Natasha Dunkis
Acordo com batidas na porta do banheiro. Abro meus olhos lentamente, sentindo todo meu corpo dolorido de dormir no chão. Levanto com dificuldade e, ao abrir a porta, me deparo com Fióri já vestido e notavelmente mais apresentável. Seu rosto corado, seus lábios brilhando e a camisa com alguns botões abertos dão a ele um ar despojado e intrigante.
Porém, seu rosto está sério, uma mudança drástica em relação ao homem sorridente que a febre me apresentou ontem. Suas sobrancelhas estão franzidas, e suas feições permanecem sérias e concentradas.
— Precisamos ir, senhorita Dunkis. — Sua voz é firme e carrega um peso inesperado, suas feições permanecem sérias e concentradas. Seu olhar está fixo em mim, e sinto a seriedade em seu tom.
Sorrio indignada, agora é senhora Dunkis; até então, era apenas "anjo" ou Natasha. Observo a mudança drástica em sua postura, a tensão evidente em seu rosto. Minhas sobrancelhas se erguem em um gesto de surpresa, e meus lábios formam um sorriso irônico.
— Não me olhe assim. — Ele resmunga bruscamente, suas sobrancelhas se contraem ainda mais, seus olhos sérios me dando um susto.
— Eu prometi... Eu vou cumprir. — Ele fala, sua mandíbula cerrada, seus olhos emitindo uma determinação inabalável.
— Como é? — Indago, encarando-o com curiosidade e um toque de desconfiança.
Observo seus lábios se curvando em um sorriso, mas é um sorriso confiante, carregado de mistério. Então, ele se vira bruscamente e começa a andar em direção à porta, seus passos firmes e seus ombros retos. Sigo-o de perto, pegando meus calçados do chão.
Mas, abruptamente, ele se vira para me encarar novamente, seus olhos me avaliam minuciosamente, de cima abaixo. Sinto minhas bochechas ficarem quentes, tenho certeza de que estão vermelhas.
— Não pode andar nesse chão sujo sem sapatos. — Ele fala desconfiado, seus olhos permanecem fixos em mim.
Solto um suspiro e dou de ombros, minha expressão mostrando resignação. Os cantos da minha boca caem ligeiramente.
— Meus pés doem. — Falo o óbvio, com um leve franzir de testa. Os vincos em minha testa denunciam o desconforto que sinto.
Ele parece refletir por um momento e caminha em minha direção. Meio que se abaixa e passa um braço em volta das minhas pernas, sua expressão decidida. Perco o equilíbrio, e ele segura minhas costas com a outra mão, me erguendo de forma abrupta.
— Me solta... está maluco. — Falo, xingando-o, minha expressão indignada e surpresa. Meus olhos se arregalam e minhas sobrancelhas se contraem enquanto protesto.
— Você não vai caminhar nesse chão sujo sem calçados. — Ele fala irredutível, sua expressão determinada e protetora. Seus olhos agora mostram um brilho de preocupação.
— Fióri, você está machucado, não pode erguer peso. — Falo, tentando me justificar, minha expressão preocupada. Olho diretamente nos seus olhos, tentando convencê-lo.
Ele começa a rir como se eu tivesse contado a piada do ano, sua expressão mudando para uma mistura de diversão e alívio. Seus olhos agora brilham com um toque de humor.
— Qual a graça? — Indago, meus lábios formam uma linha reta enquanto tento entender o motivo do riso.
— De que peso está falando? Chega a pesar 40 kg? — Ele indaga, abrindo a porta do carro com uma mão enquanto me segura com a outra.
Ele me larga no banco e começa a colocar o cinto. Tomo dele e faço um olhar decidido, mostrando minha expressão séria. Meus olhos estão fixos nos dele enquanto seguro o cinto.
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O ASSASSINO DA NAVALHA
RomansaNatasha Dunkis, uma estudante de literatura enfrenta uma série de desafios, incluindo problemas familiares e a pressão da máfia russa, Os Bratva. No entanto, sua vida se complica ainda mais quando ela descobre uma conexão surpreendente entre um hom...