Não esquece o seu votinho!
Os passos ecoavam pelo corredor largo e vazio, a iluminação era baixa, embora as lâmpadas se acendessem ao passar dos metros andados. O ambiente era gelado, um reflexo do clima frio do lado de fora.
— Ô tio, falta muito 'pla chegar?
— Não, docinho. Faltam só alguns passos. Você está ansiosa para o titio mostrar todos aqueles brinquedos?
— Sim, tio! Mas a gente precisa ser rápido ou a mamãe vai ficar brava comigo!
— Claro, docinho, seremos muito rápidos.
Os quartos iam passando, um a um, as escadas eram subidas, pouco a pouco, até que a porta de madeira bem trabalhada fica à frente da dupla. O mais velho abre a porta e adentra ao local luxuoso.
Brinquedos eram espalhados pelo chão, junto a diversos outros objetos coloridos e infantis, os personagens dos seus desenhos favoritos e até desenhos em rabiscos.
— UAU! Quanto brinquedo, titio! Acha que a mamãe vai deixar eu levar todos ele 'pla minha casa? É muita coisa!
— Sua mamãe não precisa saber deles, docinho.
— Você vai me ajudar a esconder eles dela?
— Claro que sim, ela nunca vai saber que você ganhou todos esses brinquedos de mim. — Os dedos sutilmente passam pela pele jovem e sem marcas. — Mas me diga, docinho, de qual desses brinquedos você mais gostou?
— Desse, titio, eu quero ficar com ele!!
A garotinha diz, apontando para um balão.
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— Mas o que a gente pode fazer? Estamos presos aqui! Nem se quer podemos ligar 'pra alguém. E nós ainda se quer temos advogados. — Digo baixo para Jungkook, logo após entrarmos em nossa cela.
— Na moral, eu sei que a gente não fez porra nenhuma, e também sei que tem provas que podem nos colocar como "suspeitos", mas prender? — Jungkook indaga, em tom indignado. — Sério que estamos presos por sermos suspeitos de algo? Cadê o direito de responder em liberdade? O direito à ligação? Sinceramente isso 'tá absurdamente estranho 'pra mim.
— Acho que é... por ainda não termos advogado? — Pergunto pensativo. — Mas isso deveria ser resolvido em horas. E aliás, acho que para estar presos eles precisariam de pelo menos alguma prova que estivemos com as garotas, não somente no mesmo lugar. — Digo em tom mais baixo, divagando sobre minha própria suposição. — Não sei, estou tentando achar alguma lógica para tudo isso e acredite, um camelô dançar jazz faz muito mais sentido do que tudo isso.
— Ji. E os advogados públicos, alguém já não deveria ter aparecido? Alguém tem que pegar o nosso caso. E onde a ligação que não deram pra gente entra nesse caso? — O maior senta na cadeira ao lado da cama e põe a mão sobre a cabeça, em um gesto frustrado. — E porque isso parece ter haver com esses caras atrás de você?
— Você acha que eles podem estar envolvidos nisso também? — Franzo o rosto, pensando sobre a possibilidade. — Não sei qual a ligação, mas também acho tudo muito suspeito. Além da "sutil" insistência em Jin nos dizer para permanecer longe daquele infeliz... Sei lá, pensando melhor agora me parece mais peculiar...
— Está tudo estranho demais pro meu gosto. — Se levanta da cadeira e vem em minha direção. — Você notou que ninguém responde nossas perguntas? — Me puxa para sentar na cama junto dele, para podermos falar ainda mais baixo. — Taehyung, Hoseok e Jin. Sempre fugiram das nossas perguntas. Isso sim é bem suspeito.
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Derivados da loucura
Fanfiction[EM ANDAMENTO] ✒️ Até onde uma brincadeira pode te levar? Ao aceitar uma proposta, quais os riscos você está disposto a correr? Como um efeito borboleta, uma ação gera uma ação, que gera outra ação, e assim por diante, até você se dar conta da situ...