A DAMA E O VAGABUNDO

capítulo 15

Lauren

- trabalho pra você Lauren.- engoli seco a comida que estava em minha boca.- as vezes ele vem de passagem aqui quando tá atrasado... sempre pede um pedaço de bolo de noiva e um café com leite bem adoçado.

- qual seria o trabalho dona Lia?.- eu já estava indo para a minha terceira empada.

- parece que é na empresa dele , um vazamento no cano.- franzi o cenho.

- e porque eu? Existe técnicos para isso.- resmunguei de boca cheia, eu estava com preguiça.

- eu que indiquei.- piscou me oferecendo um sorriso.- um dinheirinho extra pra você, ele deixou o endereço e tudo.- me entregou um papel, a caligrafia era bonita.

- a senhora me deu isso como se eu soubesse ler , nem escrever eu sei.- eu sabia ler poucas palavras, e ainda era juntando as Letras, b com a , ba, l com a , la, e o que forma? , ah pa puta que pariu.

- Michell Enterprise.- assenti, eu já havia passado algumas vezes por la.

- Michell lembra o nome do meu pai.- engoli o pedaço da massa com dificuldade, porra, sentia o pedaço descer para minha caixa torácica.

- você ainda vai se engasgar!.- colocou a pequena garrafa de refrigerante a minha frente, sorri lhe mandando um beijo.- se for possível, vá ainda hoje.

- vou só terminar aqui e vou pegar minhas coisas.- mordi o último pedaço da minha empada, hum... estava tão bom.- quanto que ficou?.

- nada, você já faz muito por mim garota, mais depois quero que você instale meu chuveiro elétrico.- dona Lia era um senhora de quase setenta anos, ela tinha um pique e tanto.

- hum... chuveiro elétrico, quem é o véi da lancha?.- ergui minhas sobrancelhas duas vezes, lhe lançando um olhar avaliativo.

- olha o respeito Michelle!, eu ainda posso te dar umas boas palmadas.- resmunguei ao sentir o pano de prato em minhas costas.- eu trabalho para isso, me bancar e me dar o luxo da vida.

- faz bem dona lia.- passei o olhar pelo local, procurando meu alvo.

- Renato veio aqui mais cedo, comprou bastante coisa e saiu com Angélica.- revirei os olhos, eu odiava esse velho.

- tá andando muito grudado com minha vó, pegar ele na rua eu dou só um doidão no olho.- levantei, se espreguiçando logo em seguida.- obrigado pelo lanche, até mais dona Lia.

Caminhei para fora do estabelecimento vagarosamente, o sono e a preguiça estava me dominando.

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- boa tarde  , em que posso lhe ajudar?.- a secretária foi simpática, deveria ter seus vinte e oito anos.

- vim para consertar o vazamento, Lauren Michelle.- sorri, a tensão naquele momento era nítida, seus seios apertados pelo decote de sua blusa a deixava gostosa.

- oh sim, o senhor Michell deixou avisado, ele não se encontra no momento mais eu posso lhe levar até lá.- assenti, se segura Michelle, você veio a trabalho.- mel, fique aqui no meu lugar por um momento, levarei a garota para consertar o vazamento.- chamou a atenção da garota loira que estava um pouco distante de nós.

- posso saber o seu nome?.- perguntei, estavamos paradas em frente ao elevador.

- Verônica.- sorriu.- e você é a Lauren, consegui decorar seu nome rapidamente.

- não é tão difícil.- a caixa metálica parou no décimo terceiro andar.

- o vazamento está saindo da pia do banheiro, mais precisamente no cano, o banheiro nesse momento deve estar inundado, isso afeta o andar debaixo, a água corre pelo piso, já queimaram três computadores.

Realmente, o banheiro estava submerso pela água, a água cobria os pés de quem passasse por ali.

- a sala de registros?, preciso desligar todos os registros para pode ver o que aconteceu.- dei uma pequena olhada no cano embaixo da pia.

- a sala fica no último andar.- me entregou as chaves, haviam diversas chaves naquele chaveiro.

Fomos até o último andar, o tanto de fiação que aquela sala tinha não estava escrito, os fios estavam enroscado entre alguns canos, mais isso não tinha nada haver com o que eu estava procurando.

Todo tipo de registros havia naquele lugar, uma parede com diversas divisórias,  tinha setas indicando qual era, me esforcei o máximo para conseguir a palavra "água" , mais que porra, me arrependi de não ter continuado na escola.

Puxei a pequena lavanca, o barulho da água parou, indicando o fechamento dos canais.

- esse cano tem um rachadura bem aqui.- apontei para baixo.- a pressão que a água faz é muito forte, isso pode acabar estourando os canos lá debaixo, por isso o vazamento, e aqui pode cair água nos fios desencapado causando um curto circuito.

- você entende muito bem sobre isso Lauren.- seu sorriso era perverso.- você deve saber outras coisas também.

- sei um pouco de tudo.- retirei o cano, vendo o tamanho da rachadura, não precisava trocar, só era serrar e lixar.

- namora Lauren?.- neguei, me concentrando em fazer meu trabalho.

- não sou de namorar, prefiro uma transa, nada casual.- comecei a lixar o cano, o suor descia pelo meu pescoço me dando agonia, minha nuca já estava suada.

Coloquei o cano no lugar, encaixando com os outros, liguei o registro vendo que não sairia mais nenhuma água naquele local, agora precisava verificar lá embaixo.

O banheiro já havia parado de vaza água, mais havia um pedaço de cano quebrado, tive que trocar o cano da pia, colocando um novo, a água já havia secado.

- é bom fazer manutenção de duas e duas semanas, sempre pode dar algum problema, e é bom ver aqueles fios enroscado, pode dar algum dano.- lavei meu rosto e minhas mãos.

- irei passar para o senhor Michell.- se aproximou, seus dedos tocaram meu braço, fazendo uma bela carícia, suas unhas estavam pintadas na cor preta, preto era uma das minhas cores favoritas.

Não tive tempo de responder mais nada, poucos segundos depois seus lábios estavam sobre os meus, seus dedos passavam pelo meu cabelo o puxando para trás, uma dor gostosa e exitante.

Apertei com gosto sua bunda, a colocando em cima da pia de mármore, aquele cômodo estava quente, sua mão entrou no meio de nossos corpos, apertando meu membro, a questão era, como ela sabia?.

- acho melhor pararmos por aqui...- me afastei ofegante, pegando minhas coisas.- foi um prazer te conhecer verônica!.

Corri para fora daquele banheiro, respirando rapidamente, porra! Eu broxei....eu broxei pela primeira vez.

Que porra, que porra!, gritei internamente, não sabia o que estava acontecendo comigo.

- licença!, aqui o pagamento pelo trabalho.- a garota loira de mais cedo correu ao meu lado, me entregando um papel.

- obrigado.- sorri saindo dali o mais rápido possível.

Ah karalho, eu broxei.