capítulo 9

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• vou atualizar frequentemente para vocês brownies, boa leitura e parabéns para mim! •





Lauren





- vó?, a senhora viu a minha camisa preta?.- perguntei irritada, já fazia horas que eu estava rodando a cômoda do meu quarto.




- não lavei ainda, a máquina deu problema, estou esperando o Severino vim dar uma olhada.- bufei impaciente.




- porra, porra!.- sai jogando todas as roupas que haviam no cesto, ela tinha que está aqui em algum lugar.




- olha a boca Michelle, não foi essa a educação que eu lhe dei.- resmungou voltando a cortar suas verduras.




- irei sair e não sei se volto hoje.- achei a bendita Camisa, finalmente.




- não se envolva com coisa errada minha filha....sabe o quanto isso me deixa aflita.




- fique tranquila dona Angélica, eu sei me virar muito bem.- beijei sua testa, escutando seu suspiro pesado.





- não sei mais o que fazer com você!, sempre me deixando com o coração na mão quando sai por ai a noite.- sua preocupação era evidente em sua voz.






- sinta-se segura das minhas palavras, eu irei ficar bem e acredite, ninguém fara nada comigo.





- ainda sonho em ver você atuando na área de trabalho, um trabalho grande sabe, administração, ter sua empresa.- assenti mentalmente, eu nunca, nunca iria conseguir ser o que dona Angélica desejava, mal sabia escrever.





- um dia, quem sabe um dia.- desconversei, roubando um bolinho de arroz que ela havia feito, simplesmente delicioso.





- olha essa mão suja!, anda Michelle, saia daqui.- sorri, levantando minhas mãos, eu estava rendida, não era sempre que ela apontava uma faca para mim.





- vi que seu remédio acabou, o de pressão, porque não disse nada?.- me sentei a sua frente, sua feição estava séria até então.





- faz pouco tempo....duas semanas no mínimo, eu já iria comprar.- sua postura estava rígida, ela estava nervosa.





- não venha com essa história barata dona Angélica, porque não avisou?, eu compraria, sabe que não pode ficar sem tomar.





- não quero que fique comprando as coisas para mim Michelle, é o seu dinheiro, chega um final de semana, um final de mês, você quer sair tudo e não tem um puto porque gastou comigo.- me deixava possessa o seu tom rígido e sarcástico.





- sabe que para conseguir uma vaga na porra daquele hospital público é praticamente um ano, a senhora não pensa?, Eu nunca me perdoaria se acontecesse algo com a senhora, saber que a senhora está naquele leito sem poder ser atendida porque as redes públicas não tem o mínimo de atenção nas pessoas de baixo nível.- me exaltei, tentando controlar meus nervos, dona Angélica era teimosa, muito teimosa.





- sua vida não é cuidar de mim meu amor, você ainda tem tanto pela frente, quanto mais você presta atenção em mim, mais a sua vida está correndo diante do seus olhos e você não aproveita nada, eu ainda quero um neto.- a raiva que eu sentia a pouco tempo havia sumido, meus lábios dotava um sorriso pequeno.





- ainda tem tempo para ter netos dona Angélica, agora me deixe comprar seu remédio e cuide da sua saúde, tenho alguma coisa guardada ainda e amanhã vamos fazer feira, vi que está faltando bastante coisa.




Abrir a geladeira era um pecado, ver duas garrafas de água, um leite pela metade e alguma manteiga perdida me deixava paranóica, nunca gostava que faltasse as coisas em casa.




- não adianta discutir com você Michelle, ande, me ajude a fazer essa sopa de osso.- senti meu estômago roncar ao ver o osso cheio de carne, dona Angélica tinha mãos de fadas.




- porra... meu bucho ronca só de pensar no gosto.- murmurei pegando o pacote de macarrão dentro do armário.




- olha a boca.- sua colher de pau acertou minhas costas, me fazendo grunhir pela dor , aquilo ardia pra karalho.





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Eu colocava os pratos na mesa junto aos talheres, a sopa Havia acabado de sair , o cheiro estava incrível.




- comprei pão, tá no armário.- puta que pariu, pão com sopa?, combinação perfeita.





Iria me sentar quando a campainha tocou, xinguei internamente o filho da puta, eu ia comer a minha sopa!.




Abrir a porta bufando, estranhei vendo três pares de olhos me olhando sorridente.




- posso saber o que estão fazendo aqui?, não me lembro de termos marcado nada.- dei espaço para passarem, eles nunca apareciam sem avisar.




- sinta-se honrada com nossa presença michelle.- sorriu Jean, estava patético com essa voz de cavalheiro.




- cala a boquinha porra, o que estão fazendo aqui?.




- quanta ignorância.- Adonias negou reprimindo os lábios.- VAMOS dizer que o JEAN ouviu atrás da porta, que vó estava precisando de remédio, e como somos bons amigos, viemos entregar isso a ela.



Leonardo estendeu uma sacola em minha direção, conseguia ver de longe o nome do seu remédio de pressão.




- gente.... sério, não precisava, quanto eu devo a vocês?.- eu havia ficado constrangida com aquilo.




- larga de besteira lern!, somos irmão não somos?, você sempre ajudou a gente, agora é nossa hora de retribuir.- Leonardo foi o primeiro a me abraçar.




Ter meus amigos para contar e confiar tudo era melhor que qualquer coisa, mesmo sendo os mais velhos , eles sempre me trataram diferente, eu era a chefinha dos irmãos.




- ora Michelle... cadê o pão que eu.... meninos!, que surpresa boa.- os meninos correram para abraçar ela que sorriu grandemente sendo esmagada por três grandalhões.




- sentimos sua falta vó, e passando por aqui subiu um cheirinho de comida.....- Jean era o mais esfomeado da turma.




- fiz sopa pra todo mundo!, lavem as mãos e vamos todos comer, fico feliz com a presença dos meus netos.




- está mimando demais esses moleques vó, daqui a pouco vão vir aqui todo dia.- cruzei os braços, tentando parecer séria num momento como esse.




- cala a boca graveto em pó, se colocar você na água vira leite.- Leonardo tinha um sorriso debochado.





- você vai ver de onde o leite vai sair seu filho da....




- cala a boca Michelle, ande!, para a mesa.- como a colher de pau foi parar em suas mãos?.- vamos meninos, deixem ela ai.





Sorri negando, haviam me deixado para trás, coloquei seus remédios em sua caixa própria para isso, e fui em direção a mesa, ver eles comendo a comida da minha vó com tanto gosto enchia meu peito de alegria.



Pouco com deus é muito e muito sem deus é nada.




- se não vier logo lern.- Jean engolia a comida rapidamente.- eu vou comer tudo!.




- sai pra lá, você vai comer é minha mão na sua cara.- puxei meu prato me servindo.




Esse jantar foi um dos melhores em toda a minha vida.

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