He won't bother you anymore

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Gabriel sempre ia na loja de Aziraphale, falando frases passivas agressivas toda vez "Nossa, você era melhor antes" "Eu achava que você ia estar melhor" "Se você ainda estivesse comigo..."  e o loiro sempre ficava mal, no final do dia Crowley sempre ia na loja, passou a ser uma rotina, tanto para ajudar no financeiro, tanto para ajudar no estado emocional do outro, que estava muito abalado. 

Hoje era Sábado e o ruivo não teria que trabalhar, assim que amanheceu seus olhos se abriram, fez todas sua higienes básicas cuidou das plantas, tagarelando sobre Aziraphale com elas, e as vezes gritando descontando a raiva do ex do loiro nas pobres plantas. 

Colocou uma roupa arrumada, uma camisa de gola alta, calças Jeans pretas rasgadas e um sobretudo qualquer. Passou sua melhor colônia e fora a caminho da loja que era a algumas quadras dali.

Quando chegara lá todo o seu rosto de alegria havia desaparecido.

— Você não tem direito de falar assim comigo, Gabriel! Pode sair da minha loja, por favor?— O loiro estava claramente assustado mas mesmo assim falou firme com o outro.

— Você nunca conseguiu ouvir verdades não é? Você não mudou nada, ainda continua sendo o trouxa de sempre.— Disse irônico. 

O sangue do ruivo ferveu, e não pensou antes de pegar o tal Gabriel pela gola da camisa e o levar para a parede mais perto que havia ali, o tirando de perto de Aziraphale. Seus olhos ardiam de raiva enquanto o segurava.

O loiro se assustou por um momento, mas logo quando percebeu a situação que se encontrava ficou aliviado. 

— Eu vou falar só uma vez e eu espero que entenda bem.— Sussurrou entre os dentes no ouvido do homem, para Aziraphale não ouvir.— Você nunca mais vai pisar nessa loja para importunar o Aziraphale, entendeu? Se não você pode se considerar um homem morto.— Soltou o aperto e deixou Gabriel respirar.

Assim que o soltou o deu um sorriso cínico.

— Estamos conversados? 

Aziraphale, observando a cena com os olhos arregalados e o coração acelerado, não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Ele nunca tinha visto Crowley tão furioso, mas ao mesmo tempo, uma parte dele se sentia aliviada e protegida pelo gesto do ruivo.

Gabriel, recuperando o fôlego, olhou para Crowley com uma expressão mista de medo e raiva. Ele não estava acostumado a ser confrontado dessa maneira e, por um momento, considerou fazer alguma ameaça vazia em resposta. No entanto, ao encarar os olhos intensos e determinados de Crowley através de seus óculos escuros, ele engoliu em seco e apenas acenou com a cabeça, concordando com relutância.

— Uhum. — Gabriel murmurou, antes de se afastar e sair apressadamente da loja.

Crowley assistiu Gabriel se afastar com um olhar de desdém, e então se virou para Aziraphale. Seu semblante se suavizou quando ele viu a expressão de alívio nos olhos do loiro.

Aziraphale estava visivelmente abalado com a situação, mas ao mesmo tempo, sentia uma onda de gratidão pelo gesto de proteção do amigo. Ele nunca tinha visto esse lado tão feroz do ruivo, mas estava grato por tê-lo ao seu lado naquele momento.

— Crowley... Eu não sei o que dizer. Obrigado por ter feito isso por mim. — O loiro murmurou, ainda um pouco atordoado.

O ruivo suspirou e passou a mão por seus cabelos, parecendo um pouco mais calmo agora que a ameaça tinha ido embora.

— Não precisa agradecer, anjo. Ninguém deveria falar com você daquele jeito, muito menos na sua própria loja. — Ele olhou nos olhos de Aziraphale com ternura. — Eu só não podia ficar parado vendo você ser maltratado assim.

O loiro sentiu o coração aquecer com as palavras do outro. Apesar de temer o amor, havia algo especial entre eles, algo que não podia ignorar.

— Você é realmente incrível, Crowley. — Aziraphale sorriu timidamente.

O ruivo encolheu os ombros, tentando parecer indiferente, mas um leve rubor apareceu em suas bochechas.

— Eu só não gosto de ver ninguém se metendo com as pessoas que me importam. — Ele olhou para a loja ao redor. — E, bem, você importa para mim, Aziraphale.

O loiro ficou sem palavras por um momento, sentindo suas bochechas esquentarem, levando sua mão para elas.

— Você também importa para mim, Crowley. — Aziraphale sussurrou, dando um passo mais perto do ruivo.

Os olhos de Crowley brilharam com uma mistura de surpresa e alegria. Ele estendeu a mão, acariciando suavemente o rosto de Aziraphale.

O loiro se inclinou um pouco para a carícia, fechando os olhos por um momento, aproveitando o toque reconfortante. Era um gesto simples, mas cheio de significado para ambos.

Crowley se aproximou mais, agora tão perto que seus lábios quase se tocavam. O ar estava carregado de eletricidade entre eles, uma tensão palpável se encontrava no ar.

Sem dizer uma palavra, o ruivo se inclinou e selou os lábios com os de Aziraphale. Foi um beijo suave, cheio de carinho e emoção contidos por tanto tempo. O loiro correspondeu ao beijo, envolvendo os braços ao redor do pescoço de Crowley.

Eles se afastaram lentamente, dando dois selinhos e depois olharam um nos olhos do outro com ternura. Não era preciso mais palavras naquele momento; seus corações falavam por si só.

As inseguranças que tinham, os relacionamentos passados, os problemas... Nada existia, só existia eles naquele momento, não se importavam se alguém estivesse observando ou não. Eles ligavam somente um para o outro agora. 

Crowley sorriu docemente, seu coração cheio de alegria por finalmente terem dado esse passo. Ele acariciou o rosto do loiro com o polegar e sussurrou:

— Você não tem ideia o quanto aquelas plantas ouvem sobre você... 

Aziraphale riu suavemente, se sentindo mais leve do que havia sentido em muito tempo. Ele acariciou o rosto do ruivo com ternura.

— Oh, elas ouvem, é? Espero que não tenha dito nada embaraçoso para elas. — O loiro brincou, seus olhos brilhando de felicidade.

— Não se preocupe, elas só ouvem elogios sobre você. E, a propósito, eu também tenho ouvido muitas coisas boas sobre você, senhor Aziraphale.— Riu aproximando mais o corpo do outro.

Os dois deram mais um beijo, dessa vez mais apaixonado e cheio de promessas do que o anterior. Eles sabiam que tinham muito o que superar, mas estavam dispostos a enfrentar qualquer desafio, desde que estivessem juntos.

Aziraphale e Crowley passaram o dia juntos na loja, arrumando prateleiras, conversando sobre plantas e livros. O clima na loja estava mais leve do que jamais imaginaram, e eles se sentiam mais próximos do que nunca.

No final do dia, fecharam a loja juntos e decidiram sair para jantar no Ritz, um dos lugares favoritos de Aziraphale. Sentaram-se em uma mesa reservada, à luz de velas, e compartilharam uma refeição deliciosa. Conversaram sobre suas vidas, seus sonhos e seus planos para o futuro.

De mãos dadas, caminharam de volta para a loja, se despedindo com um selinho amoroso e seguiram os caminhos para suas respectivas casas.

Eles nunca se sentiram tão completos, tão em paz, como se tivessem encontrado o que faltava em suas vidas. Os dias de incerteza e solidão haviam ficado para trás, substituídos pela certeza de que estavam destinados a estar juntos.

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Hey anjos, espero muito que vocês tenham gostado, Vou tacar o foda-se e postar logo os três capítulos finais hojekkk. Revisei o capítulo mas mesmo assim pode haver alguns erros pois todos nós erramos, e já venho pedir desculpa por isso.

Ps: O feedback de vocês é importante, comentem, votem e façam críticas também! Isso é importante para o meu crescimento como autor para fazer fanfics cada vez melhores para vocês (:

Com amor, Júpiter ✨

© Júpiter, 2023.

𝐀𝐳𝐢𝐫𝐚𝐩𝐡𝐚𝐥𝐞'𝐬 𝐆𝐚𝐫𝐝𝐞𝐧 𝐒𝐡𝐨𝐩 || 𝐀𝐳𝐢𝐫𝐚𝐜𝐫𝐨𝐰Onde histórias criam vida. Descubra agora