Cap 17

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Acordo sentindo os braços de Otto em volta de minha cintura. Levanto minha cabeça e observo Otto dormindo. Estava sereno e sem qualquer linha de expressão. Um sorriso bobo surge em meu rosto.

Levo minha mão até sua nuca e acaricio os fios de cabelo dele.
Ele murmura ao sentir meu toque.
Logo o par de olhos claros se abrem e me encaram profundamente. Vejo sua pupila dilatar ao me ver. Fazendo o azul quase que sumir.

- Bom dia.. - meu polegar vai até sua bochecha. A acariciando.

- Bom dia. - Fala meio sonolento se sentando e se espreguiçando. - Que horas são? - Ele Se vira pra olhar pra mim.

- 6 da manhã. - pisco algumas vezes e logo arregalo os olhos. - Caralho! São 6 da manhã! - Pego minhas roupas e me visto rapidamente. Otto faz o mesmo. Recolhemos nossas coisas e entramos no carro.

(.....)

Otto para em frente a minha casa e me acompanha até lá. Abro a porta e dou de cara com meu pai com uma cara de poucos amigos.

- Pai.. - Gaguejo. - Que surpresa o senhor por aqui. - rio sem graça.

- Aonde estava? - Ele cruza os braços e cerra os olhos em minha direção.

- Eu estava... - Olho para trás encarando Otto. - Estávamos na praia.

- Hmm na praia. - ele sorri sarcástico. - Saiu de noite e voltou só de manhã? O quê estava fazendo com esse homem? - Ele aponta para Otto.

- O-oi senhor Manoel! - Ele cumprimenta meu pai sem graça.

- Vejo que o rapaz já sabe meu nome. Bem amigos vocês né?

- E.. - ele coça a nuca. - Sou eu.. Cézar. - Ele sorri de lado.

Meu pai arregala os olhos.

- Cézar? - Ele puxa Otto pelo pescoço. O abraçando. - Como você mudou rapaz! - Ele dá leves tapinhas nas costas de Otto.

- Com o quê está trabalhando? Voltou de Havard quando?

- Voltei um mês atrás. Eu sou dono da 0110. - Meu pai me olha desconfiado e volta a olha-lo.

- A Luísa trabalha lá... espera aí! - Ele espreme os olhos e encara o fundo da minha alma. Isso me causa calafrios. - Espertinho! - Ele dá um tapinha no ombro de Otto.

Inspiro aliviada. Graças a Deus ele não partiu pra cima de Cézar.

Meu pai passou boa parte do dia com Otto. Confesso que fiquei com ciúmes. Roubou o meu homem de mim por um dia inteiro! Isso é inadmissível. E Otto como é tímido demais para falar um não foi para todos os lugares que meu pai o levou.

Foram jogar golf depois foram caminhar pelo parque. Até foram a academia juntos e agora estão assistindo a série de Sherlock Holmes inteira. E cá estou eu jogada de lado.

Essa série demora uma eternidade. Não aguento a melação dos dois e me retiro para dormir. Tomo meu banho visto meu pijama e me deito.

Algumas horas depois sinto uma mão enlaçar minha cintura. Meu corpo inteiro estremece. Sinto seu hálito com aroma de hortelã contra minha pele.

- Se incomoda de eu dormir aqui? Seu pai não me deixou ir embora. - Ele sussurra contra meu ouvido.

- Sem problemas. - Me viro até ele e Acaricio seu rosto. - Até prefiro. - Me aconchego em seus braços enquanto ele acariciava meu cabelo.
Aos poucos fui me rendendo ao sono e adormeço em seus braços.

Meu chefe reservando. |•° luotto Onde histórias criam vida. Descubra agora