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O Draco tá tipo assim com os livros de casos criminais kakakak

Draco Na Escuta!

Tento me mexer confortavelmente nessa cadeira dura. A aula agora é de Feitiços, o que eu acho bem inútil já que enfiaram a minha varinha no rabo e provavelmente não vão me devolver tão cedo.

Logo a sala começa a encher e para minha sorte, os sonserinos não tem aula conjunta com a Grifinória. Blaise e  Pansy chegam minutos antes de começar a aula e como os lugares ao meu lado já estavam ocupados eles tem que se sentar do outro lado.

Como não tenho uma varinha e não tem como praticar as atividades, fico somente ouvindo a conversa que as duas lufanas que se sentaram ao meu lado conversam.

Parece que elas estão namorando — a lufana susurra.
Como isso é possível? — ela sussurra de volta.
Quem ta namorando? — pergunto para as garotas que me olham surpresas, talvez por eu estar ouvindo a conversa, mas não é minha culpa se elas sussurram alto o suficiente para eu ouvir.
A Gina Weasley e a Luna Lovegood —ela sussurra.
— O QUE?! — acabo gritando sem querer e tampo minha boca quando percebo o estrago.

O professor anãozinho que agora eu esqueci o nome (logo eu vou embora dessa escola, não tem porque eu decorar nome de professor que nunca mais vou ver) olha para mim enquanto abaixa sua varinha.

— Algum problema senhor Malfoy? — ele pergunta.
— Não é que... ficou sabendo que a Weasley e a Lovegood tão namorando? — tá, não sei por que caralhos eu perguntei isso.

E com essa simples pergunta a sala que até então estava quieta começa falar, começa literalmente uma desordem de gente conversando sobre essa fofoca. Fico feliz em saber que fui eu que fiz essa desordem.

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A última aula da manhã termina anunciando o almoço, mas antes de ir para o Grande Salão passo na biblioteca para procurar outro livros que envolvam mistério e essas coisas de assassinato, não vou me mentir que eu amei esses livros.

Passo quinze minutos a procura, mas a única coisa que acho são livros sobre feitiços, história de Hogwarts, poções e outras coisas que não me interessam.

Saio da biblioteca e quando entro no Grande Salão já está cheio de crianças, pré adolescentes, adolescentes e idosos prestes a morrer (além de fantasmas) sinto vontade de sair, mas essa droga de porta já tinha chamado a atenção por seu barulho, agora eu teria que entrar.

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Não tem muito o que posso dizer, já se passou um mês e está tudo igual. Não fui visitar mais minha mãe, eu e Potter não nos falamos mais, o mínimo que fazemos é nos cumprimentar, não achei mais nenhum livro que tem assassinato e ainda tenho os pesadelos.

Falta algumas semanas para o Natal. Eu odeio o Natal.

Não tem motivo para comemor quando todos te odeiam, quando você não tem uma família feliz, quando você não está no clima, quando você terá que passar o Natal em Hogwarts, provavelmente sozinho já que todos irão passar o Natal  com suas famílias. Que grandíssima merda.

Estou sentado a beira de uma árvore a beira do lago negro. E adivinha? Estou relendo os livros de casos criminais. Não sei porquê gostei desse tipo de livro, mas esse suspense envolvendo assassinato é incrível.

São quase sete horas da noite e está escurecendo. A maioria está dentro do castelo, tirando algumas exceções. O barulho do rio é baixo e dá para ouvir o barulho da Lula Gigante lá em baixo.

— Olá Malfoy — Escuto uma voz ao meu lado.
— Olá Potter — digo e sem ao menos pedir ele senta ao meu lado.
— Você já não leu esse livro? Tenho quase certeza que vi você andando com ele a alguns meses.
— Estou relendo, são poucos os livros de mistério e assassinato que essa escola tem — respondo simples.
— Esse livro é de mistério? Jurava que era algum livro que falava sobre gente velha — solto uma risada, também achava que falava sobre gente velha.

Ficamos em silêncio por algum tempo, essa seria a hora exata de nos despedirmos um do outro e cada um ir para seu quarto. Em vez disso Potter diz:

— Então você gosta de mistério? — ele pergunta.
— Comecei a ler quando as aulas começaram, era a única coisa que eu tinha para fazer.
— Acho que você iria gostar de Sherlock Holmes — Ele olha fixamente para o lago.
—  Quem é esse? — pergunto.
— É um personagem de livro, um super detetive britânico do século XIX.

Penso por um instante.

— Parece legal, conte mais Potter.

Depois da Guerra. . . - Drarry (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora