Aviso ⚠️
Essa capítulo pode conter gatilhos: descrições de crises do pânico e ansiedade e cenas de crimes.
Boa leitura...
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— Park Jimin e Jeon Jungkook, vocês estão presos.
O restante eu acho que vocês já devem saber... Direito de permanecer calado... tudo o que disser poderá ser usado contra mim num tribunal... direito a chamar um advogado... e um monte de outras coisas que minha cabeça não fez questão nenhuma de processar.
Já ouvi falar em retrospectiva de vida no momento da morte, ou como tudo parece passar em câmera lenta em alguns momentos, mas nunca imaginei que um dia a minha vida pudesse simplesmente parar e avançar horas a frente em apenas 1 piscar de olhos...
Bom, foi exatamente isso que aconteceu quando em um momento eu estava sendo algemado em frente a minha casa, e no outro eu estava sentado em uma sala metálica, com uma parede espelhada e duas cadeiras vazias a minha frente.
Tudo parecia pequeno demais, apertado demais. O cômodo estava sendo diminuído a cada segundos? A sensação é que em algum momento ela iria me sufocar.
Ar... é, talvez eu precise de ar... Ar
O cheiro estava insuportável, ainda que eu não estivesse sentindo cheiro algum... o silêncio era azucrinante como a buzina de um caminhão incessante em meu ouvido, o tato gelado da mesa metálica agonizava minha pele de forma que eu pudesse senti-la como fogo.
Estava tudo descompensado e eu não conseguia dizer nada, pensar em nada e digerir qualquer que fosse a informação. E aí é que está, essa é a reação de alguém inocente?
Como vou explicar o que quer que seja, se minha boca está seca, meus olhos ardem e a única coisa que eu consigo pensar no momento é no nada absoluto?
É, eu não sei até que ponto eu vou suportar.
Tudo parece piorar quando o baque da porta se faz presente e o som da cadeira ao meu lado me faz estremecer como um arrepio repugnante. Sinto alguém sentar ao meu lado mas não tenho coragem nenhuma de olhar.
E talvez mesmo com a coragem eu não conseguisse, meus ombros estão rígidos e eu definitivamente não vou levantar a cabeça.
Um homem, pelo qual identifico ser policial, senta à minha frente, com algumas folhas em mão, minha identidade e algumas fotos, das quais não pude identificar pela falta de foque na minha visão no momento.
Alguma apresentação é feita...sim, tenho certeza que é, acho que ele diz algo como nome, identificação, diz algo sobre o motivo de estar aqui, e etc... coisas que aparentemente meu cérebro decide ignorar.
É um pouco complicado prestar atenção em algo quando no momento em que minha visão começa a focar em algo, meus olhos instintivamente vão as algemas em minhas mãos e no reflexo do meu rosto no espelho atrás do homem alto, que continua falando, falando e falando...
Olhos fundos, vermelhos e molhados, boca tremendo e lábios machucados, ah... é por isso que está ardendo tanto...
Nesse momento meu corpo parece identificar as dores, e começo a sentir agora o pulsar do incômodo da peça metálica em meu braço, a dor dos filetes de sangue em minha boca e a ardência em meus olhos...
É, acho que estou voltando...
Foi quando meus olhos vagaram pelo grande espelho, que reparo na figura sentada ao meu lado, refletindo insegurança... medo... pavor...?
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Derivados da loucura
Fanfiction[EM ANDAMENTO] ✒️ Até onde uma brincadeira pode te levar? Ao aceitar uma proposta, quais os riscos você está disposto a correr? Como um efeito borboleta, uma ação gera uma ação, que gera outra ação, e assim por diante, até você se dar conta da situ...