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Crowley havia acordado mais cedo somente para passar na loja de jardinagem do seu mais novo amigo. Se passaram cinco dias desde o dia do Ritz, os dois haviam trocado os números de telefone mas nunca tiveram coragem para chamar um ao outro e o ruivo estava muito ocupado com o trabalho, seu chefe estava mais insuportável do que nunca. Então os dois não haviam se falado desde aquele dia. E Crowley sentia falta de Aziraphale, estava começando a ficar com raiva novamente, então a primeira coisa que fez no dia foi gritar com as suas plantas.
— Porque vocês não podem crescer direito? Hein! Porque vocês tem que ser assim?— Ele esbravejou, sacudindo a cabeça enquanto examinava as plantas.
Com uma expressão de frustração, Crowley estava de pé em seu jardim, olhando para suas plantas como se esperasse que elas pudessem responder a sua raiva acumulada. Ele sabia que desabafar com suas plantas era um gesto de desespero, mas era a única maneira de aliviar a tensão que sentia. Afinal, elas sempre estavam lá, pacientes e silenciosas, dispostas a ouvir seus desabafos.
O ruivo continuou a reclamar, sua voz carregada de frustração e irritação, enquanto elas balançavam suavemente ao vento, como se estivessem respondendo aos seus lamentos.
— Vocês não entendem, suas verdinhas inúteis. Eu simplesmente não sei o que fazer comigo mesmo! Aziraphale... ele é um problema, e eu não deveria me importar tanto com ele. Droga, ele é apenas um amigo, certo? Um amigo que apareceu na minha vida e bagunçou tudo.— Ele suspirou, passando uma mão pelos cabelos desgrenhados.— Eu não deveria me importar se ele não me ligou, não é? Eu não deveria ligar para isso. Mas aqui estou eu, reclamando com vocês sobre isso.— Esbravejou.
As plantas, é claro, não tinham palavras de conforto para oferecer a Crowley, mas sua presença tranquila parecia acalmar um pouco a tempestade interior do homem ruivo. Ele continuou a murmurar para elas, desabafando sua confusão e frustração.
— Talvez eu devesse ligar para ele. Só para verificar como ele está, nada demais. É só uma ligação amigável. Mas e se ele pensar que estou sendo grudento? E se ele estiver ocupado e não quiser falar comigo? Droga, por que as coisas têm que ser tão complicadas?
Crowley se sentou no gramado, suas costas apoiadas contra um dos longos vasos de seu jardim. Ele olhou para o céu azul acima, perdido em pensamentos, enquanto as folhas das plantas balançavam suavemente sobre ele, como se estivessem tentando lhe oferecer sombra e conforto.
Enquanto refletia sobre o que fazer em relação ao loiro, Crowley começou a perceber o quanto aquela amizade era importante para ele. Ele nunca havia se sentido tão próximo de alguém como se sentia com o loiro, e isso o assustava um pouco. A ideia de perder essa conexão era aterrorizante, e talvez isso fosse o motivo de sua irritação e frustração recentes.
Ele suspirou profundamente, decidindo que precisava dar um passo adiante. Não podia deixar o medo ou a incerteza controlarem sua vida. Pegou seu celular do bolso e começou a discar o número de Aziraphale, seu coração batendo mais rápido a cada toque.
A ideia inicial seria passar na loja, mas passou tanto tempo gritando com as plantas que nem mesmo indo com seu Bentley daria tempo de passar por lá e chegar no trabalho sem atraso.
Depois de alguns toques, a voz calma de Aziraphale atendeu do outro lado da linha.
— Olá?
A voz do loiro fez o coração do ruivo dar um salto. Ele engoliu em seco antes de responder, tentando manter sua voz estável.
— Oi, Aziraphale. Sou eu, Crowley.
Houve uma breve pausa do outro lado da linha antes do outro responder, sua voz cheia de surpresa e alegria.
— Crowley! Que surpresa maravilhosa ouvir sua voz. Como você está?
O ruivo sorriu, sentindo um peso sendo aliviado de seus ombros.
— Estou bem. Só senti saudades e pensei em ligar para ver como você estava.
A conversa continuou, e os dois amigos começaram a se atualizar sobre suas vidas nas últimas semanas. Crowley percebeu que não havia motivo para a preocupação que o havia consumido. Aziraphale estava feliz em ouvir sua ligação, e a amizade deles só parecia crescer mais forte.
À medida que a conversa se desenrolava, Crowley sentiu um senso de alívio e alegria que não havia sentido em dias.
Eles conversaram por mais alguns minutos, fazendo planos para se encontrarem em breve. Gradualmente, a tensão e a incerteza que Crowley havia sentido desapareceram, substituídas pela familiar sensação de conforto que a presença de Aziraphale sempre lhe proporcionava.
O ruivo olhou para o relógio e percebeu que estava ficando tarde demais para continuar a conversa. Suspirou, relutante em se despedir, mas sabendo que precisava ir para o trabalho.
— Aziraphale, eu adoraria continuar conversando, mas estou prestes a sair para o trabalho. Preciso encerrar por enquanto.
— Claro, eu entendo. Não quero que você se atrase. Vamos conversar novamente em breve, sim?— Aziraphale respondeu com um tom compreensivo.
Crowley sorriu.
— Com certeza. Vou ligar para você em breve. Tenha um ótimo dia.
O ruivo desligou o telefone e se levantou do gramado. Ele se sentia muito melhor do que quando havia começado o dia, e a perspectiva de ver Aziraphale novamente em breve o enchia de alegria.
Enquanto isso o loiro estava em sua loja de plantas, suspirou profundamente quando a ligação terminou, sentia borboletas voarem por sua barriga. Ele estava feliz em ouvir a voz do outro, e a conversa deles trouxe um sorriso genuíno ao seu rosto.
Enquanto ajudava um cliente a escolher algumas plantas para seu jardim, Aziraphale pensou sobre como sua vida havia mudado desde que conheceu Crowley. Nunca havia esperado que um encontro casual no Ritz levaria a uma amizade tão profunda. Mas ele realmente gostava de Crowley como amigo? Ele não sentia essas borboletas falando com mais ninguém, aquilo era uma coisa única, era uma sensação que somente o ruivo o fazia sentir.
Crowley era só um cliente, certo? Era somente um amigo? ou será que o loiro estava começando a desenvolver sentimentos mais profundos? Sua cabeça girava enquanto continuava a ajudar o cliente, suas mãos se movendo automaticamente para escolher as plantas mais bonitas. O loiro estava confuso consigo mesmo. Ele nunca havia sentido isso antes, pelo menos não na mesma intensidade, essa sensação estranha de borboletas no estômago e pensamentos constantes sobre outra pessoa. Era como se o ruivo tivesse se tornado uma parte essencial de sua vida, alguém que sentia falta o tempo inteiro, alguém que o deixava inquieto.
Aziraphale suspirou enquanto entregava o vaso de plantas ao cliente, tentando afastar os pensamentos confusos que o assombravam. Ele precisava de mais tempo para entender seus próprios sentimentos, mas uma coisa era certa: a ligação de Crowley havia aberto uma porta que ele não sabia que existia, e agora ele estava enfrentando um território, quase, desconhecido em seu coração.
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Hey anjos, espero muito que vocês tenham gostado, a ideia inicial era postar este cap as 17:00 mas ai eu decidi postar agora, e é sobre. Eu revisei o capítulo mas mesmo assim pode haver alguns erros pois todos nós erramos, e já venho pedir desculpa por isso.
Ai sério, fazendo esse capítulo eu só lembrei da música Space girl e pensei que o Azi pensa no Crowley enquanto ouve essa.
Ps: O feedback de vocês é importante, comentem, votem e façam criticas também! Isso é importante para o meu crescimento como autor para fazer fanfics cada vez melhores para vocês (:
Com amor, Júpiter ✨
© Júpiter, 2023.

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𝐀𝐳𝐢𝐫𝐚𝐩𝐡𝐚𝐥𝐞'𝐬 𝐆𝐚𝐫𝐝𝐞𝐧 𝐒𝐡𝐨𝐩 || 𝐀𝐳𝐢𝐫𝐚𝐜𝐫𝐨𝐰
FanfictionAziraphale é dono de uma nova loja de jardinagem, leva uma vida tranquila e regrada cuidando de suas amadas plantas e lendo seus livros. No entanto, tudo muda quando Crowley, um de seus primeiros clientes, entra em sua loja... © Júpiter, 2023.