16. Vinho e... Pudim?

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- Aqui, querido. Espero que goste de lasanha. - Regina murmurou, servindo a massa para o alfa, que tinha um sorriso gentil em seu rosto, sentado ao lado de Louis.

- Eu adoro, obrigado.

- Sempre foi a comida preferida do Louis, esse menino me implorava por lasanha quase todos os dias. - Comentou, o que fez Harry rir baixo, segurando a mão do ômega por debaixo da mesa, enquanto o mesmo concordava com a cabeça. - Eu tô muito feliz que vocês estão juntos! Meu ursinho merece ser feliz!

Os três estavam na casa da ômega mais velha, e segundo ela, Harry teria que almoçar lá pra que ela conhecesse ele apropriadamente agora como o namorado de seu neto.

- Obrigado, vó. - O ômega murmurou, envergonhado, e Harry abriu um sorriso mais largo, se inclinando e deixando um beijo na bochecha do menor.

- Harry, me conte como vocês se conheceram. O ursinho me falou, mas quero ouvir do seu ponto de vista.

O alfa suspirou, concordando com a cabeça, animado. Ele começou contando do dia que foi fazer a endoscopia, falando sobre como ele não se lembra de muita coisa, mas que se lembrou do nome do ômega e dos olhos azuis.

- Então, minha mãe basicamente me obrigou a ir pedir desculpas por ter cantado ele. Eu já tava quase indo embora, porque já tinha acabado o plantão dele, e então eu ouvi uma disc-

- É isso, vó. Foi assim que nos conhecemos. - Louis o interrompeu, apertando a perna do alfa discretamente.

- Não, ursinho, deixa ele falar! Eu quero saber de tudo.

Harry estranhou o fato de Louis o interromper, mas deu de ombros, cortando devagar sua lasanha enquanto voltava a falar. - Ele e John estavam discutindo no estacionamento e... Eu não podia deixar um alfa agredir um ômega.

- Agredir? - Regina sussurrou, arregalando os olhos, e então desviou o olhar para o ômega, que abaixou a cabeça, suspirando.

Foi aí que Harry se tocou que tinha falado demais, e que a mais velha não tinha ciência das agressões que Louis sofria.

- Ursinho? - Ela sibilou, com as mãos começando a tremer. Harry sentiu seu peito se apertar, arrependido de ter falado sobre aquilo. - Louis.

- Vó... Eu ia contar...

A ômega piscou os olhos, se levantando da cadeira rapidamente, enquanto os outros dois fizeram a mesma coisa, e Louis tinha um olhar assustado em seu rosto.

- Eu vou... Matar aquele alfa! - Ela sussurrou, finalmente, e deu passos largos em direção ao neto, que fungou, sentindo quando a avó o abraçou com força, encaixando a cabeça na curva do ombro da senhora, e deixando que algumas lágrimas escorressem de seu rosto.

Harry deu um passo pra trás, deixando que os dois tivessem aquele momento, levando sua mão à boca em um ato de nervosismo.

- Desculpa por não te contar vó... Eu não quis te preocupar. - O ômega implorou, sussurrando no ombro da avó, que passava suas mãos pelas costas do neto, fazendo um carinho ali.

- A vovó só quer te proteger, sempre, ursinho. Você ficou todo esse tempo sozinho, quando poderia ter dividido esse fardo comigo. A gente ia dar um jeito. Vovó não dá sempre um jeito? - Murmurou, se afastando minimamente do corpo do ômega, que balançava a cabeça veementemente, os olhos fechados com força.

- Desculpa...

- Tá tudo bem, ursinho, você não tem culpa. - Agarrou as mãos pequenas do neto, e ele abriu os olhos, encarando a avó. - Agora, eu preciso que me conte tudo, sim? Por favor, não me deixe no escuro mais...

O Bom Enfermeiro | Larry Stylinson A.B.OOnde histórias criam vida. Descubra agora