Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
10 de Setembro de 2023, São Paulo - Brasil
“O que os olhos não vêem, o coração não sente.”
Ultimamente eu e Antony nos desentendemos muito, muito mesmo, e aos poucos a presença dele está me deixando cansada e desanimada. Já faz um tempo que nós estamos mantendo essa mentira e quando mais tempo passa, mais momentos nós temos juntos.
Confesso que está ficando extremamente cansativo, nós temos intrigas o tempo inteiro e as vezes eu não consigo disfarçar os momentos chatos em público. Faz uns dias que nós fomos chamados atenção, eu e Antony estamos fazendo uma tag de casal e ele soltou uma coisa completamente idiota, não pude evitar de revirar os olhos e obviamente foi motivo para sairmos em página de fofoca.
Minha convivência com o Antony começou a ficar estranha depois que ele me disse que talvez quisesse se aprofundar mais na nossa relação e passar de amizade. Isso foi o auge pra mim, não é possível que um homem desse estaria confundindo as coisas do profissional com o pessoal. Confesso que dei um fora totalmente insensível e sem filtro no coitado, mas foi necessário. Depois desse dia as coisas mudaram completamente.
Eu acordei cedo em uma quinta-feira de setembro, fui tomar um banho e fazer minhas higienes antes de começar a me arrumar para um compromisso com o Antony. Nós estamos sendo convidados para muitas tags de casal, coisas para ver se nós nos conhecemos, de quem é mais isso ou aquilo. Se nós não estivéssemos em um momento diferente seria até legal, mas está sendo complicado disfarçar.
Coloquei uma blusa branca e uma calça jeans, fechei a porta de casa assim que sai e desci as escadas para dar de encontro com o tal. Antony me tratou com indiferença como ele estava fazendo todos os dias.
— Temos que tirar uma foto para registrar esse momento. – Foi a única coisa que ele me disse, nem um “oi” eu ouvi.
Tirei meu celular do bolso sem responder, até porque ele que quis fazer esse joguinho. Abri a câmera do meu celular e nós aproximamos os nossos rostos, fizemos biquinho e dali saiu várias fotos. Olhando assim nem parece que nós nos “odiamos”. As fotos ficaram bonitas, sinceramente, melhor do que eu esperava.
— Tira uma foto minha. – pedi depois que olhamos as nossas fotos juntos. Entreguei meu celular na mão de Antony e dei alguns passos para frente.
Virei de costas e joguei o cabelo para o lado, esperei alguns segundos até ele tirar a primeira foto e depois virei para o outro lado. Antony abriu a minha galeria e observou as fotos durante poucos minutos até que eu chegasse mais perto e pegasse o celular para ver como tinha ficado. Agradeci balançando a cabeça com um sorriso sem mostrar os dentes, acredito que ele tenha entendido o recado.
Deixei as fotos no rolo da câmera e desliguei o celular. Antony não deu uma palavra sequer, fomos até o carro dele e sem dizer uma palavra, fomos até o lugar que gravariamos essa maldita tag.
