertilizante— É um fertilizante em pó de liberação controlada. Este é ideal se você quiser uma opção de longo prazo. Você só precisa aplicar uma vez a cada poucos meses, e ele vai liberar os nutrientes pouco a pouco enquanto a planta cresce.
O ruivo assentiu, parecendo mais envolvido na explicação do que Aziraphale imaginava.
— E esse último aqui— Ele deixou o outro fertilizante na mesa e pegou o que estava na ponta esquerda— É um fertilizante em spray. É ótimo para suculentas porque pode ser aplicado diretamente nas folhas, proporcionando uma nutrição imediata. É especialmente útil se você notar que suas plantas precisam de um impulso rápido.— sorriu, deixando as três opções de produto em cima do balcão.
Crowley olhou atentamente para cada fertilizante, considerando as informações que Aziraphale havia fornecido. Depois de um momento de reflexão, ele pegou um dos produtos e o entregou ao loiro.
— Eu vou levar este aqui— Entregou o fertilizante em spray para o homem que estava a sua frente.
— Ótima escolha, tenho certeza que suas suculentas vão crescer bem bonitas.— sorriu colocando o fertilizante na sacola.— Ficou dez libras.
— Ótimo— Deixou, mais uma vez, uma quantia generosa na mão do vendedor.
— Se precisar de ajuda, não hesite em voltar e, por favor, não grite com as plantas.— Disse enquanto gesticulava com as mãos e no final deu um aceno de despedida para o seu cliente.
— Não prometo nada!— Gritou e se encaminhou até a porta.
O loiro observou o ruivo se afastar, desejando secretamente que, talvez, no futuro, suas interações fossem mais pacíficas.
O loiro suspirou aliviado enquanto via Crowley desaparecer na movimentada rua. Ele voltou sua atenção para as plantas, retomando sua tarefa de cuidar delas e garantir que estivessem saudáveis e vibrantes para os próximos clientes. Enquanto podava, regava e acariciava as folhas verdes, ele sentiu um leve sorriso se formar em seus lábios. Mesmo com todos os desafios que Crowley era, havia algo de interessante no cliente difícil, mas ele não conseguiu identificar o que era.
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Hey anjos, espero muito que vocês tenham gostado, porque eu estou me divertindo muito escrevendo e espero que vocês estejam gostando também. Eu revisei o capítulo mas mesmo assim pode haver alguns erros pois todos nós erramos, e já venho pedir desculpa por isso.
Não sei porque, mas Aziraphale parece ser fã de músicas com Ukulele. Eu ouvi essa música e só lembrei do Azi.
Ps: O feedback de vocês é importante, comentem, votem e façam criticas também! Isso é importante para o meu crescimento como autor para fazer fanfics cada vez melhores para vocês (:
Com amor, Júpiter ✨
© Júpiter, 2023.
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𝐀𝐳𝐢𝐫𝐚𝐩𝐡𝐚𝐥𝐞'𝐬 𝐆𝐚𝐫𝐝𝐞𝐧 𝐒𝐡𝐨𝐩 || 𝐀𝐳𝐢𝐫𝐚𝐜𝐫𝐨𝐰
FanfictionAziraphale é dono de uma nova loja de jardinagem, leva uma vida tranquila e regrada cuidando de suas amadas plantas e lendo seus livros. No entanto, tudo muda quando Crowley, um de seus primeiros clientes, entra em sua loja... © Júpiter, 2023.