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Draco Na Escuta, Câmbio!

Final de semana é provavelmente o único momento de paz que eu tenho, ou pelo menos tinha, agora Potter simplesmente invade meu dormitório todo dia, de acordo com ele, o cicatriz não aguenta mais "ficar de vela" seja lá o que isso significa.

— Estava pensando no que você disse sobre morar sozinho em uma casa bem longe de todos, se parar pra pensar bem... — Ele faz uma pausa longa, por um breve momento acho que ele terminou de falar, até que. — Acho que você tem razão, deve ser muito bom.
— Seres humanos são chatos, a melhor coisa que se faz e ficar longe de todos eles.
Potter começa a rir.
— Está rindo do que, idiota?
— Estou imaginando você morando em uma fazenda e cuidando de o monte de galinhas.
O encaro completamente ofendido.
— Cuidando de galinhas? Você me respeita.
Potter ri mais ainda, e minha vontade é de empurrar ele para fora do meu quarto.
— Desculpa, a cena na minha cabeça é muito engraçada.
— Um Malfoy não cuida de galinhas — falo cruzando os braços.

Potter troca a risada por um pequeno sorriso, ele até parece querer falar algo, mas parece optar por ficar quieto. É bom mesmo, mais alguma gracinha que ele faça eu expulso ele daqui.

Depois de um tempo em silêncio Potter começa a falar como seria a casa dele, de acordo com ele não tem necessidade de uma casa tão grande, uma casa com cozinha, quarto, banheiro e sala já está mais que bom para ele.

Eu discordo de tudo o que ele fala.

— Uau, quem nasceu com a mentalidade de pobre, nunca vai mudar, né?
— Oh, desculpa não ser um materialista metido igual você.
— Está desculpado.
Ele revira os olhos. Ele não pede, mas mesmo assim eu começo a falar como será a minha casa.
— Primeiro terá um portão de ferro, aí na porta da frente terá o brasão da...
— Que coisa mais brega.
— Você é brega — falo.

Depois que Potter vai embora eu entro no banheiro para tomar banho. O banho não dura mais de trinta minutos, termino de me secar e puxo a maçaneta para sair do banheiro. Tento uma vez e a porta não abre, tento duas, três, quatro e nada da porta abrir.

Tento forçar a porta, mas então lembro que essa porra usa magia literalmente para ninguém conseguir quebrar. Tento de algum jeito abrir, se eu pelo menos tivesse minha varinha comigo.

Olho envolta para ver se tem algo útil para me ajudar, bom, não tem. Todas as minhas roupas estão em cima da cama, ou seja, estou de toalha, com frio em um banheiro. E não tem nada e nem ninguém pra me ajudar.

Sento no vaso sanitário. Eu só preciso pensar. Isso, eu sou inteligente, tenho certeza que vou ter um plano.

Não tem nada pesado para jogar contra a porta, e mesmo se tivesse, bom, não iria quebrar. Tem a pequena janela perto do chuveiro, mas não sou louco de passar por uma janela minúscula da maior torre do castelo, ainda mais pelado. Minha torre é a mais afastada de todo o castelo, então mesmo que eu grite (e eu não vou gritar) ninguém iria escutar.

Eu vou ficar preso aqui pra sempre. Vou morrer e vão encontrar o meu corpo nu. Oh, que vergonha.

Harry Na Escuta.

Obviamente todos sabem que o professor de História da Magia, não lá um grande professor, primeiro que ele é um fantasma e ele não parece muito ligar se estão ou não ouvindo ele. Olho ao redor vendo que metade da sala está dormindo e a outra parte sussurrando entre si.

Encaro Hermione que lê o livro por conta própria e logo em seguida encaro meu livro, somente de ver os textos do livro me dá preguiça. Deito minha cabeça entre meus braços e fecho os olhos, não vou dormir, somente descansar os olhos.

Depois da Guerra. . . - Drarry (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora