Segunda-feira, 18 de abril de 1859
Hoje, meu pai me chamou em seu gabinete para uma conversa. Ele estava furioso.
— Henrique, eu estou preocupado com você. Você tem gastado muito dinheiro com essa sua empreitada nessa sua fazenda Boa Esperança. Você já pediu dinheiro a mim várias vezes, e eu já lhe dei mais do que deveria.
— Pai, eu entendo sua preocupação. Mas estou comprometido com essa causa. Estamos trabalhando duro para tornar a fazenda ativa e prosperar e como o senhor já sabe, estamos em um momento crucial para baratear o fertilizante tornará a maioria das terras no Brasil produtivas.
— Henrique, por Deus, o Brasil já tem muitas terras produtivas. Mais até do que a aristocracia consegue administrar. Tolerei durante muito tempo essa sua infantilidade. Você fará 11 anos no próximo dia 19 de julho. — Ele disse bufando de raiva. — Ou você para ou farei você parar.
— Eu entendo, pai. Mas acredito que essa invenção será necessária para o futuro do Brasil. Se conseguirmos, teremos mais terras e poderemos incentivar a imigração. Só no ano passado estimo que houve mais de cerca de 3,5 milhões de imigrantes nos Estados Unidos, enquanto estimo que no Brasil foi inferior a 200 mil imigrantes. Eles estão se tornando uma terra de prosperidade e estamos ficando parados no tempo. — Eu respondi, com firmeza.
A minha análise, parece ter esfriado um pouco os ânimos de meu pai, o que levou a pensar durante um tempo. Ele se levantou e ficou de frente para a janela, quando se virou e disse:
— Sei que você acredita nisso, filho. Mas você precisa ser mais realista. Você não tem dinheiro para bancar essas suas ideias. — Ele argumentou.
— Eu sei, pai. Mas estou trabalhando nisso. Além disso, eu tenho um plano para expandir o jornal "Notícias da Alvorada" para a América Latina. Isso vai me gerar mais renda e me ajudar a financiar minhas ideias. — Eu expliquei.
— Isso é um plano interessante, filho. Mas você precisa de dinheiro para executá-lo. — Ele disse, com um tom mais conciliador.
— Eu sei, pai. E eu estou procurando investidores. Mas até lá, eu preciso da sua ajuda. — Eu pedi, com humildade.
— Vou te ajudar, Henrique. Mas não é um presente. É um empréstimo. Você terá que me pagar de volta, com juros.
— Um empréstimo? Quanto?
— Dois contos de réis.
— Dois contos de réis? Mas isso é muito dinheiro! Eu nunca conseguirei pagar isso de volta em pouco tempo.
— Sei que é muito dinheiro. Mas é a única forma que posso te ajudar. Você tem que decidir. Você quer o empréstimo ou não?
Fiquei em silêncio por alguns instantes, ponderando a oferta do meu pai. Eu sabia que era uma oportunidade única. Mas eu também sabia que era um compromisso sério.
— Eu aceito o empréstimo, pai.
— Boa, Henrique. Eu sabia que você ia aceitar.
Meu pai sorriu. Ele parecia aliviado.
— Mas tenho uma condição. Você não pode pedir mais dinheiro a mim nos próximos anos e três anos depois você deve me pagar, ouviu? Durante esse tempo, você tem que se virar com esse empréstimo.
— Eu entendo, pai. Vou me esforçar para pagar o empréstimo o mais rápido possível.
— Espero que sim, Henrique. Porque se você não pagar, eu cobrarei.
Meu pai me olhou sério. Sabia que ele estava falando sério.
— Vou pagar, pai. Pode ter certeza.
Saí do gabinete do meu pai com um sentimento de alívio. Eu consegui o dinheiro que precisava para continuar meu trabalho. Mas eu também sabia que tinha um compromisso sério a cumprir. Eu tinha que pagar o empréstimo do meu pai.
Voltei para o meu escritório e comecei a planejar como iria usar o dinheiro. Eu precisava de dinheiro para financiar a viagem de Lucas da Silva para a Bolívia. Eu também precisava de dinheiro para publicar mais artigos sobre a abolição no meu jornal.
A partir de agora, eu vou me concentrar em aumentar a minha renda. Trabalharei mais no jornal e também procurarei novos investidores.
Agora, eu tenho o dinheiro que preciso para continuar trabalhando no meu plano. Sei que é um plano ambicioso, mas estou determinado a realizá-lo. Acabarei com a escravidão no Brasil, e eu farei isso com a ajuda de Lucas da Silva e de outros aliados.
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Eu sou o Filho do Imperador do Brasil
Ficción históricaATUALIZAÇÃO: Provisoriamente pausado. Eu sou o filho do imperador do Brasil, Henrique, nascido em 1848. Em um mundo quase igual ao seu. Minha busca por riqueza e poder é registrada neste diário, revelando uma jornada repleta de intrigas, reviravolta...