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Draco Na Escuta!

Sendo sincero, não estou muito confortável em estar rodeado de pessoas que tecnicamente me odeiam, além de estar ao lado do incrível Harry Potter, o que chama mais atenção ainda.

Potter conversa e acena para todos que falam com ele, enquanto eu continuo de braços cruzados andando adiante sem olhar para ninguém, devia ter ficado no meu quarto.

— Dá pra me esperar? — Potter fala correndo e ficando ao meu lado pela quarta vez.
— Fica se atrasando porque quer, eu só estou seguindo o meu caminho.
— Larga de ser chato, Malfoy! — reviro os olhos, com toda a certeza devia ter ficado no meu quarto.
— Uma pergunta: por que tem criança do primeiro ano aqui?
— Minerva deixou que viessem também — ele responde simples.

Continuamos andando e a cada minuto uma pessoa diferente conversava com Potter, e antes que ele entrasse numa conversa com uma mulher eu puxo-o para o Três Vassouras.

— Merlin, como você é mal-educado! — Potter fala antes de se sentar à minha frente.
Cruzo os braços.
— Não estou com paciência para toda essa gentileza, me dá nos nervos.
— Poderia tentar se esforçar um pouco.
— Não.
Ele respira fundo me encarando.

Pedimos duas Cervejas Amanteigadas e até durante isso vinha gente para conversar com ele. As pessoas apareciam sorrindo e então quando percebiam que eu estava na mesa também pareciam chocadas e surpresas. Continuo bebendo minha Cerveja Amanteigada.

— Quanta gente chata — falo assim que um homem sai de perto da nossa mesa.
— Eles não são chatos, são educados, coisa que você está precisando ultimamente.
O encaro.
— Eu sou educado! Com quem eu quero, além do mais, não acho que ser educado com essas pessoas fosse fazer eles me odiarem menos.
— Primeiro: ninguém te odeia, Draco. Segundo: se você fosse educado com todo o mundo, ia ver que você está tentando mudar.
Cruzo os braços.
— Primeiro: é Malfoy, pra você. Segundo: odeiam sim, só olhar para eles e o que falam sobre a minha família.
Potter parece estar prestes a responder o meu argumento, mas parece desistir na hora. Ele respira fundo e bebe sua Cerveja Amanteigada.

Permanecemos em silêncio até que nós dois terminarmos as nossas bebidas, encaro a janela para a visão da rua, a neve está derretendo de pouco em pouco e logo Hogsmeade estará em sua forma tradicional.

— O que vai fazer quando as aulas acabarem?
Olho para Potter que me encara com curiosidade.
— Não sei, Pansy quer que a gente mude para o meio do nada.
— Vocês são namorados?
— Eu e Pansy? Uh, não! Credo! — falo, e a primeira coisa que lembro é de Pansy falando que eu deveria foder um cara, isso não parece muito o que uma namorada falaria.
— Ah, é que parece.
— E você? O que vai fazer quando essa droga acabar?
— Também não sei, algumas pessoas falam que eu devia ser auror, mas estou tão cansado de ficar lutando e ficar indo atrás de gente do mau.
— Extorqui todos os seus fãns e depois foge para outro país, deve dar uma boa grana.

Potter me encara e depois pede mais duas Cervejas Amanteigadas.

São quase três horas da tarde quando voltamos a andar por Hogsmeade, até entramos em algumas lojas para ver o que estão vendendo, mas nem faço muita questão de prestar atenção, tô falido mesmo.

— O que acha dessa roupa? — ele mostra uma blusa acinzentada.
— Horrível, parece que um mendigo pegou do lixo.
Potter olha para blusa novamente.
— Eu achei ela bonita.
— Então melhore.

Um fato que acabo de descobrir sobre Potter: ele é péssimo em escolher roupas bonitas. Deve estar tão acostumado a vestir roupas de pobre que o seu cérebro não consegue enxergar as verdadeiras roupas de qualidade.

— Tá, escolhe você então — ele cruza os braços.
— Pra você? — ele acena com a cabeça.

O encaro de cima a baixo, e então começo a andar pela loja.
— Caso você não saiba como comprar roupas de verdade, eu vou ensinar o jeito que eu faço. Primeiro, veja todas as roupas que a loja oferece antes de pegar alguma coisa.
— Por que?
— Para saber o que te chama atenção e o que deve ser descartado. Você vai entender melhor no segundo passo.
— Tá.
— Segundo, sempre começar pela parte de cima do corpo, e depois ir para a parte de baixo.
— O que?
— Comece por blusas, casacos e depois para calças e sapatos.
Potter fica em silêncio, provavelmente está tentando raciocinar.
— Quando você escolhe primeiro, o que será vestido na parte de cima, você já tem uma pequena noção do que terá que vestir na parte de baixo, para não ocorrer de você escolher uma blusa florida com uma calça listrada.

Depois de quase uma hora na loja, consigo montar cinco peças de roupas para Potter. E recuso todas as bostas que ele me mostra. Ele veste cada um das roupas e vem até mim para eu avaliar, e olha, eu fiz um ótimo trabalho.

Voltamos para o castelo faltando uma hora para as 6, me despeço de Potter que começa a andar em direção a Grifinoria com seis sacolas de roupas, enquanto eu vou em direção ao meu quarto cansado pra cacete.

Entro no meu quarto e me jogo na cama, até que foi divertido escolher roupas para o Potter, pelo menos agora ele não ficará andando parecendo um mendigo pelo castelo.

Tento me levantar para tomar banho, mas resolvo dormir um pouco antes.

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Depois da Guerra. . . - Drarry (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora