Página 7

4 0 0
                                    

Segunda, 28 de Maio de 1855

Eu estava na sala do trono, ao lado do meu pai, o Imperador Tiago II. Era o dia 28 de maio, um dia histórico para o Brasil. Meu pai estava prestes a assinar o contrato que criava oficialmente a EmBraM, a Empresa Brasileira de Mineração. Era um projeto ambicioso que visava explorar as riquezas minerais das Minas Gerais e fortalecer a economia do império.

Olhava para o meu pai com admiração e orgulho. O imperador era um homem sábio e visionário. Ele consegui reunir os ministros e os acionistas em torno de um objetivo comum. Ele negociara com habilidade e diplomacia. Ao longo do tempo, ele superara as resistências e as intrigas, fazendo assim história, ao criar a empresa.

Mas eu também sentia uma ponta de frustração e inveja. Eu não teve voz nem participação direta no processo. Só podia ser um espectador, um coadjuvante. Eu não tinha sido consultado nem ouvido. Eu não tinha sido reconhecido nem valorizado.

Não havia muito o eu que pudesse fazer mais do que isso. Eu queria fazer parte da história do Brasil e queria expandir meus horizontes. Buscando novas oportunidades de riqueza e prosperidade. Estava na hora de colocar outros planos em ação, mas eu precisava ser discreto.

Sábado, 09 de Junho de 1855

Acordei com o barulho da chuva batendo na janela. Era um sábado cinzento e frio. Eu me levantei da cama e fui até o meu escritório no palácio imperial. Lá, eu tinha uma vista privilegiada da cidade.

Meu pai, o Imperador Tiago II, não estava mais lá. Ele viajara naquela manhã para visitar a Província de Santa Catarina, que estava sofrendo com as enchentes. O imperador era um homem bondoso e preocupado com o seu povo. Sua visita levaria não somente ajuda, mas também esperança para aqueles que perderam tudo. Ele me disse que voltaria em três semanas.

Finalmente tive tempo, para dar vazão a meus outros planos.Eu tinha uma visão de futuro para o Brasil e eu precisava agir. Não queria ficar preso às tradições e aos limites impostos pelo meu pai, afinal meu pai me via apenas como uma criança. Eu queria explorar novas possibilidades de riqueza e prosperidade para o império e para a família real.

Para isso, eu contei com a ajuda do Sr. Arnaldo Ribeiro. Ele era o meu professor e mentor prático nos últimos meses. Além de me ensinava sobre os assuntos do império e ele me orientava nas minhas decisões. Ele também tinha muitos contatos com a elite de várias regiões do Brasil.

Chamei o Sr. Ribeiro ao meu escritório e lhe contei os meus planos.

— Bom dia. Sr. Ribeiro — eu disse, cumprimentando-o com um aperto de mão.

— Bom dia, Sua Alteza Henrique — ele respondeu, fazendo uma reverência.

— Por favor, sente-se — eu disse, apontando para uma cadeira em frente à minha mesa.

— Obrigado — ele disse, sentando-se.

— Sr. Ribeiro, eu tenho um assunto importante para tratar com você — eu disse, pegando um mapa que estava sobre a mesa e mostrando-lhe.

— Veja bem, eu quero entrar em contato com as elites de algumas regiões do Brasil, como a antiga província de São João das Duas Barras e as províncias da Bahia, Pará e Piauí — eu disse, apontando para as regiões marcadas no mapa.

O Sr. Ribeiro olhou para o mapa com interesse e surpresa.

— E qual é o motivo desse interesse nessas regiões, Sua Alteza? — ele perguntou.

Eu sou o Filho do Imperador do BrasilOnde histórias criam vida. Descubra agora