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No tribunal não foi nada fácil para Miguel e Tory, Anne tinha todas as provas para mandar os dois para a prisão e infelizmente Robby e os outros não tinham provas contra, acabando que o juiz os mandou para a cadeia.

A vida na cadeia não estava sendo fácil, principalmente para Miguel, ser latino não estava o ajudando a se enturmar, principalmente com os brancos, mas ele conseguiu fazer amizade com Antony Carrera, outro prisioneiro da idade dele e afro-americano, ele tentou realmente fazer mais amigos, mas sua fama não ajuda e nem é por causa da sua descendência e sim pelo fato dele ser policial, Miguel teve sorte que ainda não apanhou, ele não é bom quando o assunto é se defender de agressões, ele é um ótimo policial, mas um covarde quando o assunto é se defender.

Miguel sentia tanta falta de Robby, não se passou nem 1 semana em que ele está preso e já está morrendo de saudade do namorado, por sorte hoje é dia de visita e ele realmente espera que Robby se lembre dele e vá o visitar.

Miguel esperava impaciente e ansiosamente para chegar as 11 da manhã, atualmente eram 9 da manhã, só mais duas horas e ele pode passar um tempo com Robby, 1 hora de visita por semana é melhor que nada.

[...]

As duas horas se passaram tão rápido que Miguel só voltou a realidade quando viu Robby a sua frente, sorrindo para ele. Eles infelizmente não podiam se tocar pois os guardas não deixavam, mesmo os dois estando tão perto, resistir a tentação de simplesmente pegarem na mão um do outro é impossível.

- Meu amor, eu sinto tanto a sua falta. Como te tratam aqui?- Robby pergunta preocupado

- De uma forma horrível, essa prisão é extremamente xenofobica e racista, tanto os guardas como prisioneiros, os brancos no caso- Miguel reclama

- Meu Deus, você reclamou com o diretor do lugar?

- Claro... Porque vão escutar um prisioneiro que não é branco, eu vou apanhar se reclamar para alguém, mas pelo menos eu fiz um amigo

- Que bom meu amor, pelo menos você não vai passar o tempo aqui dentro sozinho, mas se me trair eu corto sua garganta, não estou nem aí se você está passando vontade, nada de tocar em outra pessoa- Robby ameaça com um sorriso doce no rosto e Miguel sabia muito bem que ele era capaz disso, aquele rosto doce não o engana

- Você pode ficar tranquilo, ninguém aqui me atrai igual você e eu tenho medo de você, sei muito bem que esse rostinho de anjo é capaz de muita coisa

- Eu queria tanto poder te tocar- Comenta com um sorriso- Estamos trabalhando duro para achar alguma prova que incrimine e Anne e liberte você e a Tory

- E eu tenho certeza que vão achar, eu confio muito em todos vocês e não se preocupe comigo, eu vou ficar quieto até lá, não estou afim de causar briga- Miguel fala seguro disso

- Talvez você conquista o respeito desses branquelos que se acham se ganhar uma briga- Dá a idéia

- Ou talvez pare na solitária por mal comportamento e isso aumente a minha pena

- Amor, você recebeu uma pena de 2 anos, se aumentarem por mal comportamento vai ser 1 mês no máximo, o que é mais 30 dias para quem vai ficar aqui mais de 700 dias se não te inocertarmos- Robby falou como se isso não fosse nada demais

- Eu sabia que o serviço policial deixava as pessoas frias e sem medo de ver cenas sangrentas de assassinato, mas você está sendo cruel com a minha auto-estima- Miguel reclama, Robby riu

- Segura a minha mão por baixo da mesa- Pede, se assegurando de que os guardas não iam ver

Precisava mesmo dessa regra estúpida de não poder nem pelo menos dar a mão para a outra pessoa? Eles poderiam liberar as pessoas dessa regra.

Pessoa certa (Kiaz/Robbyguel)- Concluído Onde histórias criam vida. Descubra agora