Chessboard - Chuuya Nakahara

Capítulo 4 • Parte 2 - É um prazer conhecer suas mentiras

Continuação.

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⌛️ Tempo Passado: 7 anos atrás.

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"Viu, Chibi? Eu sou muito melhor que você." Osamu provocou, vendo a raiva do menor aumentar exponencialmente.

"Nada a ver!" Rebateu. "Você só deu sorte, idiota!"

"Eu dei sorte sete vezes seguidas?" Ele riu, desviando de um chute do Nakahara.

Os dois estavam em um fliperama, competindo em um jogo de luta qualquer, apenas para passar o tempo. Era para ser divertido, se o ruivo não estivesse espumando de raiva por não ter ganhado nenhuma partida.

A ligação que Dazai recebeu era de Mori, informando sobre alguém que teria informações sobre o Arahabaki. Aparentemente, essa pessoa se chama Randō e é um sub-executivo da Máfia, cujas habilidades foram reconhecidas por Ōgai.

Ainda que aquilo fosse suspeito demais para aceitar, e Chuuya suspeitasse de que pudesse ser uma armadilha, confiou o suficiente para não fazer perguntas.

O tal Randō estaria disponível para conversar com eles, porém, apenas em algumas horas. Prometendo telefonar assim que conseguisse falar com os dois.

Osamu não demonstrou nenhuma reação sobre isso, como se não tivesse suspeitas, embora o Nakahara soubesse que ele só deveria estar pouco se importando por já ter conhecimento de alguma coisa.

Como tinham uma desconhecida quantidade de tempo livre, decidiram fazer alguma coisa, e passar bem em frente ao fliperama veio a calhar.

Não foi necessária muita insistência da parte de nenhum dos dois, para entrarem e jogarem alguns jogos: como esperado de adolescentes, ambos eram interessados em jogos, ainda mais os que envolviam competições e disputas.

O único inconveniente é perder todas as partidas, principalmente depois de ter se glorificado de que as vitórias seriam suas.

"Ah, eu devia ter apostado alguma coisa." Dazai enxugou as lágrimas que se formaram no canto dos olhos, de tanto rir. "Eu teria ganhado tudo. Se bem que eu nem sei se você tem alguma coisa para apostar..."

"Cale a boca!" O Nakahara retrucou, mais irritado a cada vez que a voz alheia lhe chegava aos ouvidos. "Aposte o que quiser. Eu vou ganhar as próximas oito partidas e você vai desejar ter ficado quieto!"

"Eu duvido muito." Zombou. "Mas, eu até tenho uma aposta, sobre o Arahabaki." Ele mudou seu tom para um tanto mais sério, ainda que um certo divertimento continuasse brilhando em seu olhar. "O primeiro de nós a acertar quem é o Arahabaki, ou quem está usufruindo do poder dele, ganha a aposta. O perdedor fica como o cachorrinho do outro, na Máfia, fazendo tudo que for pedido."

O orgulho do ruivo o impedira de recusar. "Beleza. Eu tô' dentro." Sorriu já com um quê vitorioso. "Você só esqueceu de um detalhe: eu nunca entraria na Máfia." O outro fingiu não ouvir a última parte. "Enfim, se eu tivesse que dizer, esse tal de Randō parece muito suspeito. Tem que ser ele? Quem mais saberia sobre o Arahabaki senão o próprio Arahabaki?"

"Você suspeita de alguém que nunca viu?" Riu, achando tudo divertido o suficiente. "Cuidado para não perder a aposta. Se bem que eu adoraria que você perdesse."

"Vá se ferrar, idiota." Revirou os olhos. Ele jamais permitiria uma derrota, nunca, ainda mais para ser um "cachorrinho" de Osamu. "E você? Quem você acha que—" Interrompeu-se no meio da fala, com uma expressão de surpresa, e das negativas.