capítulo 10

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• comentem bastante para engajar a fic e eu volto mais tarde, boa leitura brownies •






Lauren





- tá tendo um pagodin lá na pista, tão afim de ir ?.- perguntei, estávamos de bobeira a mais de uma hora, vó Angélica já tinha ido dormir.




- acha mesmo que a gente iria perder as mulheres sambando Michelle?.- Adonias cruzou os braços, todos nós o olhamos debochado.




- bicho, tu é mais gay que qualquer um aqui, não vamos te julgar ta ligado?, olha a Lauren ai, tem um pinto em vez de uma.......





- oxe Caraí, me tire desse bagulho ai, ora porra.- resmunguei metendo um tapão  na nuca de Jean.





- eu já disse que não sou gay!, karalho meu, eu só não quero pegar ninguém por agora.





- deixem o cara em paz, e vamos logo Bando de carniças.- tranquei a porta assim que sair de casa.






A pista não era muito longe, só tinha que descer o morro todinho para poder chegar lá.





Entre os três, Adonias, Leonardo e Jean, o que eu mais tinha intimidade era Jean, não faço ideia do que seja , mais Jean é um irmão muito especial ao meu ver.





- tia laur!, a bolaaaa.- sorri ao ver a bola vindo em minha direção.




Porra, quase onze da noite e os pirralhos ainda jogando bola.





- se espalhem, Adonias para a direita, Jean comigo e Leonardo lá na lateral.- segurei a bola com os pés tocando para Jean assim que os meninos estavam posicionados em seus lugares.





Jean corria entre os pequenos, passando a bola para Leo que estava na lateral, ele jogou para Adonias que chutou em direção ao gol, mais foi direto para a janela da vizinha.





- adem! , toque de recolher.- todos saíram correndo inclusive a gente que descia o morro correndo, ainda iríamos se espatifar no chão.





Veja só... chegamos na pista mais rápido que o esperado, sorri ofegante.





- pé troncho do Caraí bicho, o gol no meio tu fosse jogar lá na puta que pariu.- Jean se acabava de rir, encostando na parede de um prédio.





- só foi uma brincadeira tá legal?, não caiam matando em cima do menino.- baguncei seus cabelos, o empurrando de leve.





- já consigo sentir a brisa.- o cheiro de maconha estava reinando naquele local.




- hoje não, vamos Jean, me leve de cavalinho.- subi em suas costas, segurando seu grande cabelo como as rédeas do cavalo.





- só não te bato Michelle... porque você é uma....aí porra, não puxa meu cabelo.- murmurou começando a andar.





- só cala a boquinha é anda, escravo.- Leo ria juntamente com o Adonias, a noite estava agradável, por incrível que pareça, a rua estava calma, sem muito barulho.





Dez minutos no mínimo até chegarmos lá, já conseguimos ver o pessoal dançando, seu Jorge estava tocando, o pessoal que tocava estava descansando enquanto a música rolava no paredão presente.




Desci das costas do Jean, ajeitando minha roupa que tinha amassado um pouco, meu corpo se arrepiou no minuto presente, adorava ter essa sensação de alegria no peito.




- karalho....a maioria tudo casada meu irmão.- meus olhos fizeram a limpa pelo local, parando na seguinte presa.




- nem todas meus amigos....nem todas.- joguei meu cabelo solto para trás, deixando o se ajeitar livremente, eu já havia encontrado minha presa.




- aonde você vai Michelle!?.- escutei Jean gritar, assim que eu me afastei.




- hoje é dia do caçador ir procurar a caça.- dei de ombros voltando ao meu destino final.




O samba estava na ponta de seus pés, movimento suave e leve, amiga da minha mulher estava tocando , seu Jorge nunca erra.




Cheguei por trás de mansinho, sambando junto com ela, vi a expressão surpresa no seu rosto ao me ver.






- ela é amiga da minha mulher, pois é, pois é, mais vive dando em cima de mim, enfim, enfim.- sussurrei em seu ouvido, acompanhando seus movimentos.- ainda por cima é uma tremenda gata pra piorar a minha situação, se fosse mulher feia Tava tudo certo mulher bonita mexe com meu coração.




Segurar sua cintura foi como pegar em travesseiros macios, o cheiro que seu corpo exalava deixava qualquer um embriagado.




Ora seu corpo se esfregava ao meu minimamente, me levando a loucura , dançávamos sem se importar com quem estivesse olhando.




Pouco tempo depois a música havia parado, meu corpo suado pedia algo gelado para passar o calor que habitava em meu corpo.





- ficou surpresa em me ver Camila?.- perguntei, ela negou sorrindo.




- já estava pronta para te dar um soco ou gritar por Socorro, você não é a primeira que tenta chegar assim do nada.- ela bebia sua cerveja com classe, não sabia que tinha como beber assim, pra mim é só colocar pra dentro e arrotar bem alto.




- isso é normal, a uns engraçadinho que gostam de tirar uma casquinha.- o que está acontecendo comigo?, porque KARALHO eu não consigo falar palavrão perto dela?-- meus pensamentos gritavam.




- por isso sempre fico atenta.- sorriu me oferecendo sua cerveja, neguei sorrindo, chegando mais perto dela .




- o destino está nos ajudando Camila...., em qualquer lugar que estejamos, nos vamos se encontrar.- meu pé batia no chão, acompanhando o ritmo da música que tocava.




- não posso discordar, se eu falar algo estou mentindo.- se sentou no meu lado, seu rosto de perfil parecia uma obra de arte, o suor descendo pelo seu pescoço se perdendo no vão de seus seios.....hum... nunca quis tanto ser uma gota de água.




- o lance lá de trinta e um anos é verdade?.- perguntei, eu não acreditava que ela tinha essa idade toda.




- estava brincando, tenho vinte e quatro, não chegaria com esse corpo até os trinta.- murmurou me olhando.




Estaria mentindo se eu dissesse que não estava a desejando, Camila deixava qualquer um a desejar.




- com cinquenta anos você estaria gostosa.- pensei alto demais a assustando.




- Lauren!, com essa idade eu estaria entrando na menopausa garota.




- é bom, não gasta absorvente.- sorri dando de ombros.




- você não existe, juro Lauren.- ela estava indignada.




- esqueci de algo, calma.- preparei uma cantada rápida para passar.- sua beleza é igual obra de prefeitura, nunca acaba.




- gostei, como você inventa essas coisas assim de última hora, pesquisa no Google?.- Google? Porra de Google, tenho mente pra quê?.




- nada, tudo sai da minha cachola.- me levantei, o pessoal tinha voltado a cantar e eu queria dançar com a mulher ao meu lado.- madame...me concede essa dança?.- melhorei meu sotaque, estendendo minha mão em sua direção.




- claro, mas tem um porém.... não pode pisar em meus pés - o choque que passou em meu corpo quando sua mão tocou a minha me fez arrepiar.




- fique tranquila, sou um bom par de dança.- seguimos para a roda, o toque entrava em meu corpo, me fazendo seguir seu ritmo.





O destino está ao seu favor Lauren.

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