Longe de olhares comuns, longe da normalidade, existe um lugar onde os desajustados podem chamar de lar.
Um mundo mágico, onde o distinto se torna comum, onde o impossível se torna possível.
Em meio ao caos de profecias e guerras, o coração sempre...
O som do lápis batendo repetidas vezes na mesa, era escutado desde o começo da aula, quando o professor de latim começou a falar sobre armas gregas e mencionou um mito conhecido também por "Mito das facas perdidas".
Muitos alunos, na verdade a maioria, não prestavam atenção ao que o professor falava, mas a cada palavra dita o som do lápis se chocando contra a mesa ficava mais alto, muitos podiam culpar a hiperatividade.
- As facas são feitas de um metal chamado, Bronze Celestial e contêm os mais diversos tipos de venenos-
- Você deve entender disso, não é Maxine?
O som incessante parou, todos olhavam para garota que até agora fora ignorada por quase todos ali.
- Por que?
- Não é você que tem a fama de delinquente? - Os intensos olhos azuis, reviraram nas órbitas.
- Isso não é verdade.
- Não quê prejudicar a reputação do seu irmão, é? Relaxa, todo mundo já sabe.
- Um conselho. Nunca fale de algo que você não sabe, ok? - a expressão da garota era neutra, mas não deixava de ser amentradora.
- Ok, podem continuar essa conversa depois da aula. Voltando. As facas foram criadas a mil anos-
- Três mil.
- O que disse, senhorita Lewis?
- As facas foram feitas a três mil anos, para serem usadas na guerra contra os Titãns.
- Está errado.
- Não está.
- A história diz mil anos.
- Mais não é.
- A senhorita está querendo dizer que sabe mais sobre mitologia grega do que eu?
Ela queria. Sabia mais sobre mitologia grega do que qualquer um ali, mas não poderia adimitir isso.
- Não, senhor.
- Foi o que imaginei.
Quando o sinal tocou, pôde se ouvir os alunos comemorando. Os corredores logo se encheram de adolescentes correndo, gritando e conversando, mas Maxine estava alheia a qualquer um dos assuntos que estavam sendo discutidos entre os diferentes grupos de alunos, afinal, nenhum deles eram seus amigos, mas isso não impedia que ela fosse algum desses assuntos. Já estava acostumada com isso, todos achavam que ela era apenas mais uma delinquente, que gostava de causar o caos, mas a verdade era algo totalmente diferente e as vezes a de olhos azuis até achava engraçado como eles estavam totalmente errados, mas outras vezes achava horrível, os professores já a tratavam diferente por conta da dislexia, déficit de atenção e da hiperatividade e ainda achavam que ela era uma delinquente, ou seja, nenhum deles gostava dela, principalmente o professor de latim, que toda aula da algum sermão nela, por sempre estar corrigindo algo que o mesmo diz.
Depois de mais várias horas de tortura escutando professores falando e mandando-os cópiar coisas que a garota não conseguia entender, as aulas daquele dia acabaram e todos foram dispensados para irem para casa.
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