Capítulo 6 - Espelhos, músicas e um vinho caro

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Olá, Sacaroses!
Chessboard voltou, quem amou?? Eu não poderia estar mais animada, sério.
O capítulo não é tão grande, e tem um detalhezinho que eu ia colocar aqui , mas resolvi deixar para o capítulo que vem.
Preparem-se! E boa leitura!!!

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Tempo Presente.

     O almoço terminou tão rápido quanto começou, e Chuuya sentia-se grato por isso, mesmo que uma sensação não tão boa lhe preenchesse. Era de Mori a ligação que recebera alguns poucos minutos antes, avisando-lhe para ir até seu escritório na Vitas e levar os outros com ele. Muito estranho e incomum em todos os níveis, porque Ōgai nunca telefonava e sempre fazia contato por meio de terceiros — em usual Kōyō.

     A desculpa que dera, quando retornou à mesa, foi que algo sério havia acontecido com sua irmã e que eles precisavam ir urgente. Foi como se os outros mafiosos tivessem entendido a situação imediatamente, pois nenhum deles se opôs e até mesmo atuaram conforme a situação, soando bem convincentes para qualquer um que os ouvisse.

     O Nakajima, que almoçava com eles, também não pareceu muito incomodado com aquilo, quase como se esperasse por algum imprevisto para que ele próprio também pudesse sair. Chuuya deduziu que Dazai fora o "superior" por trás da chamada do de fios platinados, e não conseguiu evitar a curiosidade ao pensar no que a Agência tramava.

     De toda a forma, não era o momento para focar em coisas como aquela, o que Mori tinha a dizer parecia mais sério e digno de preocupação e o Nakahara quase podia sentir seu estômago revirar em antecipação. Os demais que seguiram com ele pareciam no mesmo estado, a diferença é que eles evitavam olhá-lo nos olhos, tal qual escondessem alguma coisa. Contudo, também não era o momento para interrogar seus subordinados e exprimir informações deles, então Chuuya agiu como alguém que nada percebera.

     Colocar seis pessoas em um carro com cinco assentos foi um tanto trabalhoso, ainda que já o tivessem feito antes. Apesar disso, não menos que dez minutos depois, estavam todos indo em direção à tão conhecida casa noturna de Ōgai.

     Para o ruivo, parecia quase errado voltar àquele lugar depois de alguns dias sem poder ir até lá. Foi quase inevitável lembrar do dia em que descobrira que os três universitários ali presentes estavam encarregados de redecorar todo o espaço e ele nem tinha permissão de ajudar. A sensação era de que ele deveria dar meia volta e fugir, porém algo o manteve no "caminho certo" e não tardaram a ver a grandiosa placa "Vitas Sexualis" brilhando em neon em pleno meio-dia.

     O estacionamento de funcionários ficava no outro lado da quadra, então fazer a volta e entrar por um caminho diferente foi necessário. A parte boa é que o escritório do chefe ficava localizado na parte mais distante de toda a farra da casa noturna, ou seja, perto da entrada de funcionários, sendo o primeiro cômodo oficial do luxuoso estabelecimento.

     Aquela era uma parte da Vitas que o Nakahara não estava acostumado a ver e passar por, já que se tornou quase natural entrar pela porta de clientes e ficar sempre entre eles, seja no bar ou no... Enfim, era natural não agir como um dos funcionários mais importantes e, sim, como um dos sem valor algum. Era a forma como se sentia, de todo modo.

     Ao passar pelo corredor, Chuuya viu que Kōyō e Mori encontravam-se do lado de fora do escritório, conversando, mas eles pararam no instante em que os outros chegaram aos seus campos de visão. Suspeito seria um eufemismo, aquela situação deixava o ruivo desconfortável em sua totalidade.

     Pior do que isso foi quando ele estava prestes a entrar no escritório, no entanto foi barrado por Ōgai. "Ah, Chuuya-kun, será que você pode esperar aqui? Tenho alguns assuntos a resolver, primeiro, e seria lamentável tomar seu tempo com conversas sem importâncias, sim?"

Chessboard - Chuuya NakaharaOnde histórias criam vida. Descubra agora