6. Aniversário I

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Louis passou a semana inteira na casa de Liam. Ele não queria ficar na sua casa, com medo de John aparecer por lá de novo, e também não podia ficar na casa de sua avó, já que ela não sabia dessas perseguições e acharia estranho ele ficando tantos dias lá.

Mas agora, estava na hora de encarar e voltar pra casa, ele não queria ficar incomodando Liam por mais tempo que o necessário, então ali estava ele, trancado em sua casa, com as janelas fechadas, o notebook em mãos, esperando as notas finais de sua pós graduação, ansiosa pra saber se passaria, porque ele tinha se esforçado muito.

Ele ouviu o barulho da campainha, e seu coração acelerou, o fazendo ofegar, e antes de abrir a porta ele espiou pela janela, vendo sua avó parada do lado de fora.

- Vó? O que tá fazendo aqui? - Ele perguntou assim que abriu a porta, e a mais velha apenas cerrou os olhos, cruzando os braços.

- Você não foi me ver essa semana, seu desnaturado! - Ela entrou dentro da casa do neto, rolando os olhos pelo local. - Abra essas janelas, essa casa precisa de ar fresco, ursinho...

- Não precisa não, vovó... Pode entrar algum mosquito...

- Deixa disso, ursinho. - A mais velha se esticou, abrindo a janela da sala, e Louis respirou fundo, levando os dedos a boca e roendo o canto das unhas. - Vem, vamos pra cozinha, vou fazer um chá pra gente.

Louis seguiu a avó até a cozinha, ainda que relutante. Ele sentou-se à mesa, apoiando o rosto em sua mão, observando enquanto a ômega colocava água pra ferver, cantarolando.

- Essa casa está cheirando a alfa... E não é o cheiro do Liam... - Ela murmurou, a sobrancelha erguida, colocando uma xícara na frente do neto.

Louis corou, abaixando a cabeça, a casa tinha ficado fechada durante a semana toda, e aquilo concentrou o cheiro de Harry nela, e o ômega se sentiu burro por achar que sua avó não perceberia. - É, um amigo veio aqui...

- Amigo, hum? - Ela despejou chá na xícara dos dois, se sentando em frente o neto.

- Vó..!

- O quê? - Ela piscou, assoprando o chá quente. - Que amigo é esse? Vou adorar conhecer ele, você sabe que gosto de todos seus amigos.

- Porque eu só tenho dois amigos.

- E não é o suficiente? Qualidade é melhor que quantidade, ursinho. Quero saber quando vou conhecer esse novo amigo... Qual o nome dele?

Louis fechou os olhos, gemendo de vergonha. - Harry.

O ômega abriu os olhos rapidamente ao ouvir um barulho do lado de fora da casa, sobressaltando o corpo e arregalando os olhos, concentrando sua audição para tentar ouvir mais alguma coisa, ficando focado naquilo e não ouvindo o que sua avó falava.

Sua mente vagando pra algum lugar longe dali, pensando em várias possibilidades do que aquele barulho poderia ser.

Poderia ser só um gato, ou poderia ser John tentando entrar na casa.

Poderia ser um vizinho caindo de bicicleta, mas também poderia ser seu ex marido o perseguindo.

Poderia ser tanta coisa, e Louis só conseguiu sair de seus devaneios quando viu pela um gato chiando lá fora, e Pudim o observando pelo vidro da janela da cozinha.

- Louis? Ursinho, ouviu o que eu disse?

Ele levantou o olhar, encarando sua avó com o cenho franzido. - Desculpe, o quê?

- Estou perguntando se você vai chamar Harry ou não...

- Ah, sim, vó. Eu chamo ele. Mas por favor, não fique insinuando coisas...

O Bom Enfermeiro | Larry Stylinson A.B.OOnde histórias criam vida. Descubra agora