capítulo 13

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Lauren






- esse sorriso idiota no rosto tem nome e sobrenome.- Jean colocou cinco reais em cima da mesa.





- e é uma mulher.- Leonardo havia colocado mais cinco naquela mesa.





- diga-se que comeu e gostou muito.- Adonias foi o que deu mais dinheiro, seus cinquenta reais foram posto a mesa.





- calem a boca seus bandos de imprestáveis, passa essa grana pra cá!.- recolhi todo o dinheiro e coloquei em meu bolso.






- você nunca fica com esse sorriso de "ontem comi minha comida preferida" , vovó não fez bife a milanesa para jantar.- Jean tinhas seus olhos fixos em mim.






O sol estava de rachar, um raio solar pra cada cabeça, meus neurônios estavam fritando com suas perguntas.





- não direi nada , quem come quieto come sempre.- me limitei a ficar calada depois disso, ainda me perguntava quando eu iria encontrar ela novamente.





- Vanessa tava atrás de tu ontem.....foi lá na casa de vó e tudo.- Jean me ajudava a cavar os buracos, enquanto Leonardo e Adonias tiravam a areia que restava.




Em um mês mais ou menos a piscina do seu Chico estaria pronta.





- e eu lá quero saber daquela porra, tenho é medo de pegar doença depois que espalharam no anônimos.- anônimos era um grupo onde eles falavam sobre os acontecimentos ou as coisas horrendas que as pessoas fazem.





- eu vi porra, literalmente todos os buracos dela foram arrombados, ela chupou três pau cabeludo de uma vez!.- Jean fez uma careta engraçada de desgosto.





- graças a Deus o meu é limpo e bem cuidado.- eu zelava minha higiene íntima de três em três dias.




- e é?.- Leonardo tinha um sorriso perverso nos lábios, os outros não estavam diferentes.




- nem venha...- ergui a pá como escudo em frente ao meu corpo.




Foi totalmente em vão o que eu havia feito, meu short foi arriado, mas por sorte, eu havia segurado na frente o que me ajudou a não ficar pelada na frente deles.




- eu vi pô, é bem limpinho.- Jean se distanciou o máximo de mim.





- seus porra, querem ver pra que? , tiração do karalho.- resmunguei irritada.




- tá precisando comer de novo Michelle, só que cem porcento dessa vez, você tá muito estressada.- senti um pouco de Areia tocar minhas costas, agora deu o Caraí mermo.




- Adonias seu karalho, tá com o palhaço enfiado no cu é?.




- bora parar os dois?, vamo dar uma pausa, tô com fome.- Jean se jogou de qualquer jeito no monte de areia ali presente.- biscoito com guaraná?.




- eu dou cinco.- Leonardo entregou a Jean que já tinha mais cinco em sua mão.




- tô com....sete reais.- Adonias entregou o dele, e eu continuei no meu canto.





- e tu Michelle?.- dei de ombros.




- tô sem dinheiro.- respondi de forma simples.




- bicha pão dura da porra, tás com sessenta conto aí.



- isso aí, ele está aí, não aqui.- sorri lhe oferecendo o dedo do meio.





Me sentei na sombra, encostando a cabeça na parede, meu corpo estava esfriando, ficaria com preguiça logo, logo.



Meu sorriso foi involuntário, me lembrar da noite passada é como um filme, o melhor filme que eu já presenciei em toda minha vida.




Séria idiota dizer que ainda sinto o gosto dos seus lábios nos meus lábios?, o calor do seu corpo suado embaixo do meu, seu gemido em clamor pedindo para não parar.




Sentia os arranhões em minhas costas quando a água batia, cada ponto que ardia eu escutava seu gemido manhoso e desesperador.




Eu me arrepiava só de pensar.




Meu membro pulsava dentro da cueca, eu não tinha o mínimo controle sobre ele.




- ala...no mundo da lua de novo.- escutei sussurros atrás de mim, não precisei me virar para saber quem era.




- meu biscoito?.- perguntei sorrindo, o bom humor havia voltado com força.




- chocolate, baunilha, morango ou....bem casada?.- pensei, o de chocolate era bom , o de baunilha melhor ainda.




- me passa os dois.- bati as mãos para tirar a sujeira, e me sentei melhor.




- não sabia que a vó Angélica estava saindo com o Renato, o dono do boteco lá da pista.- olhei para Jean com um ponto de interrogação na testa.




- o quê?.




- isso mesmo, está os dois lá, comendo um lanchinho, aí saíram de mãos dadas.- engasguei com o refrigerante, sentido o gás subir para meu nariz, porra , isso me fez lacrimejar.




- não pode ser.....- me levantei no pulo, tiraria essa história a limpo o mais rápido possível.




- senta essa bunda aí Michelle, deixa a vó viver um pouco, ela não está fazendo nada de errado...a não ser.... está com ciúmes?.- rir sarcasticamente, enfiando três biscoitos de uma vez dentro da boca.




- não me faça rir jean.- falei de boca cheia.




- coma vá, depois você fala.- bufei olhando para o céu.





Aí mãezinha....me dê paciência para não quebrar a cara do Renato .

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