7 - Azul infortúnio

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"Mas onde se deve procurar a liberdade
é nos sentimentos. Esses é que são a
essência viva da alma."💭

Johann Goethe

Boa leitura💜

O primeiro evento social do ano finalmente chegara!

As damas da alta sociedade lotavam as modistas de Londres, vestidos e mais vestidos feitos dos mais finos tecidos que a cidade poderia possuir, joias de pedras caríssimas e sapatos feitos com o melhor couro e cetim. Tudo devia estar perfeito para que cada lady em busca de um marido pudesse atrair o melhor pretendente possível.

A Lady Fernsby havia organizado não apenas um baile comum, mas um baile à fantasia com o tema: Realeza, em homenagem ao aniversário da rainha que aconteceria na semana seguinte ao baile.

Pela comunicação do tema ter sido de modo tardio, a classe alta de Londres estava em alvoroço, já que as vestimentas reais eram mais distintas, bufantes e chamativas que a moda nobre londrina. Precisavam não somente estarem atraentes para pretendentes, mas também estarem fantasiados à altura da família real.

De fato, a família Fernsby jogara Londres aos leões!

As emoções na mansão Elliot não estavam diferentes. A viscondessa viúva ficara chocada com o fato de não ter sido avisada antes, já que Lady Fernsby era sua amiga de longa data. Se ela ao menos tivesse dado uma pista da surpresa, como uma boa observadora que era, Katherine teria facilmente adivinhado o tema e providenciado a melhor das melhores fantasias para suas filhas. Principalmente para Viollet que se tornara sua nova missão. A viúva estava determinada a encontrar um noivo para Viollet ainda nesta temporada, sendo já a segunda que a caçula participava. Marjorie agora se apresentaria á sociedade como uma jovem noiva já caminhando para o altar, então não restara mais trabalho algum para a viúva quanto a mais velha.

Enquanto corpetes eram apertados e grampos espetados no andar superior, na sala de descanso estava o novo visconde lendo uma das várias cartas que recebera de seus familiares durante a semana que chegara a Londres. Nas cartas sua mãe, Victoria Kent, dizia estar orgulhosa de si por assumir um casório e desejar construir uma família. A Senhora Kent criara seu filho com todo carinho do mundo, o ensinando a forma certa de tratar uma dama e como era importante construir uma família de forma saudável.

De fato, Archie devia tudo de bom que havia em seu caráter à sua mãe. Uma bela mulher de olhos claros e cabelos louros, a quem era tão parecido. Seja em aparência quanto em personalidade. Já sobre seu amado pai, Archie tivera muita sorte em ter como espelho um homem tão justo e integro como o Senhor James Kent, um comerciante de boa posses e caráter admirável. Seu pai fizera questão de lhe matricular em uma universidade de prestigio, onde aprendeu tudo o que era necessário para manter uma boa administração de comércio e posses. Agora, sendo um visconde, ele agradecia ao pai por tê-lo permitido tal aprendizado.

[...]

As irmãs estavam deslumbrantes!

Não era de se esperar por menos, obviamente. Suas aparências sempre tão distintas e delicadas, estavam ainda mais angelicais nas fantasias reais que usavam.

Marjorie tinha em seu cabelo um coque alto bem adornado de pedrarias , quanto ao seu vestido, era de um rosa claro e delicado. O corpete do vestido era vasto em pequenas pedras brilhantes, a manga curta e bufante era de um cetim leve e brilhoso, enquanto a saia, em seu belo tom de rosa, descia em um caimento perfeito e bem rodado ao longo de suas pernas e quadril. As luvas do mesmo cetim do vestido se estendiam até seu cotovelo, seus brincos eram pérolas delicadas, assim como seu colar e pulseiras.

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