Ela se parecia comigo; assustadoramente parecida comigo. Foi por isso que eu gostei dela à princípio.Gostei de como ela sempre tinha uma resposta na ponta da língua.
Gostei de como ela era boa nas coisas que fazia.
Gostei de como ela me maquiava quando estavamos a sós.
Quando comecei meu namorado com Marlene, foquei em todas as coisas que gostava nela; Tentei me desfazer de tudo que pensava sobre mim mesmo.
Cobria meus sentimentos pelo puro brilho de ser famoso e invejado como "o casal mais bonito de Hogwarts".
Mas por deus! Tinha alguém que sequer fazia algo mas brilhava mas do que qualquer coisa que já havia visto.
-Marls, cê tá bem? Você parece distraída hoje - Passei meu braço por seus ombros enquanto iamos em direção ao lago.
-Six. Eu gosto de outra pessoa.
Não vou mentir, foi estranho ouvir o decorrer de suas palavras. Mas o que acho que foi o pior é que em minha mente, as mesmas palavras se repetiam por dias. "Eu acho que gosto de outra pessoa".
Endireitei minhas costas e me sentei na grama.
-Quem é?
Ela observava as folhas laranjas frutuarem no lago como se fossem ouro reluzindo no reflexo da água. Em silêncio.
-Qual é- Comecei, a voz vacilando por um minuto- não... Não confia em mim para falar quem é?
Seus olhos se levantaram marejando em minha direção, me fuzilando.
-Dorcas. Dorcas Meadowes.
-Mas Dorcas é uma garota.- Afirmei.
-Eu sei.
Enquanto Marlene chorava e eu a abraçava, sussurando "Tudo bem, Carmen" eu percebi que Marlene gostava de alguém do mesmo gênero. Me assustei ao ver como cada vez mais ficávamos parecidos.
. . .
Naquela mesma tarde voltei para o dormitório embusca de um pouco de cigarro e bebida que guardava embaixo da minha cama. Não esperava encontrar um garoto de cabelos castanhos sentado na janela.
-Teve um dia ruim Remus?- Perguntei me aproximando de sua figura.
Me arrependi de ter entrado quando o vi jogar a cabeça para trás enquanto sua boca fazia um rastro de fumaça. Foi impossível controlar o que aconteceria a partir dali.
-Por você estar aqui a essa hora, o seu dia deve ter sido uma bosta- Falou, levando o cigarro aos lábios novamente e endireitando q cabeça em minha direção.
-Marlene e eu term...- O ouvi soltar uma risada nasal- Do que está rindo?
-Nada, Nada- Ele sacudiu a cabeça- É só que... Você continua mentindo para si mesmo.
-Que?
Ele virou a cabeça novamente, encarando a janela.
-Você continua mentindo para todos, dizendo que está se divertindo com ela.
Como um relâmpago, minha mente clareou.
Cheguei até seu ouvido e disse:
-É isso que quer que eu diga? Que estou mentindo?- Sussurei o vendo arquear levemente as costas.
Me assustei quando ele seguroi meu queixo, obrigando que eu o olhasse.
-Ela lhe dá calafrios quando pisca seus olhos de desenho animado?
Não consegui responder quando o vi tragar o cigarro de novo, segurei seu olhar como se o fosse perder em apenas uma piscada. Era alarmante a tensão, honestamente.
-O quão encantadora ela pode ser para você?- Sua boca soltou fumaça que seguiu para a minha entreaberta, me deixando provar de seu hálito.
-Nós terminamos- Disse com firmeza, ambas mãos rumando a seus ombros.
-Mas ela continua brilhando para você?- Sua boca movia-se de forma tão convidativa.
Em um momento de pura lucidez eu respondi:
-Como poderia notar se ela brilha quando você é tão reluzente que me cega e da-me calafrios?
Não saberia dizer quem iniciou aquilo, mas posso dizer que ambos se divertiram com o resultado.
Enquanto eu tinha minhas mãos na cintura de Remus, ele levou as suas até meus cabelos e puxou, provocando um suspiro meu. E por deus, nada me deixou mais satisfeito do que quando você desceu os beijos para meu pescoço, com a boca entreaberta, pronta para experimentar todo pedaço de pele que entrasse em seu caminho.
Com um movimento de seus quadris, Remus se levantou de onde estava sentado, me guiando até a cama mais próxima, sem que seus lábios descolassem dos meus.
Enquanto suas mãos passeavam pelo meu corpo e tudo que conseguia fazer era puxar seu corpo para perto, a mente gritando "finalmente estou atravessando o limite do mundo ordinário". Foi ai que esquecemos que ainda havia pessoas que dividiam o mesmo dormitório que a gente.
A porta foi aberta por James e Peter que fincaram seus olhos para onde estávamos.
Remus pulou para se levantar e andar apressadamente até onde havia deixado sua caixa de cigarros, enquanto eu me arrastava até estar sentado e encostado na cabeceira da cama, usando um travesseiro para esconder meu colo e o que quer que tenha se formado lá.
-Cara, por que você tá na minha cama?- Peter perguntou sendo seguido por um James de sombrancelhas arqueadas.
Esse momento foi guardado junto a todas vontades secretas de algumas pessoas.
819 palavras não os descrevem.
*O Sirius chamar a Marlene de "Carmen" é um referência a uma música da Lana del rey(é a música de inspiração para esse capítulo)
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o resto da vida está á um passo daqui...
Short Story"As estrelas, duas delas, criaram sua própria constelação, na qual só as duas abtavam" algumas minis histórias de wolfstar. *talvez alguns delas podem virar histórias maiores no meu perfil.