Capítulo Nove

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Ao ficar sozinho Caio apagou a luz da cozinha e voltou para a sala. Depois de forrar o sofá, pegou o short preto deixado por Cássio e seguiu para o banheiro.

Não tomou banho, optando por fazê-lo pela manhã. Apenas aliviou-se e escovou os dentes. De volta ao corredor, tendo suas roupas enroladas sob o braço, Caio parou um instante à porta do quarto de Norah e tentou escutar qualquer movimento.

Tudo que teve foi silêncio.

Era tarde para quem ainda trabalharia no dia seguinte. Provavelmente ela estaria dormindo. Algo que para ele se mostrou impossível. Depois de desconectar o PS3 da TV, ainda zapeou por alguns canais à espera do sono.

Este veio quando já passava das 2h30, e não foi tranquilo. Acometido por um explicável calor, Caio se livrou da colcha. Até mesmo a claridade noturna, vinda da janela, incomodava-o, levando-o a cobrir os olhos com seu braço esquerdo.

De repente, entorpecido pelo sono, Caio sentiu o perfume de Norah antes que a visse à sua frente, de costas para que ele espalhasse um creme qualquer em sua pele.

Estavam sozinhos num lugar que ele não distinguia. E nem tentava descobrir onde seria, pois toda sua atenção era dedicada a ela e às próprias mãos que trabalhavam em conjunto no corpo delicado. Sem que ele percebesse, Norah se livrou da parte de cima do biquíni e cobria os seios com os braços, enquanto o olhava por sobre o ombro.

Caio desejou que ela movesse os braços, mas não mais do que queria descer suas palmas para a bunda que tanto admirava. E por não encontrar resistência, foi exatamente o que fez. Com o coração a bater de forma irregular, apertou aqueles montes rijos. De imediato sentiu uma ereção se formar.

Foi quando a imagem de Norah se esvaiu e o cenário se apagou, transformando-se na sala onde dormia. Para sua surpresa, por baixo de seu braço, Caio descobriu que o perfume que sentia era real, pois ela estava de fato ao seu lado... Olhando-o com atenção!

E como, de verdade, no jogo que começou não tinha volta, fingindo dormir Caio moveu a perna para que Norah tivesse a prova definitiva de que ele não somente tinha crescido como era bem formado.

Após um lisonjeiro ofegar, Norah deixou seu campo de visão. Caio se sentou de imediato e a viu entrar na cozinha quase a correr. Depois de olhar para o corredor e deliberar se deveria arriscar uma aproximação mais efusiva, Caio deixou o sofá e perambulou um instante pela sala, obrigando seu corpo a se acalmar.

Não estava de todo recuperado, mas não tinha muito tempo, então marchou para a cozinha. O inusitado de descobrir Norah de olhos fechados, com o rosto corado, abraça à garrafa de água gelada, tendo o corpo curvado para o refrigerador enquanto murmurava algo que ele não conseguia ouvir, divertiu-o.

Ao se aproximar, domava o riso e não se furtou de usar o tratamento esperado.

– O que está fazendo dentro da geladeira, tia?

Norah se agitou ao encará-lo e por muito pouco não deixou cair sua garrafa.

– Eu... – ela balbuciou, escrutinando-lhe o rosto como se visse pela primeira vez. Talvez fosse o caso. – Eu... Precisava de água.

– E sempre a bebe assim? – Caio sorriu manso. – Dentro da geladeira?

– Eu não estou dentro da geladeira, menino – ela replicou ao fechar o refrigerador.

– Não era o que parecia – ele retrucou subitamente aborrecido.

Se Norah continuasse a negar o que ele realmente era não avançariam. Por um instante Caio cogitou expressar seu pensamento em palavras, mas reconsiderou.

Perfeita pra Mim [ DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora