Prólogo - Vitas Sexualis

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Olá, sacaroses!!! Eu estou tão animada pra' essa fanfic que mal consigo dormir, meu Deus...
Resumindo, minha ansiedade para postar algo fez eu pensar nesse "Capítulo 0", com uma breve explicação do principal ambiente onde a história ocorre. E também porque eu não quero ninguém ficando confuso lendo a história de fato.
Então, aproveitem!!
(E leiam as notinhas no final, para mais informações.)

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Quem não conhecia a Vitas Sexualis? Quem não sabia quem era Mori Ōgai, mesmo sem vê-lo pessoalmente? A maior casa noturna do país e o seu desenvolvedor eram tão famosos quanto se podia imaginar.

Ninguém se lembrava ao certo quando a Vitas — como todos chamavam — passou a ser o espaço potência que é atualmente. Talvez sempre tivesse sido assim. Afinal, é da criação de Mori que estamos falando, ele sempre conseguiria reconhecimento máximo pelo que quer que fizesse. Com a casa noturna não seria diferente.

Na verdade, houve um tempo, sim, em que nada era daquele jeito. Um tempo em que a atual instituição não passava de um bando de criminosos tentando aparecer no submundo. O nome antigo não é encontrado em livros, e não se sabe ao certo o porquê.

O fim da instituição também era incerto, indo para debaixo dos tapetes mais rápido do que os jornalistas interessados no caso gostariam. A população, louca por uma história interessante para sair do monótono e chato "nada do dia a dia", ficou tão descontente quanto. Mas, haveria de ter alguém que soubesse de tudo. E quem melhor para isso do que Ōgai?

Sinceramente, os trabalhos do antigo chefe eram pobres ao cúmulo em sua execução. Controlar o submundo não era fácil, e ele não sabia fazê-lo, óbvio que o centro daquilo chegaria ao conhecimento da polícia uma hora ou outra. A busca por poder, dinheiro e vingança era tão intensa que era mal-feita, e até mesmo uma criança poderia ver isso.

A maior vergonha da vida de Mori era saber que ele podia ser um chefe melhor e fazer tudo dar certo, mas precisava assistir seu superior colocar todos os funcionários bem lá no fundo do poço. E, se não fosse pelo próprio Ōgai, tudo teria terminado anos atrás, para todos.

Antes mesmo que a polícia pudesse fazer algo, o sangue do antigo chefe molhou a terra, e seus interesses e ambições foram enterrados juntos consigo. Se os outros funcionários acreditavam de verdade que ele havia morrido por causa de uma doença ou se eles simplesmente não se importavam, seria difícil dizer. Porém, naquele momento, todos passaram a seguir o "simples médico" como um verdadeiro líder.

E Mori era, sem dúvidas. Porque, em apenas um mês, ele estabeleceu a ordem da organização e conseguiu se livrar das autoridades em um passe de mágica daqueles que ninguém nunca saberia como foi feito, a não ser o próprio mágico.

A casa noturna, ou o bar — como os alguns preferiam dizer, para não soar como pessoas apenas interessadas em sexo durante uma noite — era a base do plano de Ōgai, uma mera fachada. Quem suspeitaria de um lugar para beber, conversar, assistir shows de pessoas minimamente vestidas e, no final, ficar com alguém por um preço razoável? Esse tipo de estabelecimento nem era raro, então quem diria que havia algo errado com a Vitas Sexualis?

Exato, ninguém. Mori poderia dizer que todo seu dinheiro era fruto da casa noturna e não teria uma alma que pudesse discordar, até porque, todos os serviços da Vitas eram mais que bons o suficiente para valer o que era cobrado. E isso não valia só para as bebidas, porque todas as pessoas que se vendiam ali eram as de maior qualidade no país inteiro. Ah, nada como um bom trabalho "limpo" que rende um dinheiro igualmente bom...

Todavia, o que acontecia fora das paredes do estabelecimento era mais sujo do que o que acontecia dentro. Bebidas e sexo eram só uma forma de esconder todo o crime que a verdadeira organização cometia.

Os funcionários da Vitas nada mais eram que os maiores criminosos do país, a Máfia do Porto. Tráfico de armas e drogas aqui, tortura e assassinato ali, tudo num combo que amedrontava a polícia mais do que ela gostaria. E o pior de tudo, para quem estava do lado da lei, era que não havia um só rastro que eles pudessem seguir para acabar com a instituição.

Para quem estava dentro, não parecia ser tão ruim assim. Eles ganhavam dinheiro, então valia a pena. Fosse o trabalho mais sujo que fosse, quem nesse mundo era limpo? E eles nem matavam tantas pessoas, só quem insistia em atrapalhar seus serviços.

Era óbvio que eles não se incomodariam com os crimes da Máfia. Quem trabalhava lá nada mais era do que os rejeitados pela sociedade, aqueles que perderam tudo que um dia tiveram, ou aqueles que nunca tiveram nada no geral. Para quem quase morreu para manter a maldita elite no poder, tudo valia a pena para sobreviver. Para quem teve uma vida horrível desde o dia em que nasceu, tornar a vida dos outros um inferno tão desesperador quanto era mais do que válido. Então, tudo bem, os crimes nem eram tão ruins assim...

E, junto com todos esses de vidas miseráveis, encontrava-se Chuuya Nakahara. Alguém que era grato a Mori por tê-lo tirado do sofrimento e o levado para um lugar onde pudesse ter tudo relacionado a uma vida digna. Dinheiro trazia felicidade, afinal de contas...

Ou talvez isso também fosse apenas uma fachada...

Quem sabe o que acontece nos confins da sua mente e no fundo de seu coração?

Quem sabe pelo quê os peões têm que passar para servir o rei no tabuleiro de xadrez?

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Uau, eu consegui escrever 800 palavras em poucos minutos (o que a ansiedade não faz, não é mesmo?), uau...
Eu espero não ser a única a estar animada com isso, sinceramente.
Enfim, aqui vão algumas informações que eu acho que vocês precisam ter em mente ao ler essa fanfic. Eu já escrevi tudo isso na descrição, mas não custa reforçar.

Essa história não é focada em nenhum shipp, bem diferente de tudo que eu já escrevi e postei aqui. Então, não esperem por casais fofinhos e história felizes.
Essa fanfic é sobre o Chuuya e o desenvolvimento dele como ser-humano. Então, óbvio que seus relacionamentos e empregos são importantes, mas é mais do que só isso.
Também quero avisar que eu vou abordar temas sensíveis, então cuidado se você for alguém que não costuma ler conteúdo com gatilhos. Acho que os principais que eu vou abordar são: relacionamentos abusivos, consentimento dúbio, sexualização, problemas psicológicos e por aí vai.

Espero que mesmo com todos os problemas, vocês consigam aproveitar a história tanto quanto eu, e que todos consigam entender sobre o que "Chessboard" realmente fala.

Uma última coisinha, eu não garanto postagens semanais, porque eu quero essa história perfeita. Então, é provável que tenha um espaço de 10 dias ou mais entre os capítulos (sinto muito por isso)...
Com tudo que eu planejei, o que eu menos quero é postar capítulos corridos e deixar a história mal-feita.

É isso, sacaroses! Nos vemos em breve!!!

Chessboard - Chuuya NakaharaOnde histórias criam vida. Descubra agora